FC Porto 2-1 Gil Vicente FC: Três pontos que valem por si só

A CRÓNICA: SOFRER PARA ACORDAR

Depois do desaire na Taça da Liga e com uma situação delicada instalada no clube, o FC Porto tinha um teste onde não poderia falhar, frente ao Gil Vicente FC, que venceu os dragões em Barcelos, na primeira jornada do campeonato.

A primeira parte jogou-se a ritmo lento, com o FC Porto a não criar grandes problemas à defesa gilista. A partida só acelerou com a aproximação do intervalo, quando o Gil Vicente, através de Sandro Lima, o homem em maior destaque nesta primeira parte, se desmarcou e permitiu que Marchesín se agigantasse perante ele. Na resposta, Marega isolou-se mas, devido ao mau domínio de bola do maliano, não aproveitou a má colocação de Denis.

O Gil Vicente chegou mesmo à vantagem através de Sandro Lima, aos 44′. Após um ataque rápido, Fernando Fonseca cruzou a partir da direita e o ponta de lança do emblema de Barcelos adiantou o Gil Vicente no marcador. O FC Porto respondeu e ainda foi a tempo de empatar antes do intervalo. Iván Marcano, após um cruzamento de Matheus Uribe, cabeceou com potência para a baliza de Denis.

O FC Porto entrou focado em passar para a frente no marcador, acelerou o passo e chegou mesmo à vantagem. Sérgio Oliveira, a passe de Romário Baró, fez o segundo dos dragões. Os portistas dominaram a marcha do jogo, sobretudo quando o Gil Vicente ficou reduzido a 10 elementos por expulsão de João Afonso.

O FC Porto conquistou, assim, os três pontos, mas não convenceu, exibindo-se a um ritmo baixo e sem ideias ofensivas claras.

A FIGURA

Fonte: Gil Vicente FC

Sandro Lima – O avançado gilista deu muito trabalho à defesa portista e acabou mesmo por assinar o único golo do Gil Vicente na partida.

O FORA DE JOGO

Fonte: Diogo Cardoso/Bola na Rede

João Afonso – O médio do Gil Vicente foi mais cedo para os balneários, depois de ter sido expulso aos 73′, por ver o segundo amarelo. De recordar que o primeiro foi escusado, depois de uma troca de empurrões com Sérgio Oliveira.

ANÁLISE TÁTICA – GIL VICENTE FC

O Gil Vicente FC manteve uma defesa compacta, capaz de controlar os ataques portistas, muito por causa do baixo ritmo de jogo. Os gilistas saíram, sobretudo, através do jogo longo para Sandro Lima, que deu trabalho à defesa portista.

Na segunda parte, os gilistas apostaram nas bolas paradas como forma preferencial de chegar à baliza portista, dada a ineficácia das aberturas laterais e do jogo na profundidade.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Denis (5)
Fernando Fonseca (6)
Rodrigão (5)
Rúben Fernandes (5)
Henrique Gomes (6)
Soares (6)
João Afonso (4)
Kraev (6)
Arthur Henrique (6)
Sandro Lima (7)
Lourency (6)

SUBS UTILIZADOS

Romário Baldé (5)
Naidji (5)
Ahmed Isaiah (5)

ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

O FC Porto, no primeiro tempo, teve mais posse de bola, mas não soube aproveitar essa mesma posse para criar perigo junto da baliza do Gil Vicente. A pressão alta exercida sobre o adversário foi demasiado passiva, o que originou algumas saídas perigosas dos barcelenses. Na segunda parte, os médios portistas entrosaram-se mais no ataque, aparecendo mais perto da área adversária, e daí surgiu o golo de Sérgio Oliveira, além de uma oportunidade flagrante para Romário e para Vitinha, no mesmo lance.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Marchesín (6)
Wilson Manafá (5)
Iván Marcano (6)
Mbemba (6)
Alex Telles (6)
Matheus Uribe (6)
Sérgio Oliveira (6)
Romário Baró (6)
Jesús Corona (6)
Moussa Marega (6)
Tiquinho Soares (6)

SUBS UTILIZADOS

Vitinha (6)
Luis Díaz (5)
Fábio Silva (5)

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

GIL VICENTE FC

Bola na Rede: Sandro Lima leva já 11 golos nesta época e tem-se destacado na frente de ataque gilista. Apesar dos 29 anos dele, receia que ele possa aventurar-se a outros voos num futuro próximo? 

Mário Nunes: Se for bom para o atleta e para o clube, não há problema. O Sandro está a fazer uma época muito boa e está a aprimorar as qualidades que já tínhamos detetado nele no Desportivo de Chaves. É como o Vinho do Porto, está a maturar com a idade.

FC PORTO

Bola na Rede: Sérgio, a equipa, na segunda parte, entrou com os médios mais perto da área adversária e daí surgiu até o golo do Sérgio e depois uma oportunidade para o Romário e para o Vitinha. Foi isso que quis implementar ao intervalo?

Sérgio Conceição: Ao intervalo foi a primeira vez que não falei de nada a nível estratégico. Dei algum conforto e tranquilidade aos jogadores que necessitavam. Isso é um facto, os médios foram importantes na chegada à área, e o Vítor ainda teve uma ocasião e houve mais situações que eles estiveram em posição de finalizar. Isso é um facto.

Foto de Capa: Diogo Cardoso / Bola na Rede

Artigo revisto por Diogo Teixeira

Pedro Pinto Diniz
Pedro Pinto Dinizhttp://www.bolanarede.pt
O Pedro é um apaixonado por desporto. Em cada linha, procura transmitir toda a sua paixão pelo desporto-rei, o futebol, e por todos os aspetos que o envolvem. O Pedro tem o objetivo de se tornar jornalista desportivo e tem no Bola na Rede o seu primeiro passo para o sucesso.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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