Sporting CP 1-1 SL Benfica: Atropelamento e fuga (Jogo foi o menos importante)

    Depois disso, e até ao intervalo, pouco mais houve de importante a assinalar. Assim o Sporting foi para o intervalo a ganhar por uma bola a zero.

    Após o regresso das três equipas ao terreno de jogo, viu-se uma equipa do Sporting a controlar o jogo, a conseguir várias oportunidades de golo iminente, sempre com o mesmo protagonista a desperdiçar, Bas Dost. O jogo mantinha-se fluido por parte da equipa leonina, tornando difícil a recuperação de bola pelo adversário. Mesmo o árbitro parecia querer deixar correr o jogo, uma vez que veio dos balneários com uma arbitragem “à inglesa”. Pura ilusão, a partir do momento em que começou a marcar faltas apenas aos jogadores verdes e brancos. Talvez por ter sido avisado dos lances de penálti em que errou, decidiu usar a segunda parte para fazer a tão conhecida compensação. E foi num desses lances duvidosos assinalados junto à área do Sporting que Lindelöf alcançou o empate através de um livre directo superiormente marcado, não dando hipóteses a Rui Patrício.

    Imediatamente antes, o treinador do Sporting tinha lançado Bryan Ruiz por troca com Alan Ruiz, que já estava sem velocidade a jogar e a largar a bola para os colegas. Rui Vitória também já havia tirado Rafa do jogo para lançar Jiménez.

    Até ao final, o treinador do Benfica ainda lançou Carrillo por troca com Salvio, e Filipe Augusto para o lugar de Mitroglou, nitidamente para segurar um resultado que servia perfeitamente as suas pretensões, ainda mais num jogo em que não conseguia criar grande perigo a Rui Patrício. Jorge Jesus também ainda lançou Podence e Campbell por troca com Bruno César e Gelson Martins com a clara ideia de dar mais velocidade ao ataque leonino, sem grande resultado em termos de perigo.

    A única substituição que trouxe algo de positivo ao jogo do Sporting aconteceu mesmo quando entrou Bryan Ruiz, que deu maior qualidade de posse no meio-campo, que até aí já estava a ser garantido pelo grande trabalho de William e Adrien, apesar de este último ainda mostrar alguma falta de ritmo.

    No fundo, e resumindo o jogo, as duas equipas anularam-se, com algum ascendente no meio-campo para o lado do Sporting, pela qualidade dos médios leoninos, William e Adrien, apesar de isso não ter ficado expresso por muitos lances de perigo. Os laterais do Benfica não subiram para anular os extremos do Sporting, quase sempre com sucesso. Os laterais do Sporting não subiram pelas mesmas razões, pelo que praticamente não foi criado perigo pelo jogo exterior, exceptuando uma excelente jogada de Gelson Martins que Bas Dost não conseguiu segurar. No final, o Sporting teve mais lances de perigo, mas também foi mais perdulário, num jogo em que os avançados trabalharam mais para equilibrar do que para finalizar.

    Por parte do Sporting não foi a melhor prenda para Iordanov ou a melhor homenagem para Marco Finici; no entanto, fica um jogo leal, raras vezes bem jogado, em que o resultado se aceita e serve de sobremaneira os objectivos do Benfica, que mantém o primeiro lugar. Se fosse necessário algo para ilustrar isso mesmo bastaria ver o cerrar de punho do capitão do Benfica logo após o apito final.

    Foto de Capa: Directivo Ultras XXI

     

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    Nuno Almeida
    Nuno Almeidahttp://www.bolanarede.pt
    Nascido no seio de uma família adepta de um clube rival, criou ligação ao Sporting através de amigos. Ainda que de um meio rural, onde era muito difícil ver jogos ao vivo do clube de coração, e em tempos de menos pujança futebolística, a vontade de ser Sporting foi crescendo, passando a defender com garras e dentes o Sporting Clube de Portugal.