Boavista FC 1-1 Gil Vicente FC: Lino contraria eficácia defensiva cada vez melhor das panteras

A CRÓNICA: SOLIDEZ DEFENSIVA BOAVISTEIRA QUEBRADA POR INSISTÊNCIA GILISTA

Um dos confrontos mais interessantes do momento entre equipas do meio da tabela em Portugal. Boavista FC, claramente em ascensão com Petit ao leme, e aquela que tem sido uma das equipas sensação da temporada, o Gil Vicente FC. A única baixa nos onzes de ambas equipas era Yusupha Njie no lado dos da casa, com o jogador em serviço da seleção da Zâmbia na CAN.

E o jogo, mesmo sem grandes oportunidades ao longo da primeira parte, foi muito bem disputado. Os minhotos com mais iniciativa com bola, os axadrezados mais na expetativa de sair em contra-ataque.

Uns primeiros 45’ muito ditados pelo golo madrugador dos boavisteiros. Foi logo ao minuto 5 que Makouta encontrou espaço ao primeiro poste num canto marcado por Sauer para cabecear de forma forte e certeira para o fundo da baliza.

A equipa orientada por Petit foi controlando até ao intervalo, não concedendo grandes oportunidades à formação de Ricardo Soares, ainda que a posse de bola tenha sido maioritariamente dos gilistas.

Mas a segunda parte, por ligeiras melhorias dos visitantes e de um crescente e natural desgaste dos da casa, trouxe um Gil Vicente FC a subir na partida. O mesmo controlo da posse, mas com mais dinâmica e a conseguir contar mais as saídas do Boavista FC.

As panteras tiveram ainda um golo anulado logo nos primeiros instantes da segunda metade, mas o empate acabou mesmo por surgir, e com justiça, aos 67’ por intermédio de Samuel Lino. Pedrinho desmarca muito bem o brasileiro já para lá da defesa axadrezada, com Lino a finalizar com grande frieza com um “chapéu” a Bracali.

O Boavista FC reclama ainda de dois lances mais para a frente, um golo que acabou por ser anulado e um suposto atraso para o guarda-redes minhoto.

Mas a partida acabou mesmo com um empate a uma bola. Os axadrezados estiveram muito sólidos na sua organização defensiva, mas foi preciso apenas um lance claro de golo para os minhotos chegarem à igualdade.

A FIGURA

Makouta
Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

Makouta  – o médio marcou o golo madrugador da partida, e destacou-se ao longo de toda a partida pela sua capacidade de progredir com bola, bem como uma compleição física impressionante. Tem tido mais liberdade com Petit ao comando da equipa, e tem beneficiado disso mesmo. Chega perto da área, e está também no lance em que Musa tem o seu segundo golo anulado.

O FORA DE JOGO

Fran Navarro  – tem sido um dos destaques da época gilista, mas foi completamente anulado pela defesa boavisteira no dia. Mostrou-se bastante aos apoios, mas sentiu muita dificuldade em deixar a bola redonda para os colegas, acumulando diversas perdas de bola.

ANÁLISE TÁTICA – BOAVISTA FC

A equipa liderada por Petit não mudou na forma como se apresentou a jogo contra o Gil Vicente FC. Sem pressionar com frequência a primeira linha de construção adversária, caía com muita  intensidade sobre os jogadores gilistas quando estes entravam no seu bloco, com os dois médios e os dois centrais de fora a desempenharem funções chave nesse momento.

Com bola, o Boavista FC tentava sair de forma rápida, não significando necessariamente que fosse utilizando jogo direto. Sebastian Pérez era o médio mais encarregue de construir jogo quando a equipa saía a partir de trás, com Makouta a ter mais liberdade para se juntar ao trio da frente. Trio esse que se encontrava bastante junto, com os dois extremos a terem posicionamentos maioritariamente interiores.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Bracali (6)

Reggie Cannon (6)

Jackson Porozo (5)

Rodrigo Abascal (6)

Nathan Santos (6)

Seba Pérez (6)

Makouta (7)

Hamache (5)

Gustavo Sauer (5)

Petar Musa (7)

Paul-Georges Ntep (6)

SUBS UTILIZADOS

Filipe Ferreira (5)

De Santis (5)

ANÁLISE TÁTICA – GIL VICENTE FC

Semelhante ao Boavista FC, os visitantes mantiveram também o seu esquema tático. Um 4-3-3 a atacar que se desdobrava num 4-4-2 no momento defensivo, com Fujimoto a ser o jogador cujo posicionamento fazia essa mesma dinâmica. Com bola aproximava-se mais dos médios, funcionando como interior direito. Mas quando os gilistas a perdiam, juntava-se a Fran Navarro na primeira linha de pressão.

Uma equipa paciente com bola, sempre a tentar arranjar espaços no meio para ferir o adversário. Vítor Carvalho como pivô do meio-campo, com Pedrinho o interior com funções mais recuadas. Os extremos asseguravam a largura numa primeira fase com a equipa mais recuada na construção, fletindo muitas vezes depois mais para o meio no último terço.

Em organização defensiva, o Gil Vicente FC apresentava-se com duas linhas de quatro muito compactas, com a linha defensiva a manter-se sempre muito fechada na largura.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Ziga Frelih (6)

Zé Carlos (4)

Lucas Ferrugem (5)

Rúben Fernandes (5)

Talocha (5)

Vítor Carvalho (6)

Pedrinho (6)

Fujimoto (5)

Murilo (5)

Samuel Lino (6)

Fran Navarro (4)

SUBS UTILIZADOS

Leautey (5)

Aburjania (5)

Hackman (-)

Elder Santana (-)

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

Boavista FC

Apenas compareceu à conferência de imprensa o presidente do Boavista FC Vítor Murta para uma declaração sem direito a perguntas dos jornalistas.

Gil Vicente FC

BnR: Apesar de ter tido a bola a maior parte da partida, a sua equipa sentiu, hoje, dificuldades em ter a bola perto da área do adversário, na zona entrelinhas em que os jogadores mais criativos pudessem lançar os avançados. Acha que foi falta de inspiração dos seus jogadores ou uma maior eficácia defensiva do Boavista FC?

Ricardo Soares: Se tivesse que optar por um dos dois, diria que é mais mérito do Boavista FC. Com a linha de cinco atrás e outra de quatro à frente, a equipa preenche muito bem o espaço. Mas à medida que o jogo foi decorrendo, tivemos mais a bola nessas zonas. Jogamos contra uma equipa com muita qualidade. Nós também perdemos algumas bolas que não devíamos ter feito. Acho que o Boavista FC foi ligeiramente superior, mas o empate é perfeitamente justo.

Artigo revisto por Joana Mendes

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Alexandre Matos
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