Os leões ainda mal tinham entrado em campo e o placard rapidamente mudou: vinte e três segundos. Foi o que bastou para que Koke fizesse agitar as redes de Rui Patrício. Depois de uma asneira tremenda de Coates, que falhou o passe para Mathieu, Diego Costa recolhe a bola e assistiu o seu companheiro de seleção; o espanhol, que apareceu isolado e que tinha apenas o guarda-redes pela frente, inaugurou o marcador com um remate cruzado.
O Sporting tentava reagir ao golo madrugador, porém notava-se o nervosismo na equipa, com alguns passes falhados e muita pressa na hora de sair a jogar. As jogadas saíam apenas pelo corredor direito, por onde Piccini ou Gelson tentavam atacar a defesa espanhola. O italiano, numa delas, arrancou em velocidade e cruzou para Bas Dost, que cabeceou ao lado. A equipa portuguesa começava a despertar, sentindo-se cada vez mais confortável a jogar no meio-campo adversário.
O jogo depressa perdeu o ritmo que um golo tão cedo poderia prever. A partida estava a ser bem disputada a meio-campo, com o Atlético a aproveitar os maus passes dos jogadores adversários para criar lances de perigo. Uma das melhores oportunidades do Sporting acabou mesmo por aparecer pelos pés de Gelson Martins: Coates passa para Bruno Fernandes que, por sua vez, mete na velocidade do internacional português; este mete a quinta e deixa dois adversários para trás. A jogada só não tem um final mais feliz porque Gelson, já em esforço, remata fraco para defesa de Oblak.
Perto do final da primeira parte, Griezmann, fazendo vingar a raiva gaulesa, aproveitou uma desatenção de Mathieu e, cara a cara com Patrício, rematou puxado ao poste direito, fazendo assim o 2-0.
O jogo foi para intervalo com um Sporting ferido e em desvantagem, sendo o principal culpado pelos dois erros defensivos graves que deram origem aos golos. Jorge Jesus, antes de os 45 minutos terminarem, ainda procedeu à substituição de William por Acuña.

Fonte: Sporting CP
A segunda parte começa com novo erro dos centrais do Sporting. Coates falha o corte e a bola sobra para Diego Costa que, frente a frente com o guarda-redes leonino, falha a finalização e deixa que Patrício recolha a bola.
Poucos minutos depois, Coates, sem cabeça, deixa que Diego Costa lhe roube a bola, permitindo assim que este chegasse à linha e tentasse rematar para o primeiro poste, onde apareceu novamente Patrício para salvar a eliminatória (ou o que restava dela).
O Sporting, sem ideias, tentava chegar perto da baliza de Oblak, mas a falta de frescura e a pressão de ter que marcar um golo para manter a eliminatória em aberto tomava conta das ideias da equipa. William Carvalho levou, com a sua substituição, o controlo do meio-campo.
Entretanto, era o Atlético que ia aproveitando esta disposição dos leões. Exemplo disso foi o remate forte de Juanfran para uma grande defesa à queima-roupa de Rui Patrício. Do outro lado, poucas foram as intervenções do antigo guarda-redes do Benfica, sendo quase um espectador com um lugar privilegiado neste jogo.
A melhor oportunidade do Sporting chegou quase no fim do jogo: depois de um remate à entrada da área de Bryan Ruiz para defesa apertada de Oblak para a frente, Montero, que apenas precisava de encostar, dá numa de Bryan Ruiz e, em frente à baliza, remata bem por cima da trave. Com este pontapé para a bancada foram também as grande oportunidade do Sporting voltar a discutir o jogo.
O árbitro apitou pouco depois para o final da partida. O Sporting leva para casa uma desvantagem por duas bolas, tendo que trabalhar o dobro com menos recursos: Bas Dost e Fábio Coentrão viram ambos amarelo e, consequentemente, não irão jogar em Alvalade. Já o Atlético de Madrid irá jogar com o Real Madrid mais descansado e com a eliminatória praticamente ganha.