Sporting CP 4-1 Gil Vicente FC: Champions League garantida com vitória enfática

CRÓNICA: COMPETÊNCIA FOI A PALAVRA DE ORDEM PARA O SPORTING CP

Com a hora de todas as decisões cada vez mais próxima, Sporting CP e Gil Vicente FC subiram ao relvado do Estádio José Alvalade com o objetivo de garantirem o segundo e o quinto lugar, respetivamente.

Os da casa entraram com intenção imediata de marcar, mas também foram perdulários na defesa, oferecendo muitas bolas ao Gil. Ainda assim, o Sporting foi crescendo na partida e marcou primeiro.

De penálti (após falta de Aburjania sobre Nuno Santos), Sarabia fez o seu 12º golo pelos leões, sendo agora o melhor marcador da equipa nesta época.

A resposta dos gilistas foi positiva e provou que ambas as equipas sabiam criar boas jogadas. No entanto, o Sporting cresceu no jogo e capitalizou esse domínio com o segundo golo – após grande insistência, Edwards aumentou a vantagem.

Os galos de Barcelos não se deixaram abater, continuavam a ser uma equipa competitiva, circulavam bem a bola e quando apanharam a defesa do Sporting desprevenida, também marcaram.

Após excelente passe de Pedrinho, Navarro faturou (e já vão 16 golos na época) e animou o pequeno, mas audível contingente de adeptos gilistas. O Sporting sofreu assim o seu oitavo golo em casa para a Liga (o melhor registo do campeonato).

Antes do intervalo, Andrew ainda fez uma defesa milagrosa que impediu o terceiro golo leonino.

A segunda parte trouxe um Gil Vicente mais atrevido, mas a sorte sorriria ao Sporting. Matheus Nunes fez um passe sublime para Nuno Santos, que o recebeu de forma perfeita, e ao tentar centrar, a bola desviou em Lucas Cunha e terminou no fundo das redes.

Sporting
Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Pouco depois, o recém-entrado Paulinho combinou muito bem com Pedro Gonçalves, que atirou para (nova) intervenção de Andrew. De seguida, a figura foi a mesma: Andrew fez uma defesa sublime a remate de Sarabia.

O Sporting não parava de atacar e foi recompensado com novo penálti, após falta de Navarro sobre Pedro Gonçalves. O português encarregou-se de bater o penálti, fazendo assim o 4-1.

Os leões concederam depois a posse de bola aos barcelenses, atacando apenas em transições rápidas (todas elas inconsequentes). Até ao final, o destaque vai para a estreia, no Sporting, do jovem de 17 anos Rodrigo Ribeiro, que recebeu uma grande ovação.

O Sporting garante assim o apuramento para a Champions League de 2022/23 e adia a decisão do vencedor da I Liga. Já o Gil Vicente ainda terá de lutar para manter a quinta posição.

 

A FIGURA

Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Andrew – Pode ter sofrido quatro golos, mas dois deles foram de penálti e outro foi um auto-golo. De resto, o jovem guardião brasileiro rubricou uma exibição memorável, totalizando 11 defesas, muitas delas de elevado grau de dificuldade.

 

O FORA DE JOGO

Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Giorgi Aburjania – Responsável por equilibrar o meio-campo da sua equipa, acabou por não cumprir a sua tarefa da melhor maneira e não teve muita influência positiva. Cometeu ainda o primeiro penálti do jogo, o que dificultou imenso a tarefa dos gilistas. Saiu com naturalidade aos 65 minutos.

 

ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

Atuando em 3-4-3 e com Paulinho no banco de início, Pedro Gonçalves atuava no centro do ataque, com Sarabia e Edwards a decaírem mais para a direita. Os alas Pedro Porro e Nuno Santos criavam imensas ocasiões de perigo, fruto das fortes investidas pelos flancos.

Sem bola, a equipa aplicava uma pressão alta e também procurava antecipar os passes do adversário. No entanto, a defesa foi (a espaços) demasiado perdulária, concedendo muitas ocasiões de perigo ao Gil.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Adán (4)

Neto (6)

Gonçalo Inácio (6)

Matheus Reis (6)

Pedro Porro (7)

Palhinha (6)

Matheus Nunes (6)

Nuno Santos (8)

Edwards (7)

Sarabia (6)

Pedro Gonçalves (7)

SUBS UTILIZADOS

Paulinho (6)

Ugarte (5)

Rúben Vinagre (5)

Daniel Bragança (-)

Rodrigo Ribeiro (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – GIL VICENTE FC

No processo defensivo, a equipa defendia com uma linha de cinco, ou de quatro jogadores atrás, consoante o posicionamento de Lino, sempre muito atento a Edwards. Fujimoto e Navarro, na frente, procuravam pressionar a saída de bola do Sporting. A equipa escolhia também o momento para defender em bloco médio-baixo, ou com uma pressão mais intensa e elevada no terreno.

Com bola, o Gil tentava sair a jogar desde trás, ocasionalmente a três, desdobrando-se depois em 4-3-3, com Leautey e Lino a darem largura, Navarro sempre à procura da desmarcação nas costas dos defesas. Atrás, no meio-campo, Pedrinho pautava o jogo, Fujimoto acelarava-o e Aburjania era mais ativo a defender.

As transições e recuperações de bola também foram importantes para que o Gil se conseguisse aproximar da baliza de Ádan.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Andrew (8)

Zé Carlos (4)

Lucas Cunha (4)

Rúben Fernandes (5)

Talocha (4)

Aburjania (4)

Fujimoto (5)

Pedrinho (6)

Leautey (4)

Samuel Lino (5)

Francisco Navarro (6)

SUBS UTILIZADOS

Matheus Bueno (5)

Vítor Carvalho (5)

Boubacar (5)

Élder Santana (-)

João Afonso (-)

 

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

Sporting CP

Não foi possível colocar questões ao treinador do Sporting CP, Rúben Amorim.

Gil Vicente FC

BnR: Na antevisão a esta partida, disse que era muito difícil entrar na linha defensiva do Sporting e que havia pouco espaço entrelinhas. Neste jogo, apesar de ter tido, a espaços, o controlo da posse de bola, o Gil Vicente só fez um remate à baliza; acha que o pouco espaço disponível entre as linhas do Sporting foi o maior obstáculo que a sua equipa enfrentou, do ponto de vista ofensivo?

Ricardo Soares: Sim, o Sporting defende com qualidade. Para além de ter bons jogadores, também tem um bom processo de jogo. É uma equipa que dificilmente é apanhada em contrapé, não permitem grandes transições aos adversários, mesmo quando baixava as linhas e o Gil Vicente estava em ataque apoiado, é uma equipa que preenche muito bem os espaços, de uma forma zonal, mas muito interessante.

Nós tivemos paciência na circulação, principalmente na primeira parte, nós conseguimos, a espaços, criar essas dificuldades. Também me parece que, no começo do jogo, nós conquistámos bolas à frente em que poderíamos ter feito melhor, não demos o seguimento que normalmente damos. Investimos forte nessa pressão à frente, conseguimos conquistar essas bolas, mas sem o seguimento devido.

Eu senti que o jogo ficou mais difícil, até que chega a um determinado minuto do jogo, em que eu percebo claramente que era mais importante pensar já no próximo jogo, porque senti que já não estávamos em jogo para disputar os pontos em causa e logicamente tinha alguns jogadores que entendi que deveriam sair, já a pensar no próximo jogo.

 

 

 

 

 

 

 

 

Afonso Viana Santos
Afonso Viana Santoshttp://www.bolanarede.pt
Desde pequeno que o desporto faz parte da sua vida. Adora as táticas envolvidas no futebol europeu e americano e também é apaixonado por wrestling.

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