Sporting CP 0-0 FC Porto: Nulo impede distâncias superiores no topo

Em duelo da última jornada da primeira volta da Primeira Liga, Sporting CP e FC Porto não foram além de um nulo por 0-0. Apesar de ambos os técnicos defenderem que não era um encontro decisivo, o embate entre “Leões” e “Dragões” era sim de facto um jogo importante para as contas do título.

Relativamente aos onzes iniciais, os treinadores foram diferentes quanto a mudanças, em relação à jornada anterior do campeonato, no início da semana. Começando pela equipa da casa e após a derrota fora com o Tondela, Marcel Keizer fez alinhar de início Jefferson (rendeu o castigado Acuña) e apostou no regresso de Bas Dost à frente de ataque, que tinha falhado essa partida por lesão. Do lado visitante, havia a expetativa sobre a possível inclusão do retornado Pepe no onze titular – que começou no banco -, mas Sérgio Conceição apostou na mesma fórmula que venceu o Nacional no Dragão.

O Clássico começou quente dentro e fora do campo. Lá fora, um bombeiro foi chamado a intervir depois de um pequeno incêndio provocado por uma tocha de uma das claques do Sporting. Lá dentro, ambas as equipas entraram a pressionar muito alto e em grande ritmo, deixando antever um grande jogo.

Mas na verdade foi sol de pouca dura. Na primeira meia-hora assistiu-se a um jogo demasiado preso taticamente, com ambas as equipas a arriscarem pouco no último terço do terreno. O FC Porto foi quem assumiu mais essa despesa ofensiva. O Sporting só não o fez por parecer não ter armas para tal. O Porto pressionava muito cedo no terreno e os “leões” acabaram por se ir resguardando e esperar apenas pelo erro do adversário.

Com isto, quando o cronómetro bateu no minuto 45, a casa cheia de Alvalade tinha visto… um remate à baliza. Durante a primeira meia-hora apenas se vislumbraram quatro momentos de algum perigo, mas os remates de Corona (4′), Mathieu (11′), Nani (32′) e de Dost (35′) ou foram cortados por um defesa ou foram parar as bancadas.

Antes do intervalo houve mexida no FC Porto, com Sérgio Conceição a retirar Maxi Pereira, por lesão, e a entrar Óliver Torres, recuando Jesús Corona para a posição de lateral direito. A alteração aconteceu num momento de virada: o conservadorismo do FC Porto em campo teve o condão de ir adormecendo a própria equipa e o Sporting foi subindo mais, fazendo o primeiro remate à baliza por Bas Dost, mas inofensivo, à figura de Casillas.

Intervalo com nulo no marcador e com uma partida demasiado tática. Bem disputada e muito intensa, só faltou mesmo alguma abertura das duas equipas para chegarem mais vezes a zonas de perigo. A coesão das duas defesas ajudou nesse sentido, faltando alguém criativo que as quebrasse.

Muita luta durante os primeiros 45 minutos, mas sem golos
Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

O encontro recomeçou com uma contrariedade para Keizer: Bruno Gaspar saiu tocado, e foi rendido por Stefan Ristovski. O início do segundo tempo até foi entretido, mais do que a maioria da primeira parte, e o FC Porto dispôs de duas boas oportunidades para se adiantar: Marega, o protagonista por duas vezes, quase fez o gosto ao pé: ao minuto 55, viu Renan negar-lhe o golo, com uma espetacular defesa; quatro minutos depois, o remate do maliano saiu por cima, após cruzamento do lado esquerdo, em que Ristovski falhou a intercepção da bola. A resposta leonina foi dada por Bruno Fernandes, que, com recurso à “lei bomba”, atirou tenso fora de área, o que obrigou Casillas a aplicar-se.

As oportunidades iam surgindo em ambos os lados, o que fazia antever que qualquer equipa poderia desfazer o nulo no marcador, que teimava em persistir. Casillas voltaria a ser posto à prova, à passagem do minuto 76, outra vez de longe mas agora por Gudelj, mas voltou a responder bem e com uma “defesa para a fotografia”. O remate defendido resultou em canto à favor dos visitados, no qual Bas Dost podia ter marcado, contudo o seu cabeceamento não teve o destino desejado dos adeptos leoninos.

Nos últimos minutos de jogo, os jogadores mostraram ainda intenção de querer arriscar em busca dos três pontos, mas faltou arte e engenho para o golo da vitória. Foi um filme de “Ataque contra Ataque” que se assistiu até ao apito final do árbitro. O FC Porto mantém-se como líder e o Sporting CP no quarto lugar. O principal beneficiado deste resultado acaba por ser o SL Benfica, que reduz a distância para o topo da classificação.

ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES

Sporting CP: Renan Ribeiro; Jefferson; Jérémy Mathieu; Sebastián Coates; Bruno Gaspar (Stefan Ristovski 46′); Nemanja Gudelj; Bruno Fernandes; Wendel (Petrovic 9′); Nani (C); Diaby (Raphinha 81′); Bas Dost

FC Porto: Iker Casillas; Maxi Pereira (Óliver Torres 41′); Éder Militão; Felipe; Alex Telles; Danilo Pereira (Hernâni 82′); Hector Herrera; Yacine Brahimi; Jesús Corona; Moussa Marega; Tiquinho Soares (Fernando Andrade 74′)

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