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Heróis do Mar | FC Porto

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Finda que está a pausa para compromissos das seleções nacionais e tendo a seleção portuguesa alcançado, de forma meritória, o apuramento para o Mundial que se disputará no Catar no final do presente ano, importa fazer uma breve análise do desempenho dos jogadores do FC Porto, quais heróis do mar, que contribuíram para essa façanha.

Depois de ter falhado aquela que era a sua obrigação, face a uma surpreendente derrota em casa frente à seleção sérvia, a equipa nacional viu-se forçada a disputar um play-off. Play-off esse, que se disputou em águas bem mais calmas do que o previsto, já que a Macedónia do Norte eliminou a Itália e impediu um confronto de titãs no mata-mata final.

A verdade é que este indesejado play-off acabou por se revelar uma oportunidade para vários jogadores do FC Porto e parece-me, então, relevante dissecar aquele que foi um o desempenho e participação de cada um deles nas duas vitórias alcançadas frente à Turquia e à, já mencionada, seleção macedónia e que carimbaram o tal passaporte para a fase final da principal competição de seleções do mundo.

Foram quatro os jogadores portistas com participação nestes dois compromissos. Não tiveram todos o mesmo tempo de jogo, mas todos alcançaram marcos importantes.

Comecemos, então, pelo totalista: Diogo Costa. Foi atirado às feras, inesperadamente, por Fernando Santos e não desiludiu. O jovem guarda-redes do FC Porto, a dar os primeiros passos na seleção AA, tem provado esta época o potencial que lhe preconizavam e confirmou-se como um valor de futuro do nosso futebol.

Tem mostrado uma grande serenidade e maturidade para a idade que tem e revela uma segurança assinalável nas suas ações. É verdade que, aqui e ali, vai mostrando que ainda tem alguns pontos menos fortes, que serão, certamente, aprimorados com experiência e minutos de jogo.

A dificuldade que ainda tem a ler os momentos de saída a cruzamentos é um exemplo dos pontos a melhorar, mas não lhe retiram o estatuto de certeza, depois de tantos anos apelidado de esperança.

FC Porto
Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

Diogo foi titular e totalista nos dois jogos da seleção e mostrou-se, uma vez mais, muito sólido. Sendo certo que não foram, propriamente, dois jogos em que tenha tipo muito trabalho e que, como tal, não se possa dizer que tenha brilhado a grande altura, não deixa de ser verosímil que ofereceu a segurança que se exige a um guarda-redes de equipa grande e que é chamado, apenas pontualmente, a intervir.

Em seguida, falemos de Otávio. É um pequeno grande jogador. Estes anos sob o comando de Sérgio Conceição têm catapultado o brasileiro naturalizado português para um nível muito elevado de jogo. Está a fazer mais uma época de grande nível no FC Porto e a presença nos eleitos do selecionador só pode ser uma surpresa para quem não assiste aos jogos do líder do campeonato.

Faz um bocado de tudo e tudo o que faz, faz bem e sempre em alta rotação. Permite que a equipa do FC Porto (e replicou nos dois jogos da seleção) varie o seu sistema, mantém um nível exibicional alto nas diferentes posições do meio campo que é chamado a ocupar e foi peça chave no apuramento de Portugal.

FC Porto
Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

Depois de se ter estreado há uns meses de quinas ao peito, andou arredado das convocatórias e voltou em grande. Titular em ambos os jogos, marcou, assistiu e, acima de tudo, aumentou a intensidade de jogo da equipa.

Permitiu à equipa manter os mesmos predicados técnicos (naturais quando se tem jogadores como Bernardo, Bruno Fernandes ou Moutinho) e táticos, mas conferiu-lhe, tanto no momento ofensivo como defensivo, maior rotação. No panorama nacional, há poucos jogadores com essa capacidade. Elevar os níveis de pressão, sem destoar no recorte técnico.

O terceiro jogador do FC Porto com mais minutos jogados neste duplo compromisso é já um habitué da nossa seleção. Pepe, aos 39 anos, avança para o seu quarto mundial. O capitão dos dragões continua a mostrar que continua a ser, indubitavelmente, o patrão da defesa portuguesa.

É certo que Portugal tem, hoje, em Rúben Dias, um dos mais cotados centrais do futebol europeu, mas Pepe permanece como voz de comando e como um garante de qualidade, experiência e matreirice quanto baste.

Acabou por ficar de fora do embate frente à Turquia devido a um teste positivo à COVID-19, mas voltou para o jogo com a Macedónia e provou que merece, inteiramente, o estatuto que tem, pese embora a idade avançada que regista. Foi, no jogo decisivo, um garante de que a seleção não passaria pelos calafrios que acabaria por passar no jogo anterior.

FC Porto
Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

Por fim, dedicar as últimas linhas deste artigo a Vitinha. Já aqui muito tenho elogiado o patrão do meio campo portista. É um jogador de uma qualidade superlativa e é, muito provavelmente, o ativo mais valioso do plantel azul e branco. Tem-se afirmado como um jogador total.

Domina todos os momentos do jogo, com e sem bola. Portanto, é mais do que merecida a chamada à seleção principal para suprimir a ausência, por lesão, de Rúben Neves (outro produto da formação portista).

Acabou por não ter grande destaque (jogou os dois minutos finais do jogo frente à Macedónia), mas vale a pena, aqui, salientar a sua estreia e relevar a qualidade que já apresenta e que torna seguro dizer que estes terão sido os primeiros de muitos minutos, nos próximos anos, ao serviço da nossa seleção.

Em suma, foi uma semana de marcos importantes para a seleção nacional portuguesa e para os jogadores do FC Porto que a representaram e abriram-se boas perspetivas de que os Dragões possam vir a estar bem representados na convocatória de Fernando Santos para o mundial.

Vemo-nos no Catar!

Bernardo Lobo Xavier
Bernardo Lobo Xavierhttp://www.bolanarede.pt
Fervoroso adepto do futebol que é, desde o berço, a sua grande paixão. Seja no ecrã de um computador a jogar Football Manager, num sintético a jogar com amigos ou, outrora, como praticante federado ou nos fins-de-semana passados no sofá a ver a Sporttv, anda sempre de braço dado com o desporto rei. Adepto e sócio do FC Porto e presença assídua no Estádio do Dragão. Lá fora sofre, desde tenra idade, pelo FC Barcelona. Guarda, ainda, um carinho muito especial pela Académica de Coimbra, clube do seu pai e da sua terra natal. De entre outros gostos destacam-se o fantástico campeonato norte-americano de basquetebol (NBA) e o circuito mundial de ténis, desporto do qual chegou, também, a ser praticante.

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