Seis problemas de uma (quase) equipa

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Há certas coisas que é preciso afinar neste onze azul e branco. O jogo contra o Sevilha mostrou, mais uma vez, que Luís Castro é um treinador “à Porto” mas que teve o azar de herdar uma equipa que durante mais de meia época não o foi.

Começo a abrir as hostilidades com Paulo Fonseca. Problema número um: Luís Castro não herdou uma equipa porque Paulo Fonseca não a construiu, apenas manteve a forma física dos jogadores. Assim como um daqueles instrutores que antigamente existiam nos ginásios, cuja formação havia sido feita num curso teórico-prático e que durou 4 meses, um homem grande, musculado, que faz as delícias dos pronto-a-vestir, comprando toda a porcaria “XXL” que mais ninguém quer. Ele existe, está lá, mas os treinos que dá aos utentes são quase sempre os mesmos. Na realidade ele não nos ajuda a cultivar o corpo, ele apenas garante que ele não fique parado. Desde que Luís Castro assumiu o comando que finalmente se viu uma equipa a ser formada. Derrotou o Nápoles, o Benfica e o Sevilha. Três grandes equipas! Só por isso merece um grande voto de confiança de todos nós.

Problema número dois: não há mecanismos de contra-ataque rápido e perigoso. Este problema também tem a ver com o anterior, mas se queremos ganhar outra vez ao Benfica (e queremos, sempre!), ao Nápoles e ao Sevilha, precisamos de rapidez, lucidez e objectividade nos contra-ataques.

Problema número três: Herrera é um jogador com grande potencial mas… é um pouco lento a decidir. Nem sempre acontece, mas a verdade é que acontece mais vezes do que deveria. O futebol é um jogo de decisões, e, tal como as acções, estas podem ser recompensadas quando se revelam boas, ou castigadas quando se revelam más. E o tempo afecta tudo, principalmente – por exemplo – um contra-ataque! Percebem onde quero chegar? Herrera é um óptimo jogador, mas em situações de contra-ataque (mas não só) já se revelou um pouco lento a decidir o que fazer à bola. Mas também acredito que esta é apenas mais uma consequência do senhor “XXL”.

Herrera tem mostrado serviço, mas tem de ser mais rápido a decidir  Fonte: ZeroZero
Herrera tem mostrado serviço, mas tem de ser mais rápido a decidir
Fonte: ZeroZero

Problema número quatro: as bolas paradas. Esta é uma situação que tem parecido uma canção de embalar. Costumávamos ser tão fortes nas bolas paradas e agora somos praticamente inúteis. Sim, marcámos há poucos dias na sequência de uma bola parada e agora marcámos outro contra o Sevilha nas mesmas circunstâncias, mas a realidade é que com jogadores como Jackson, Mangala, Maicon, Abdoulaye e Reyes tínhamos a obrigação de mostrar mais perigo no jogo aéreo. E os “cantos” ultimamente têm sido extremamente mal batidos! Quaresma insiste em marcar e, sejamos sinceros, não o tem feito com qualidade. Várias bolas são batidas ao primeiro poste e acertam em cheio no primeiro ou segundo defesa, ao nível do tronco e da cabeça. Sem bola na área não adianta falar de pontaria!

Problema número cinco: Jackson continua muito afastado da sua posição real. Contra o Sevilha vi um lance que me irritou muito! Numa situação em que o Porto ia com grande embalagem, depois de várias bolas desperdiçadas e recuperadas pelo Porto, Jackson está no limite do segundo terço do campo e cruza para a área onde só estava Varela e Carlos Eduardo. A verdade é que isto é recorrente. Eu percebo que Jackson também tenha de vir buscar/segurar jogo cá atrás, mas sacrificar constantemente o ponta-de-lança para que a equipa suba mais as linhas e os laterais ganhem espaço não tem dado resultado.

E, por fim, problema número seis: remates de meia distância. Uma tentativa de finalização que se encontra em grande parte das equipas de futebol, independentemente da táctica utilizada, e que o Porto tem adoptado pouco. Não interessa se há ou não bons finalizadores, a realidade é que se vêem poucos remates antes da área. Ou não há ordem da parte do treinador ou a equipa não está “programada” para criar situações que a facilitem.

Todas estas situações são passíveis de erro da minha parte. Não sou treinador nem algo que se pareça, mas a verdade é que se prestarem atenção aos jogos do Porto tudo isto pode ser observado. Isto e muito mais, com certeza! Mas para uma equipa que só agora começa a jogar como tal é imperativo corrigir situações tão pequenas que até eu consigo ver. E só uso tamanho “M”!

João Pedro Monteiro
João Pedro Monteirohttp://www.bolanarede.pt
Para o João, discutir futebol é uma piada. É como estar à mesa de uma família benfiquista. Como diz o ditado, “numa casa com mau pão todos discutem e o Porto é campeão!”. Discute-se os árbitros e os treinadores, mas ninguém se lembra de discutir o padeiro. E ele adora piadas…                                                                                                                                                 O João não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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