O Braga foi a Nice defrontar uma equipa que já enfrentou um clube português na Liga Europa, o FC Porto, frente ao qual perdeu por 3-0, no Estádio do Dragão.
Os bracarenses chegavam a esta partida numa senda bastante positiva nas competições europeias, com cinco jogos disputados: três vitórias, um empate e uma derrota. O Nice, em contrapartida, atravessa uma crise profunda, tanto internamente como nas competições europeias, estando em último lugar da Liga Europa e na liga francesa na 12.ª posição.
Numa batalha entre duas equipas com aspirações divergentes, foi o Braga que, logicamente, assumiu o protagonismo, apesar das dificuldades iniciais. No entanto, bastou aumentar o ritmo para, entre os 10 e os 20 minutos, a equipa portuguesa somar três ocasiões, por intermédio de Ricardo Horta — que chegou aos 450 jogos pelo clube — e de El Ouazzani.
O ascendente foi aumentando e, de forma natural, o golo surgiu pouco antes da meia hora de jogo. Contra-ataque após uma antecipação de Gorby, que deixou a bola para Víctor Gómez assistir o compatriota Pau Víctor. Um bom desenho da equipa de Carlos Vicens.
Após a primeira parte, ficou patente que o Braga foi — e é — superior ao Nice em todas as dimensões. A equipa francesa mostrou-se muito soft na pressão e, com facilidade, os guerreiros ludibriaram os adversários. Gorby e Grillitsch dominaram o meio-campo, Horta e Víctor baixavam para criar e os laterais, Lelo e Gómez, davam versatilidade através de movimentos, fossem de largura ou de profundidade. A partir daí, tudo se tornou mais fácil.
Contrariamente ao que vinha acontecendo, foi o Nice que entrou melhor na segunda parte, pondo Hornícek à prova e dificultando, e muito, a saída de bola do Braga. Destaque para Kevin Carlos, Jansson e Loucher.
Perante essas dificuldades, Vicens recorreu ao banco para mudar o cenário, lançando João Moutinho, Lagerbielke e Gabri Martínez.
No entanto, as dificuldades dos visitantes mantiveram-se e a equipa da casa foi somando ocasiões que não soube aproveitar. Se no primeiro tempo existira continuidade na posse de bola, no segundo os bracarenses estiveram muito erráticos e poderiam ter hipotecado as hipóteses de garantirem antecipadamente a sua presença nos playoffs da competição.
Por fim, destaque para a titularidade, do lado do Nice, de Tiago Gouveia, emprestado pelo Benfica, que atuou como lateral-direito, realizando uma exibição competente e com alguns apontamentos técnicos notáveis.
Com este resultado, o Braga soma a quarta vitória na competição e chega aos 13 pontos, que colocam a equipa na fase de playoffs e, além disso, vence pela primeira vez na sua história em território francês. Já o Nice mantém o registo negativo e permanece na última posição da Liga Europa, acumulando oito derrotas consecutivas em todas as competições.

