Sporting x FC Porto | O jogo da jornada

Os dois destaques do início de temporada defrontam-se na quarta jornada da Liga Portuguesa. O FC Porto desloca-se ao Estádio José Alvalade, à procura de manter a invencibilidade e o Sporting recebe os dragões com o mesmo objetivo.

São as mesmas equipas que se defrontaram na Supertaça, onde a vitória acabou por “cair” para os azuis e brancos, num jogo em que houve um grande espetáculo de futebol.

Neste sábado, dia 31 de agosto, e com mais três jogos oficiais nas pernas, perspetivasse muito equilíbrio, naquele que é o jogo da jornada.

Geny Catamo Sporting
Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

Os atuais campeões nacionais estão a comprovar o porquê de serem a melhor equipa portuguesa da atualidade. Neste momento, os leões disputaram três jogos, nos quais dois deles, venceram com diferença de cinco golos, algo que demonstra a capacidade defensiva da equipa e sobretudo, ofensiva.

Vários são os destaques no conjunto de Rúben Amorim e que podem fazer a diferença neste clássico que não traz boas memórias para o Sporting. Desde logo, Pote. O “8” da equipa leonina tem sido, um ano mais, o jogador pendular e decisivo, tendo, desde o primeiro jogo oficial, quatro golos e três assistências, em quatro jogos. Números que não surpreendem-olhando para a qualidade do atleta e que o colocam um degrau à frente dos demais colegas.

Depois, além do internacional português, há nomes que estão a comprovar toda a capacidade que deram a conhecer na época transata, à cabeça Eduardo Quaresma, Morita (soberbo), Gyokeres e Hjulmand.

Um ritmo frenético, tanto no momento ofensivo como no defensivo que é muito difícil de contrariar e a Supertaça é o exemplo perfeito disso. O Sporting, nos primeiros 30 minutos, fez o que quis do FC Porto que não conseguiu ter reação perante as dinâmicas leoninas, mas após esse momento foi-se abaixo e não soube lidar com a superioridade portista, algo que tem de ser limado por Rúben Amorim.

Com o habitual 3-4-3, em momento ofensivo, e 5-2-3, em momento defensivo, os leões têm a máquina muito bem oleada. Apesar de existir, como em todas as equipas, dinâmicas que são prata da casa, o Sporting é bastante imprevisível. Seja por dentro ou por fora, há sempre soluções para atacar a baliza adversária. Engane-se quem ache que sem Gyokeres os leões não sabem atacar.

Além dos resultados e de toda a componente tática, o mercado de transferências do Sporting volta a ser cirúrgico e de louvar. Alvos bem definidos e com um perfil técnico/tático que tem a “cara” de Rúben Amorim. Investimento com cabeça, tronco e membros.

Jogadores do Sporting
Fonte: Luís Batista Ferreira/Bola na Rede

Os dragões são uma das surpresas do campeonato. Num ano tão atribulado, dentro e fora de campo, é surpreendente a forma como a equipa está a jogar. Com Vítor Bruno – grande trabalho – o FC Porto tem um perfil bastante diferente de anos anteriores e que anima os adeptos. Defende bem, tendo zero golos sofridos na atual edição do campeonato e ofensivamente tem processos bastante interessantes.

Constrói de forma pausada com Alan Varela a baixar dando uma maior fluidez e consciência aos ataques, Vasco Sousa e Nico numa zona intermédia e depois Ivan Jaime, Namaso e Pepê entrelinhas para serem os espalha-brasas. Existe claramente uma vontade exacerbada em jogar por dentro e as características dos jogadores há disposição encaixam nesse perfil. Sinal mais para a inteligência da equipa técnica nessa mesma leitura.

Claro que não há um exagero na procura deste espaço. Os dragões também procuram, por diversos momentos, outro tipo de movimentos, principalmente com os laterais (Martim Fernandes e Galeno) na largura ou o ponta de lança (Namaso) na profundidade.

De realçar a harmonia tática que em tão pouco tempo Vítor Bruno implementou na equipa. Há um coletivo que tem feito sobressair as individualidades e quem sai a ganhar nesta simbiose é o clube e os adeptos.

Salientar que o mercado está a ponto de terminar e ainda podem existir alguns movimentos, tanto de entradas como de saídas, que podem não interferir neste jogo, em específico, mas que nos restantes poderá ter efeito.

Alan Varela FC Porto
Fonte: Diogo Cardoso/Bola na Rede

Em suma, o favoritismo está do lado sportinguista, pois têm o trabalho mais cimentado, com melhores individualidades e que, na minha opinião, é a melhor equipa em Portugal.

No entanto, há que destacar a aura do FC Porto que neste tipo de duelos está sempre presente e tem um impacto incontestável.

Miguel Costa
Miguel Costa
Licenciado em Jornalismo e Comunicação, o Miguel é um apaixonado por desporto, algo que sempre esteve ligado à sua vida. Natural de Santiago do Cacém, o jornalismo desportivo é o seu grande objetivo. Tem sempre uma opinião na “ponta da língua”, nunca esquecendo a verdade desportiva. Escreve com acordo ortográfico.

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