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Chico Geraldes | A última vida

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Ao longo dos artigos que escrevi no Bola na Rede, exemplifiquei vários assuntos de como acontecem coisas muito estranhas no Sporting CP. É um clube onde há sempre mais um caso e mais um tema que deixa os sportinguistas a refletir sobre a sorte ou azar que paira no clube. Hoje é o dia de falar sobre o estranho caso de Francisco Geraldes mais conhecido como Chico.

Atualmente, correm tempos de enorme destaque para a Academia de Alcochete. Rúben Amorim trouxe uma nova vida aos miúdos e ao célebre ADN verde e branco de aposta na formação. Em apenas três jogos ao serviço dos leões, o jovem treinador já demonstrou que a qualidade se sobrepõe à idade. Não importam nomes mas sim a qualidade para defender as cores do clube, o que na minha opinião faz todo o sentido.

Não sou apologista do lançamento de jovens exclusivamente para a campanha de promoção da Academia e para entusiasmar alguns sportinguistas que veneram esse facto. Sou apologista de que a qualidade é o mais importante independentemente da idade. Se um jovem ou um veterano têm a qualidade necessária para representar as cores do clube que defendem e fazem a diferença, então que se aposte na qualidade.

São raros os adeptos e sócios do Sporting CP que não anseiam ver Chico Geraldes a brilhar de leão ao peito. Há muitos anos que a sua qualidade tem sido merecedora de aposta no seu talento mas quando chega o momento, parece que há qualquer coisa que falta. Já ouvi inúmeras vezes que “o Sporting era Chico e mais dez”, “Geraldes é o substituto de Bruno Fernandes”, “O Jorge Jesus nunca contou com ele porque não aposta na formação” e “é um jogador com classe”. Quando uma expectativa não é realizada, chega o momento em que a esperança se desvanece e penso que é exatamente isso que está a acontecer com Francisco Geraldes.

Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Gosto genuinamente do Chico e tem uma postura anormal, no bom sentido, para um jogador de futebol. Um rapaz simples, humilde e pouco extravagante, algo que não estamos habituados a ver no mundo do futebol. A qualidade humana não é uma questão pertinente para a falta de aposta no seu talento.

Por falar em talento, é aqui que se prende a questão. Fez a sua melhor temporada ao serviço do Rio Ave FC, com Miguel Cardoso no comando técnico da equipa vilacondense. Uma época espetacular e tudo apontava que voltaria ao Sporting CP, ao seu clube do coração, para brilhar. Infelizmente não foi isso que aconteceu.

Este é o momento em que, infelizmente, a lógica tem de ser maior que o fanatismo e com isso vem a racionalidade. Geraldes teve aproximadamente dez treinadores nos últimos anos e apenas por duas vezes foi aposta ganha. Uma ao serviço do Moreirense FC (onde conquistou a Taça da Liga) e outra, como referido anteriormente, no Rio Ave FC.

Durante esta temporada voltou a Alvalade, depois de encontrar Miguel Cardoso na Grécia, no AEK Atenas, mas o percurso do treinador português foi curto e não foi suficiente para potenciar o seu pupilo.

A verdade é que já lá vai um tempo e a afirmação de Geraldes no Sporting por chegar. Custa-me acreditar que a culpa seja dos treinadores e não do jogador. Já passou por vários clubes, campeonatos (recentemente o alemão e grego) e nunca foi aposta. O que é que está a faltar? Esta é a questão que todos os sportinguistas colocam.

O tempo está a acabar, Chico tem 25 anos, termina contrato com o Sporting CP em 2021 e esta é a sua última oportunidade para demonstrar que tem qualidade para jogar de leão ao peito. Admiro o seu sportinguismo mas para ganhar precisamos de muito mais. Será esta a sua última vida no Sporting CP? O que irá acontecer com Rúben Amorim no comando técnico dos leões? Espero sinceramente que Geraldes possa demonstrar o seu valor e vê-lo a brilhar em Alvalade é algo que anseio imenso.

Foto de Capa: Sporting CP

Tomás Parreira
Tomás Parreirahttp://www.bolanarede.pt
Alentejano de natureza, apaixonado por futebol com alma verde e branca. Licenciado em Marketing, procuro dedicar-me e empenhar-me em tudo o que faço. Embora tenha crescido numa família adepta do clube rival, desde cedo percebi que era o leão rampante que me apaixonava. Ser sportinguista é mais do que uma forma de estar na vida, é respirar Sporting Clube de Portugal. O seu grande sonho profissional é servir o clube.                                                                                                                                                 O Tomás escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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