A simplicidade e a resiliência | Moreirense x Gil Vicente

11.ª jornada e mais um fim de semana do principal escalão do futebol português, e este tem tudo para ser especial: os seis primeiros classificados defrontam-se entre si. Mas aqui vai-se falar de outro jogo, aquele que abriu esta jornada: o dérbi minhoto entre Moreirense e Gil Vicente, e que jogo foi este.

Confronto disputado por duas equipas que vinham de duas derrotas consecutivas e chegaram para este embate com ganas de vencer.
Foi possível ver um Moreirense por cima no início da partida, com processos simples, sem jogadas elaboradas, apenas futebol direto.

Os cónegos não complicavam: ao mínimo de perigo perto da sua baliza, “balão para a frente” e conforme o tempo ia passando, iam chegando com perigo à baliza dos gilistas (talvez por causa da desorganização dos jogadores de Bruno Pinheiro).

O técnico da equipa forasteira chamou à razão o seu meio-campo e recuou Fujimoto, abrindo espaço para Santi no miolo e a partir daqui o espanhol mostrou o seu melhor futebol: presente em todo o campo, carregava a bola para onde o Gil mais precisava. E como se não bastasse, a equipa de Barcelos inaugurou o marcador: situação de contra-ataque e Tidjany Touré rematou para perto do poste mais distante. A partir daí cresceram e foram criando perigo, mas só no início da segunda parte é que o marcador se voltou a mexer, desta vez, por intermediário de Jorge Aguirre, aumentando a vantagem para a sua equipa.

Os adeptos da casa não gostavam do que viam, o Moreira não reagia, mas César Peixoto não tremeu e manteve a identidade da sua equipa, apesar de ter colocado jogadores frescos em campo, mas o jogo direto mantinha-se.

Moreirense e Gil Vicente
Fonte: João Freitas/Bola na Rede

E a partir dos 65 minutos, tudo começou: bola colocada por Antonisse através de um livre, e no meio da confusão, Schettine conseguiu iniciar aquela que viria a tornar-se numa reviravolta épica. Cinco minutos depois e Frimpong cruzou para o golo do outro lateral cónego, Dinis Pinto, empatando a partida (bom entendimento entre os laterais). E no meio do ânimo que se vivia nas bancadas, ambas as equipas teriam razões para arriscar mais, de forma a garantir os três pontos. Mas não, o Moreirense apesar de não ter o futebol mais brilhante, arriscou um pouco mais, mas sempre sem entrar em grandes loucuras, indo atacando através de cruzamentos ou bolas paradas.

No meio disto tudo, a reviravolta aconteceu: Gabrielzinho, que entrou a meio do jogo, cruzou o esférico para Asué (também vindo do banco), que nas alturas deu os três pontos para a equipa da casa.

Uma vez garantida a vitória, o Moreirense continua invicto nos jogos em casa para a Liga. Esta é uma equipa que vai continuar a dar muito trabalho aos seus adversários ao longo da época, inclusive já conseguiu um empate caseiro frente ao Benfica.

César Peixoto não faz praticar o futebol mais apetitoso, aliás, por vezes fica difícil de entender o que ele quer da sua equipa, mas uma coisa é certa, tem feito do Moreirense uma equipa competitiva e capaz de lutar pelo resultado até ao fim, onde para já estão na parte superior da classificação.



BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

Gil Vicente

BnR: O mister na antevisão para este jogo mencionou a necessidade de melhorar defensivamente e após esta derrota (de reviravolta) pergunto se a paragem para as seleções chega em boa hora para trabalhar nessa necessidade.
Bruno Pinheiro: Pela teoria diria que sim, quanto mais tempo para trabalhar melhor. Vamos perder dois jogadores para as seleções nacionais (Castillo, do Peru e Buatu da Angola), temos alguns jogadores “tocados”, o que não ajuda. No fundo, a paragem para as seleções vai-nos ajudar a trabalhar mais e obviamente o foco está em tentar manter a baliza a zeros, mas neste momento não estamos a conseguir e isso está a custar-nos pontos.

Moreirense

BnR: O Asué já não marcava pelo Moreirense desde a terceira jornada do campeonato, frente ao Braga. Hoje, entrou a meio do jogo e marcou o golo da vitória. A minha questão é se podemos esperar um regresso do Asué com a mesma veia goleadora que vimos no início da época.

César Peixoto: O Asué é um jogador que acreditamos muito. Ele é muito trabalhador e humilde, mas teve alguns problemas físicos, o que o foi limitando. Os avançados vivem de golos e quando os marcam, ficam mais confiantes. A verdade é que ele trabalha muito e nós nunca deixamos de acreditar que ele vai ser muito importante para nós durante a época. O Schettine chegou mais tarde, “agarrou” o lugar, tem estado bem e tem feito golos, mas esta concorrência interna entre eles abre uma ótima relação de grupo, faz com que eles não facilitem no dia a dia para que quando chegue o jogo, possam ajudar a equipa.

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