Fogo de vista | Académico Viseu 0-2 Marítimo

Académico Viseu e Marítimo apresentam-se desde o início da temporada passada como dois dos mais fortes candidatos à subida ao principal escalão. Quer pelo forte investimento pelos viseenses, quer pelo histórico na Primeira Liga, no caso dos insulares, os dois clubes perfilavam-se com estatuto de candidatos, mas esse epíteto deu lugar a uma valente desilusão.

Em 24/25, os beirões até começaram bem com três vitórias nas quatro primeiras jornadas. Porém, a derrota caseira frente ao Leiria trouxe a descoberto a falta de eficácia ofensiva e a queda monumental na Taça de Portugal, perante o Lusitano Évora, do Campeonato de Portugal, levou à falta de confiança e à goleada no dérbi das Beiras, perante o Tondela (1-4). A falta de jogadores chave que estejam integrados plenamente nas competições nacionais é pura e demais evidente no plantel do Académico às ordens de Rui Ferreira.

Já o Marítimo manteve o treinador Fábio Pereira e reforçou o plantel com jogadores com experiência na Segunda Liga, como Danilovic, Pedro Empis e Romain Correia.

Contudo, os resultados continuavam a ficar aquém dos objetivos, com uma vitória em quatro jogos e a goleada imposta pelo Portimonense por 5-1 levou a mudança no comando técnico maritimista para a entrada de Jorge Silas. O antigo técnico do Sporting CP demorou a engrenar, com a primeira vitória a chegar ao quarto jogo, no Estádio dos Barreiros, por uma bola a zero frente ao FC Porto B. Pelo meio, houve a eliminação na Taça de Portugal, frente ao Pevidém, do Campeonato de Portugal.

O jogo entre Académico Viseu e Marítimo acabou por confirmar a evolução das duas equipas: uma equipa que de falta de eficácia passou a não ter capacidade de criar ocasiões de golo e os insulares, também com poucas ideias de jogo, mas com maior confiança para gerir os momentos do jogo.

O pé de Euller e a cabeça de Rodrigo Borges fizeram o resto da história na vitória madeirense sobre o Académico Viseu.

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

Académico Viseu

BnR: Três dos quatro jogadores do onze inicial que foram amarelados foram substituídos. Os cartões amarelos limitaram a estratégia de jogo e as substituições efetuadas?

Rui Ferreira: Nós temos de pensar nisso tudo. Nós já tivemos quatro jogos com expulsões e, portanto, nós agora cada vez mais temos de ter algum cuidado nesse sentido. A questão da substituição dos nossos centrais, o João [Pinto] fez um corte e teve uma dificuldade que nós tínhamos de lidar com ela.  

Fizemos entrar o Aidara porque era um jogador rápido e é um jogador forte no jogo aéreo, o que nos dava essa confiança para continuarmos a arriscar, quando o resultado estava 0-1.  

Depois os outros, foi também pelo amarelo. O Moreno [Mortimer], no primeiro jogo como titular, estava um bocadinho nervoso, um jogador com muita qualidade técnica e foi uma das soluções para este jogo, no sentido de ficarmos mais com bola, de construirmos. Ele e o Karaman e, com o amarelo, nós não podíamos também correr o risco e também no intervalo nós queríamos ser mais audazes.

Queríamos dar ali mais agressividade no meio-campo e a dar agressividade o jogador seria o Soufiane [Messeguem], sabendo que se calhar já não iríamos ser tão elaborados naquilo que era a construção. 

Num, primeiro momento nós preferimos guardar o Soufiane e dar um bocadinho mais de espaço ao Karaman, ou seja, quisemos subir o Ott para ter maior profundidade e dar maior aceleração lá na frente. 

Não é assim tão fácil, tão linear, como as pessoas pensam. Queremos muito ganhar jogos e trabalhamos nesse sentido. Portanto, há que assumir as responsabilidades, trabalhar no sentido de melhorar. 

Marítimo

BnR: No último jogo obteve a primeira vitória, enquanto técnico do Marítimo. Contudo, acabou por fazer uma alteração no onze, colocando Danilovic, no lugar de Rodrigo Andrade. O que pretendia de diferente na equipa com esta novidade na equipa inicial?

Jorge Silas: Eles são jogadores muito diferentes. O Andrade é mais um médio defensivo, o Dani é um médio defensivo, mas que tem uma saída de bola mais forte do que o Andrade. Nós pretendíamos ter um pouco mais de bola e sabíamos que o Dani nos podia dar isso.  

Por outro lado, o Andrade traz-nos também muita energia, mas tinha tido no jogo com o FC Porto um toquezinho e nós andámos a poupá-lo. Então optámos por dar a oportunidade ao Dani, que já tinha entrado muito bem contra o Porto e que também durante a semana esteve muito bem. Nós sabemos o que é que nos pode dar cada um deles.  

A ideia é que nós possamos contar com todos os jogadores e que todos eles que quando entram e que sejam preparados. Claro que as características dos jogadores também dizem alguma coisa. Depende também daquilo que o jogo pede. Por exemplo, se o campo tivesse todo rebentado, não desse para jogar, se calhar jogava o Andrade e não jogava o Dani.

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Pedro Filipe Silva
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