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Revelação que se reafirma a cada jogo – Entrevista a Rony Lopes

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Rony Lopes esteve no Europeu de Sub-19 que se realizou na Hungria, no qual Portugal terminou em 2º lugar depois de uma extraordinária campanha que acabou com uma derrota por 0-1 contra a Alemanha na final. São vários os jogadores lusitanos que se destacaram nesta competição; poderia começar pelo Ivo Rodrigues, o Gelson Martins, o André Silva, ou até mesmo o Tomás Podstawski, mas o escolhido para este destaque é o camisola 10 da equipa das Quinas, que foi uma das estrelas da competição, tendo marcado 2 golos.

Rony Lopes foi uma das figuras da selecção no Europeu de sub-19 Foto: Facebook de Rony Lopes
Rony Lopes foi uma das figuras da selecção no Europeu de sub-19
Fonte: Facebook de Rony Lopes

Mais do que prever o futuro de um jogador de futebol de formação, é importante mostrar a forma como este constrói, a cada toque de bola, o presente. Foi com afinco e com uma grande dose de paixão, determinação e humildade que Marcos Paulo Mesquita Lopes, conhecido por Rony no mundo do futebol, se tornou um dos símbolos actuais do futebol de formação. Na época passada foi o capitão da equipa de juniores do Manchester City, tendo ainda feito 5 jogos ao serviço dos seniores. Esta época prepara-se para abraçar um novo desafio, após ter sido emprestado à equipa francesa do Lille.

Sempre amei o futebol”, confessa, e neste universo entrou em 2003 para a equipa da sua terra natal, AD Poiares, onde esteve até 2006, altura em que foi convidado a ir para o SL Benfica. Essa paixão pelo que faz foi a motivação para aguentar os primeiros dois anos de águia ao peito. “Tive uma boa adaptação no Benfica. Os primeiros dois anos foram mais difíceis, pois não estava a viver no Centro de Estágio (no Seixal) e só treinava uma vez por semana com jogo ao fim de semana, ou seja, tinha de ir de Coimbra para Lisboa duas ou três vezes por semana, o que se tornava bastante cansativo”, relembra, “mas valeu a pena”, remata. Os cinco anos no Benfica valeram muitas amizades e boas recordações. Foi durante esse percurso que foi chamado, pela primeira vez, à selecção sub-16 da AF Lisboa. Contudo, a primeira internacionalização foi a mais marcante – “ganhámos 1-0 e eu marquei o golo”, recorda.

A qualidade dentro das quatro linhas atraiu os olhares estrangeiros e em 2011 Rony recebeu propostas de diversos clubes. O feliz contemplado foi o Manchester City. “O City fez uma proposta muito boa, daí a ter aceite. E, claro, tratava-se de um clube da Liga Inglesa que é, na minha opinião, uma das melhores, senão a melhor do mundo”, justifica.

De malas feitas, com a cabeça erguida e já com saudades de Portugal, o miúdo de 15 anos partiu rumo a Manchester. “Foi muito difícil, com aquela idade, deixar tudo para trás e ir em busca do meu sonho. Quando cheguei a Inglaterra falava pouco inglês, mas sempre estive disposto a lutar e aprendi a língua no dia-a-dia, para além de que também tive aulas”.

Quando questionado acerca das diferenças culturais entre Portugal e Inglaterra, admitiu, entre risos, que a única coisa que estranhou foi a comida. “A maior diferença é na comida, que aqui não tem o mesmo tempero que em Portugal”, confessa. Comida portuguesa em Inglaterra sabe a saudades de casa…

Contudo, os contrastes entre ambos os países europeus extravasam as quatro linhas. “O futebol inglês é diferente do português; é muito mais puxado, mais físico, mais competitivo. No início foi um pouco complicado adaptar-me, mas hoje já não tenho qualquer problema”, afirma. Uma clara evidência desta adaptação foi a sua escolha para capitão da equipa de juniores, responsabilidade que assumiu sem percalços, tanto durante o campeonato como durante a competição da UEFA Youth League, na qual apontou 5 golos. A maior surpresa surgiu quando foi convocado para o jogo da equipa principal do City contra o Watford: “Foi uma grande oportunidade, foi fantástico”, diz com emoção. A boa exibição e o golo marcado fizeram com que as presenças na equipa sénior se tornassem mais assíduas, tendo entrado em 5 jogos e sido convocado em mais dois. Porém, o salto da formação para os seniores foi exigente. “Nos seniores, o ritmo é mais elevado e tem de se pensar mais rápido, mas é uma grande experiência. Tive a oportunidade de partilhar o relvado com jogadores de nível mundial”, salienta. De entre todo o plantel do Manchester City, aquele que mais admira é David Silva.

Rony Lopes estreou-se pela equipa principal do Manchester City com um golo Foto: Facebook de Roni Lopes
Rony Lopes estreou-se pela equipa principal do Manchester City com um golo
Fonte: Facebook de Roni Lopes

Em Inglaterra e noutros países, jogadores com 17/18 anos já competem nas equipas de reservas, queimando, assim, etapas da sua formação; contudo, em Portugal esta situação é rara. Rony é da opinião de que a formação portuguesa deveria adoptar uma filosofia semelhante, de forma a potenciar as prestações nacionais jovens. Porém, salienta que “em Portugal há a Segunda Liga, o que acaba já por ser também uma boa oportunidade para os jovens jogadores”. Admite, contudo, que se estivesse num clube português provavelmente ainda não se teria estreado nos seniores, tal como aconteceu no City. Rony tem sido apontado como um exemplo para os restantes atletas da formação, não só pelo que produz dentro de campo mas também pelo seu comportamento fora dele, encarando essa responsabilidade como algo positivo. “É muito bom para mim saber que pessoas mais jovens me admiram. Dá-me motivação para continuar a querer mais e para não os desapontar”, diz com convicção.

Há muito uma revelação, Rony confirma a cada jogo a sua qualidade. Com determinação, trabalho e espírito guerreiro, tem rumado a um futuro promissor e, quiçá, à realização de um dos seus sonhos: jogar ao lado de Cristiano Ronaldo. Como diz a letra da sua canção preferida, “Guerreiro não foge da luta, não pode correr / Ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer”. Esperamos, assim, acompanhar a tua “vitória”.

Derrota mais amarga: Eliminação do Europeu Sub-19 em 2013, contra a Sérvia, nos penalties

Vitória mais marcante: Conquista do título nacional de iniciados pelo Benfica, frente ao FC Porto, no Olival

Adjectivo que te define dentro de campo: Objectivo

Adjectivo que te define fora de campo: Calmo

A tua música: Grupo Revelação – Ta escrito

O que te move: A minha família; a vontade de ser melhor; a minha ambição

A tua cidade, a tua região: Vila Nova de Poiares, onde tudo começou

Os teus pontos cardeais: Honestidade, Determinação, Simplicidade, Amizade

Maior referência no futebol: Cristiano Ronaldo

Maior referência na vida pessoal: Pai e Mãe

Maria Serrano
Maria Serranohttp://www.bolanarede.pt
A Maria é uma rapariga que nasceu numa família em que o sexo masculino está em grande maioria, por isso desde cedo começou a ver futebol profissional, a jogar Football Manager, a ler jornais desportivos e a assistir a jogos de futebol formação. Os hábitos e a paixão perduram até hoje.                                                                                                                                                 A Maria não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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