A DESILUSÃO DO ANO
Jesé Rodríguez – O espanhol que foi formado no Real Madrid, era em 13/14 visto como um dos mais promissores jovens e contou ainda com quase 100 jogos pela formação espanhola. Foi vendido ao PSG por 25M€, mas não rendeu. De empréstimo em empréstimo, com exibições irregulares e sobretudo pouco profissionalismo, Jesé ficou assim rotulado e tornou-se difícil de convencer alguém de que realmente tinha todo o potencial que demonstrou há uns anos atrás.
Não tendo grandes expectativas, não deixa de ser um nome sonante no futebol nacional e no Sporting CP. Tem capacidade para mais e cheguei a pensar que a vinda para o futebol português poderia ser o suficiente para realmente relançar a sua carreira, sendo que 26 anos não é de todo um velho jogador. Rende melhor como extremo esquerdo do que como falso ponta de lança, como muitas vezes joga, pois se é um avançado mais móvel não poderá estar constantemente parado entre o central e o lateral adversário, sem se dar e sem procurar o jogo. Jesé demonstra ser bom com bola e algo displicente sem ela, faltando alguma cultura tática.
As performances de Jesé não têm sido as expectadas, mas acrescento também que para avaliar isso temos de analisar também o contexto da equipa. A tática sem extremos, e jogar por vezes numa dupla de avançados, não favorece o seu estilo de jogo. Por outro lado, a crise de resultados que o Sporting atravessou pode também afetar a performance do jogador. Em suma, é um jogador que no 1×1 e nas decisões demonstra qualidade e tem de conseguir ser mais regular e ser presença mais assídua no onze leonino. Vietto e Bruno Fernandes, juntamente com Jesé e Bolasie, são mais que nomes suficientes para garantir ao Sporting CP qualidade exibicional e qualidade individual para ganhar entre 95 a 97% dos jogos das competições nacionais. Esperemos que (finalmente) o espanhol se dedique ao futebol como se dedica ao reggaeton.