5 de maio de 2024, já passa das 22:30. Os relvados da cidade de Lisboa estão desertos, os holofotes apagados e, nos bancos de suplentes, só as melgas e mosquitos convivem, já atraídos pelos primeiros sinais do calor. Na cidade ninguém conseguem dormir. Uns vestidos de verde, celebram efusivamente como se a vida dependesse disso. Os outros choram um triste e inevitável fim que, para os adeptos do Benfica, continua bem vivo na memória.
Três meses depois de terminar com um campeonato, o Famalicão x Benfica abre um novo. Roger Schmidt continuou nas águias e está mais fragilizado que nunca, Armando Evangelista prolongou o contrato com os famalicenses e tem provas dadas. O jogo de Famalicão abre possibilidades para um afastar da nuvem negra ou para a chuva começar a cair. O cenário de fim de domingo conjuga com o ambiente criado.
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3 aspetos táticos a observar no Famalicão x Benfica
Pressão do Benfica: No início do terceiro ano à frente do Benfica, Roger Schmidt procurou regressar ao passado. Fez regressar Fredrik Aursnes à meia esquerda, apostou em dois cães de guarda para o meio-campo e mesmo os nomes mais adiantados das águias em campo têm outros índices na recuperação e na capacidade de pressionar. A ausência de criativos claros no meio-campo, zona onde tudo acontece, obrigará o Benfica a criar através do trabalho sem bola. Quando o nível subiu, a estrutura da pressão encarnada falhou, o meio-campo abriu espaços e o Benfica tremeu. Evitar esta situação é determinante e fundamental se as águias quiserem ter sucesso.
Mobilidade no ataque do Famalicão: Perder Jhonder Cádiz foi um duro rombo para o ataque do Famalicão. A capacidade do venezuelano funcionar como referência, ganhar duelos aéreos e atacar a área em situações de cruzamento era um desafogo que Armando Evangelista não poderá aproveitar. Mario González é a solução mais direta para o ataque do Famalicão que, na pré-época, chegou a atuar numa estrutura mais móvel e que poderá ser opção contra o Benfica, até para aproveitar os saltos dos médios na pressão e o espaço que tal potenciará.
Repartir de espaços de Mirko Topic e Zaydou Youssouf: Roger Schmidt terá três opções para jogar nas costas de Vangelis Pavlidis, todas fundamentalmente diferentes. Marcos Leonardo como um segundo avançado, Orkun Kokçu como terceiro médio e Gianluca Prestianni como um 10 mais clássico com capacidade de jogar em espaços curtos e de rodar sobre a pressão. Independentemente do jogador, Mirko Topic e Zaydou Youssouf terão de repartir o espaço e de controlar o jogador escolhido pelo Benfica para esta posição. Três maneiras diferentes de atacar terão também três formas distintas de defender que, se não forem bem executadas, darão bolas de golo ao Benfica.
3 registos que a história nos dá
- A vitória do Famalicão sobre o Benfica na última época pôs fim aos mais de 30 anos de invencibilidade das águias.
- As únicas duas vitórias do Famalicão diante do Benfica foram conseguidas em casa.
- Nos últimos cinco jogos entre os dois clubes apenas a equipa que venceu o encontro marcou golo.
3 jogadores a ter em conta no Famalicão x Benfica
Gustavo Sá: Não há muitos jogadores com o perfil de Gustavo Sá em Portugal. Não é propriamente um organizador de jogo, embora tenha capacidade para tal, e é mais forte perto da baliza que longe dela. Infiltra-se para atacar a área e consegue definir com qualidade nas zonas envolventes. Manter Gustavo Sá no plantel será a melhor mexida no mercado do Famalicão.
Vangelis Pavlidis: É sobre o avançado grego que recaem as maiores esperanças do Benfica que, um ano depois de perder Gonçalo Ramos, parece ter encontrado o substituto. Pela capacidade nas diagonais curtas, muitas vezes para a esquerda aproveitando o contramovimento de Fredrik Aursnes e, principalmente, pelo instinto goleador e posicionamento na área, esperam-se golos do avançado.
Gianluca Prestianni: Nenhum jogador aproveitou tão bem a pré-temporada como o argentino a quem, pela altura, apetece chamar de pulga, não fosse esse um presságio para um dos mais virtuosos – senão o mais – de sempre. O certo é que, enquadrado num contexto mais favorável e já adaptado, Gianluca Prestianni soube não só ser destaque como ser protagonista. Tem magia nos pés e na ginga com que conduz e dribla.
3 equipas em campo
Onzes prováveis
Famalicão: Luiz Júnior; Lucas Calegari, Enea Mihaj, Justin de Haas, Francisco Moura; Mirko Topic, Zaydou Youssouf, Gustavo Sá; Óscar Aranda, Rochinha, Gil Dias.
Benfica: Anatoliy Trubin; Alexander Bah, Tomás Araújo, António Silva, Jan-Niklas Beste; Leandro Barreiro, Florentino Luís, Gianluca Prestianni; João Mário, Vangelis Pavlidis, Fredrik Aursnes.
Arbitragem:
- Árbitro: Fábio Veríssimo
- Assistentes: Pedro Martins e Hugo Marques
- 4.º árbitro: José Rodrigues
- VAR: Hélder Malheiro
- AVAR: Hugo Coimbra
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