Vitória SC 0-1Sporting de Braga: O primeiro dérbi do Minho! Depois da mão de Deus de Maradona, pés na terra de Marafona

    No primeiro jogo da liga para Sporting de Braga e Vitória de Guimarães, num sempre aliciante dérbi minhoto, os Guerreiros alcançaram a vitória frente aos Conquistadores.

    Entre cânticos e muita festa, o jogo começou bem quentinho, como é hábito. Dureza na divisão de lances e muita disputa pela redondinha: foi assim que este histórico dérbi se desenrolou ao longo de exaustivos 95 minutos. Os amarelos a premiar entradas duras e alguns lances de pormenor técnico delicioso embelezaram o primeiro dérbi do Minho. Desta vez os pontos vão para Braga, num jogo onde o empate não seria um resultado surpresa.

    Como bom convidado que é, o Braga levou a garrafa da cortesia e cedo quis abrir o champanhe. Tentou apelar ao brinde e cedo assumir o jogo, mas quem manda em casa é mesmo o Vitória, que por poucas vezes deixou que o Braga se soltasse. Nem sempre correu bem. Uma jogada de primeira – explosiva, diga-se de passagem -, com Rafa, Goiano e Pedro Santos à mistura, culminou com um golo estupendo. Natural o desenho, realista a pintura. 1-0 para o Braga. Pedro Santos inaugura o marcador com um remate fulminante. Até então, era esta a prenda que o Braga levava pela entrega ao jogo. Depois do brinde, o Braga não abrandou e resolveu propor outro. Bola repleta de carinho de Wilson Eduardo para Hassan, onde o egípcio, de frente para a baliza, faz com que Douglas faça uma excelente intervenção. A melhor do jogo até então. Ainda antes de terminar a primeira parte, Hurtado, num lance repleto de arte, tenta facturar. Bola por cima, resultado intacto. Sempre em torno da vontade de ter bola e da raça que bem caracteriza este jogo, chega o intervalo e o Braga vai na frente.

    Começou a segunda parte e o Vitória queria e podia mostrar mais. Tentou sem desistir por várias vezes, mas a defesa bracarense não tremeu e sempre correspondeu face às boas jogadas desenhadas pelo anfitrião. Mas um anfitrião que não propõe brinde não é um verdadeiro anfitrião. Sendo assim, Guimarães levantou as vozes e galvanizou a equipa no segundo tempo. Carregou sem parar até que Hurtado, novamente, com a baliza ali tão perto, não soube empatar. Até ao final do jogo, um par de ocasiões reflectiu a crença vimaranense, em que a baliza parecia ser o pior inimigo. A bola chegou ainda a balançar na rede, mas um fora-de-jogo bem assinalado a Marega não modificou o resultado. Chegados até aqui, o cansaço era visível na cara dos jogadores de ambas as equipas, mas por nenhuma vez qualquer uma delas baixou os braços. Até que… Marafona, num claro acto displicente, resolve sair da baliza seguido pelo seu próprio instinto e compromete e atrapalha a defensiva do Braga. Caos instalado na área que só podia mesmo terminar com penálti para o Vitória. Grande penalidade bem assinalada e Soares preparava-se para converter. Em ritmo de dança da chuva, Soares quis surpreender e conseguiu. Remate ao meio, onde Marafona, depois da célebre mão de Deus de Maradona, resolve assentar os pés na terra e fazer a defesa do encontro. Valeu pontos e deu fôlego aos Guerreiros. O resultado manteve-se 1-0 até ao final, premiando a eficácia bracarense. Bom jogo, bom dérbi, boas equipas, bons treinadores. No primeiro dérbi minhoto foi o Braga que levou a melhor.

    Foto de Capa: SC Braga

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Pedro Nuno Sousa
    Pedro Nuno Sousahttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro tem 22 anos, é arqueólogo de formação e jornalista desportivo por inspiração. Teve oportunidade de praticar vários desportos, o que proporcionou esta paixão. Frequenta o mestrado em História e é minhoto. Gosta muito dos seus amigos e por isso tenta preservá-los. Também gosta de teatro e é ator amador. Frequentou formações no 'Cenjor' e no 'Palavras Ditas' porque gosta de enriquecer a vida profissional. Um dia espera ser relator de futebol.                                                                                                                                                 O Pedro não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.