CRÓNICA: FC PORTO VENCE, MAS A FALTA DE EFICÁCIA FICOU EVIDENTE
Com a vitória do SL Benfica em Vila do Conde, o FC Porto entrava em campo com a obrigação de vencer o Portimonense para manter a desvantagem pontual, de 10 pontos, e ainda sonhar com o título nacional, sendo que no próximo dia 7, deslocam-se ao Estádio da Luz. Os dois conjuntos chegaram a esta jornada com uma maré de maus resultados, o FC Porto de um empate em Braga que põe em causa o campeonato e os algarvios de três derrotas consecutivas.
À entrada para a primeira parte o Portimonense marcaram posição com várias iniciativas pelo flanco esquerdo com Seck e Wellington Junior em destaque, sendo esta área de ação a principal ofensiva arma do Portimonense. Do lado dos dragões, Otávio perfilou-se no meio-campo juntamente com Uribe o que deu uma maior capacidade de criação e de manter a posse, algo que tem faltado ao FC Porto nos últimos jogos.
Os primeiros minutos da primeira parte foram como eram esperados. Uma maior iniciativa dos azuis e brancos, enfrentando uma linha de cinco muito baixa, como forma de dificultar as infiltrações do FC Porto, mas os “da casa” mostraram os dentes com três oportunidades, por Toni Martinez, duas vezes, e Galeno, ambas muito perigosas para a baliza de Nakamura.
Após os 15 minutos iniciais, a falta de oportunidades claras foi evidente. O Portimonense a defender bem, colocou dificuldades aos campeões nacionais em entrar nesta parede montada por Paulo Sérgio. Não sendo de bola a rolar, foi mesmo pelo ar que o FC Porto chegou à vantagem por Fábio Cardoso aos 30 minutos, após um bom cruzamento de Wendell. Até ao fim dos 45′, a avalanche ofensiva dos portistas continuou, mas sem alterações no marcador.
Na volta dos balneários, ambas as estratégias continuaram iguais àquelas exibidas na primeira metade, os algarvios na expectativa e os dragões com mais posse de bola no seu último terço. Ao minuto 55, o FC Porto acabaria por fazer golo, mas o árbitro anular-lho-ia, devido a uma falta cometida por Toni Martinez no início do lance.
Após a expulsão de Lucas ventura aos 72′, o Portimonense deixou de conseguir sair em contra-ataque, por outro lado o Porto ficou mais confortável e criou mais ocasiões de golo, por todos os lados do campo, mas a pontaria estava muito desafinada. De assinalar, a estreia de Marcus Abraham na equipa dos dragões, jogador que se tem destacado na equipa B e mereceu a oportunidade de Sérgio Conceição.
A vantagem de um tento manteve-se até ao fim do jogo, o que mantém o FC Porto na segunda posição do campeonato a 10 pontos do líder, o SL Benfica. Já o Portimonense fica instalado no décimo quarto lugar na tabela classificativa.
A FIGURA
Otávio – O médio do FC Porto entrou para este duelo numa posição diferente da qual Sérgio Conceição já nos habituou a colocar o “25” portista. A jogar no miolo ao lado de Uribe, o internacional português destacou-se na criação e na forma como liderou os ataques da equipa da casa, sempre muito ativo, tanto a controlar o jogo em posse como a encontrar soluções no último terço. Apesar de não ter participado diretamente no golo, Otávio foi preponderante, mais uma vez, na vitória dos dragões.
FORA DE JOGO
Mehdi Taremi – Um dos melhores jogadores do FC Porto, vive um momento de forma abaixo do que é esperado de um atleta da qualidade de Mehdi Taremi. O iraniano voltou, hoje, a não estar no seu melhor plano, principalmente ao nível ofensivo, com vários ataques perdidos, além de que, no capítulo da finalização, também não consegue fazer a diferença, algo que já foi visível em jogos anteriores.