FC Porto 4-0 CD Aves: Goleada permite ao Dragão manter a pressão

O FC Porto recebeu e goleou o CD Aves, por quatro bolas a zero. Previa-se uma noite marcada por homenagens a Casillas, o que se verificou antes e durante o jogo, e os golos foram a cereja no topo do bolo. Corona, Soares, com um bis, e Manafá, marcaram para os azuis e brancos, que se mantêm assim na perseguição ao SL Benfica.

Numa semana atípica para o Dragão, a equipa entrava para esta jornada 32 obrigada a vencer para continuar a sonhar com um deslize do SL Benfica até à derradeira ronda do campeonato e, consequentemente, com o título. Depois do episódio com Casillas a mudança na baliza era certa e foi Vaná o escolhido para ocupar o lugar do espanhol, que continua internado a recuperar do enfarte que sofreu na quarta-feira.

No entanto, não foi apenas essa a alteração promovida por Sérgio Conceição em relação ao empate em Vila do Conde. Manafá assumiu a direita da defesa, com Militão a passar para o centro, ao lado de Felipe, e com Pepe a sair do onze inicial. Já no setor ofensivo, Soares voltou à titularidade, para o lado de Marega, tendo sido Otávio a perder o lugar.

E se da parte do adversário direto do FC Porto as notícias não eram as melhores antes deste pontapé de saída, do lado do Desportivo das Aves o cenário era diferente. O empate do GD Chaves em Santa Maria da Feira permitia à formação de Inácio, em caso de vitória, garantir matematicamente a manutenção na primeira liga. Para isso, e sem Baldé e Falcão nas opções, por castigo, o técnico do CD Aves lançou Rúben Oliveira e Ablaye Faye, este último para fazer a sua estreia a titular na prova.

Ainda antes da bola rolar, o primeiro grande aplauso da noite foi para Iker Casillas, numa homenagem de jogadores e adeptos ao espanhol, que não volta a jogar esta época e pode mesmo ter terminado a carreira. Já depois do início do jogo, um minuto de silêncio cumprido pelos portistas e, depois, a coreografia preparada pelos Super Dragões preencheu o topo sul e deixou todo o estádio a gritar pelo nome do guardião de 37 anos, com o que se passava dentro das quatro linhas a passar, naquele momento, para segundo plano.

Num começo de jogo sem oportunidades claras de golo de parte a parte, foi mesmo o FC Porto a adiantar-se no marcador, ao minuto 18. Depois do cruzamento teleguiado de Alex Telles, Corona cabeceou para o fundo das redes de Beunardeau e fez o primeiro do encontro. Cerca de dez minutos depois, o mexicano voltou a estar em evidência, ao estar envolvido no lance que originou uma grande penalidade a favor dos azuis e brancos.

Depois de Herrera servir Corona na área avense, Jorge Fellipe apareceu para o corte, que concretizou com o braço. Hugo Miguel, alertado pelo VAR, viu as imagens, não teve dúvidas e assinalou o penálti a favor dos dragões. Tiquinho Soares aproximou-se da marca dos 11 metros para bater e, na cara do guarda-redes do CD Aves, não desperdiçou e aumentou a vantagem.

Goleada foi homenagem a Iker Casillas
Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

Com o FC Porto a dominar o jogo com relativa tranquilidade e a evitar muitas aproximações adversárias à sua área, Corona ia dando mostras de querer concretizar o 3-0 e esteve perto, aos 37 minutos. Depois de tabelar com Soares rematou forte, para canto. Do outro lado era Jorge Fellipe a dar nas vistas, por razões menos positivas e, depois da grande penalidade, viu o amarelo por falta sobre Marega, ao minuto 45. Do livre, não resultou perigo. Já em cima do intervalo Rúben Oliveira ameaçou o 2-1, mas a bola passou ao lado.

Depois do apito para intervalo, a pausa serviu para o Dragão receber os recém Campeões Europeus. A formação sub-19 dos azuis e brancos, liderada por Mário Silva, subiu ao relvado para mostrar a taça conquistada na segunda-feira e foi aplaudida de pé por todos os adeptos, com um momento de reunião junto aos Super Dragões, à semelhança do que é feito pela equipa principal.

O segundo tempo começou com uma ameaça do CD Aves, saída dos pés do seu ponta de lança, Derley. O 33 rematou forte, descaído para a direita, e obrigou Vaná a aplicar-se. Aos 62 Brahimi tentou agitar a partida e “acordar” os cerca de 40 mil adeptos nas bancadas, com um remate em arco, de fora da área, que acabou por sair ligeiramente ao lado da baliza de Beunardeau.

Com Otávio e Óliver a receber instruções para entrar em campo, os dragões conseguiram dois golos de rajada, que afastaram em definitivo qualquer dúvida que ainda pudesse restar sobre o resultado. Primeiro, foi Manafá. Marega recebeu de Corona, descaído para a direita, deixou para trás, a bola ressaltou em Diego Galo e Manafá aproveitou para o 3-0. Depois, seguiu-se Tiquinho Soares, que assinou assim o bis. Marega esteve novamente envolvido no lance, tendo permitido a defesa de Beunardeau, Corona na recarga também falhou, mas Brahimi não desistiu do lance e serviu o brasileiro, que fez o quarto do encontro.

A par da goleada, a noite ficou ainda marcada pelo regresso de Aboubakar à competição. O avançado camaronês entrou aos 79 minutos, para substituir Marega, e voltou assim a jogar, algo que não acontecia desde o final de setembro de 2018. Os três pontos permitem ao FC Porto continuar a pressionar o SL Benfica, mantendo os mesmos dois pontos de atraso no segundo lugar.

Onzes iniciais e substituições:

FC Porto – Vaná, Manafá, Militão, Felipe, Alex Telles (Otávio, 71′), Corona, Herrera (Óliver, 76′), Danilo, Brahimi, Marega (Aboubakar, 79′) e Soares

CD Aves – Beunardeau, Ponck, Diego Galo, Jorge Fellipe (Braga, 45′), Rodrigo, Ablaye Faye (Miguel Tavares, 74′), Rúben Oliveira (Tong Le, 83), Vítor Costa, Fariña, Luquinhas e Derley

Joana Quintas
Joana Quintashttp://www.bolanarede.pt
O gosto pela escrita e a paixão pelo desporto, particularmente pelo futebol, tornaram claro que o jornalismo desportivo seria o caminho a seguir. A Joana é licenciada em Ciências da Comunicação, gosta de estar atenta ao que a rodeia e tem, por norma, sempre uma palavra a dizer sobre tudo.                                                                                                                                                 A Joana não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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