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FC Porto 2-1 SC Braga: Baralhar, partir e resolver a partir do banco

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eternamocidade

Uma das críticas que muitas das vezes aponto ao adepto português é a sua obsessão pelo mero resultado. Bem sei que só com vitórias é que as equipas podem aspirar a títulos, mas nada como um belo jogo de futebol, como vimos esta tarde no Estádio do Dragão, para perceber que uma vitória pode ser tanto mais festejada quanto suada se for perante um adversário com tanta qualidade como o Sp. Braga.

Ao contrário do que tem acontecido esta temporada, Lopetegui optou por não mudar grande coisa relativamente ao onze que havia empatado, na última quarta-feira, na Ucrânia, perante o Shakhtar: Jackson Martinez foi o único regressado ao onze portista, substituindo o outro ponta de lança do plantel, Aboubakar. Do lado bracarense, Sérgio Conceição colocou Tiago Gomes no lugar do lesionado Djavan e recolocou Aderlan Santos ao lado de André Pinto, retirando do onze Vincent Sasso.

Na primeira parte, destaque para a postura do Sp. Braga: indo ao encontro daquilo que tinha dito na antevisão ao jogo, Sérgio Conceição montou uma estratégia ofensiva, sem nunca se amedrontar pelo poderio portista. Dessa forma, não raras vezes o Dragão viu o FC Porto errar na primeira parte, devido em grande medida à forte pressão que Rafa, Pardo e Zé Luís faziam sobre a primeira fase de construção defensiva portista. Com um meio-campo muito combativo, desenvolvido a partir da qualidade tática de Rúben Micael e da inteligência de Pedro Tiba, os portistas nunca conseguiram ser pragmáticos no momento da decisão, com Marcano a não construir jogo ofensivo, enquanto Herrera e Óliver perdiam quase sempre os duelos e as bolas no meio-campo.

Martins Indi estreou-se a marcar com a camisola azul e branca  Fonte: zerozero.pt
Martins Indi estreou-se a marcar com a camisola azul e branca
Fonte: zerozero.pt

Por isso, as transições ofensivas do Sp. Braga foram uma constante e as oportunidades acabaram por se repartir, o que fazia adivinhar que o golo iria aparecer mais tarde ou mais cedo. E foi mesmo isso que aconteceu: aos 25 minutos, Bruno Martins Indi aproveitou o desvio de Maicon ao primeiro parte para cabecear para a baliza deserta do Braga, fazendo o primeiro para a equipa portista. Mesmo em vantagem, e à semelhança da história escrita na Ucrânia, os portistas voltaram a acionar o verbo “complicar”: por entre passes errados e desconcentrações na marcação aos avançados do Braga, a equipa de Sérgio Conceição foi conseguindo chegar com cada vez mais perigo à baliza de Fabiano. O empate, à passagem do minuto 32, por Zé Luís, foi suficiente para perceber que, entre a pressão dos bracarenses e os erros infantis portistas, o empate a uma bola ao intervalo era o desfecho justo, mesmo que antes do apito de Pedro Proença para o descanso Danilo tenha enviado uma bola à trave da baliza do brasileiro Matheus.

Ao intervalo, as entradas de Rúben Neves e Quintero, para os lugares de Marcano e Herrera, foram opções naturais de Lopetegui: depois de um primeiro tempo com um meio-campo tão apagado, era preciso mais velocidade e intensidade na construção do jogo ofensivo portista. Tal como aconteceu no jogo da Liga dos Campeões frente aos ucranianos, o técnico espanhol acabou por jogar as cartadas certas: Rúben Neves foi o pêndulo que o FC Porto precisa em frente aos centrais; enquanto Juan Quintero foi um verdadeiro quebra-cabeças para o meio-campo bracarense. Entre os dribles a meio-campo e as tabelas com Brahimi, Tello e Jackson, o pequeno colombiano acabou mesmo por dar a estocada decisiva na equipa de Sérgio Conceição: ao minuto 59, uma tabela com Brahimi levou Quintero a desfeitear o guarda-redes do Braga.

Tello foi um perigo à solta para a defesa arsenalista  Fonte: zerozero.pt
Tello foi um perigo à solta para a defesa arsenalista
Fonte: zerozero.pt

Até ao final da partida, o FC Porto procurou sempre apostar nas transições ofensivas, com Tello a mostrar-se a um grande nível, enquanto Brahimi acabou por fazer uma exibição irregular. Com a entrada de Evandro para o lugar do argelino, os portistas ficaram mais sólidos no meio-campo, ainda que o Sp. Braga se tenha aproximado não raras vezes com perigo da área portista. O remate ao poste de Aderlan Santos, na sequência de um livre, é apenas um exemplo do constante perigo que o Sp. Braga hoje demonstrou no relvado portista. Com muito suor e dificuldade, fica para a história o regresso às vitórias do FC Porto e a brilhante réplica dada pelo Braga no Dragão.

 

A Figura
Pedro Tiba/Tello
– o excelente jogo no Dragão levou a que eu tenha optado por uma nomeação repartida. O médio bracarense e o extremo portista foram as principais figuras das respetivas equipas e merecem a distinção.

O Fora-de-Jogo
Herrera
– o médio mexicano fez mais uma exibição muito fraca e acabou por sair ao intervalo. A qualidade de Herrera é inegável, mas a quantidade de erros que comete é confrangedora e decisiva numa equipa como o FC Porto.

Redação BnR
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