
A nova época já começou, os jogos amigáveis encontram-se na reta final, e, com a Supertaça Cândido de Oliveira a menos de uma semana de distância, o Sporting afina os motores para o regresso à competição oficial.
Rúben Amorim, muito certo das suas ideias, não é exceção. Com nuances renovadas na defesa, priorizando uma maior saída com bola, suportado por processos complexos e bem oleados através do trabalho feito na pré-época. No entanto, resta a dúvida de quem serão os titulares na defesa. Com a lesão neste começo de época de St. Juste (novamente), restam Eduardo Quaresma, Zeno Debast, Ousmane Diomande, Gonçalo Inácio e Matheus Reis (suspenso para a Supertaça).
Apesar das duas baixas para o primeiro troféu da temporada, as dúvidas deverão existir apenas no lado direito da defesa verde e branca, com Eduardo Quaresma e Zeno Debast na disputa pela posição, com aparente vantagem para o reforço belga. Posto isto, a possibilidade de uma defesa constituída por Debast, Diomande e Inácio parece ser a opção mais provável para o ataque à nova temporada.

Zeno Debast chega como uma perspetiva entusiasmante para o futuro, e através de uma movimentação dos leões muito bem delineada. Os responsáveis do departamento do Sporting preocuparam-se no fecho desta contratação antes do Europeu, onde uma expectável valorização poderia acontecer.
Com apenas 20 anos, chega por valores a rondar os 15 milhões de euros, e com a facilidade de jogar em qualquer das três posições do centro da defesa. Apesar de ainda existir alguma necessidade de rotinas no modelo Amorim (tendo pouco mais de duas semanas de treinos), Debast parece ser o favorito à titularidade neste arranque de campeonato (também devido à lesão de St. Juste, que seria o provável titular).
No centro da defesa, parece óbvia a escolha de Diomande. Após a inesperada saída do capitão Sebastian Coates, o esteio da defesa sportinguista, o central costa-marfinense assumiu verdadeiramente aquele que já se previa ser o seu papel quando se desse a eventual saída do internacional uruguaio.
Sendo o menos capaz de sair com bola dos três titulares desta defesa, Diomande destaca-se pelo poderio físico e domínio aéreo, não sendo, de maneira alguma, incapaz de sair com a bola no pé, sendo extremamente completo para a tenra idade (20 anos).

Na esquerda, e sem qualquer outra opção para a Supertaça (com exceção de João Muniz), o titular será Gonçalo Inácio, sem grande surpresa. Enraizado profundamente no sistema tático de Rúben Amorim (treinador que o lançou), Inácio chegou recentemente aos trabalhos do Campeão Nacional, desfrutando de um maior período de férias devido à presença no Europeu. Sendo o jogador com mais facilidade na saída e progressão com bola dos três, e dado o conhecimento que adquiriu ao longo das quatro épocas já realizadas, sendo, inclusive, um dos capitães de equipa, a titularidade e regularidade de Inácio na equipa parecem inevitáveis.
Sem certezas sobre a titularidade de Zeno Debast, os restantes elementos da tripla central de Rúben Amorim parecem fechados, ou perto disso. No entanto, decorre ainda o mercado de transferências e, segundo o que se sabe, o clube de Alvalade não descarta a opção de vender Diomande ou Inácio, ambos pela cláusula de rescisão (80 e 60 milhões de euros, respetivamente).
Nesse caso, a necessidade de contratar substitutos tornaria-se clara, no entanto, a direção do Sporting conta com ambos, procurando evitar mais saídas de jogadores fundamentais, só conversando, por isso mesmo, pela cláusula, como mencionado acima.