Académico de Viseu FC 3-2 Estoril Praia SAD: Reviravolta com mais um

A CRÓNICA: ACADÉMICO MERECEU PELA PRIMEIRA PARTE

No terceiro e penúltimo jogo da fase de grupos da Taça da Liga, o Académico de Viseu tinha uma oportunidade para se tentar afastar na liderança do grupo no seu primeiro jogo no Fontelo, nesta edição. Já o Estoril Praia partia para o segundo duelo na competição e podia aproveitar o antes dos últimos dois jogos que serão no António Coimbra da Mota.

A primeira oportunidade aconteceu bem cedo aos 4’ para a equipa da casa. Cruzamento da esquerda para Quizera que no centro da grande área rematou para o meio da baliza com Pedro Silva a defender sem conseguir segurar a bola e com alivio final da defesa para fora da grande área.

No entanto, aos 8’, foram os visitantes a inaugurar. Num corte da defesa do Académico, a bola ressaltou e foi Marqués que, em boa posição, rematou para o fundo da baliza de Mbaye.

O Académico de Viseu foi à procura do empate e teve algumas oportunidades. Destaque para o remate de Ott que recebeu a bola na marcação de um canto à direita e que obrigou Pedro Silva a desviar a bola para cima da baliza. Depois foi Milioransa que de fora da área obrigou o guarda-redes do Estoril a aplicar-se.

À passagem da meia hora, num lançamento lateral à direita, Bandeira lançou longo para a grande área do Estoril. Perante a passividade da defensiva visitante, a bola sobrou para Quizera que solto de marcação desviou o esférico do guarda-redes e restabeleceu o empate. O lance foi inicialmente anulado pelo arbitro assistentes

Apesar da igualdade, o Académico continuava a criar oportunidades. Ramirez cruzou rasteiro para a grande área adversária e Messeguem apareceu do lado esquerda e rematou para defesa de Pedro Silva.

Aos 39’, o arbitro viu motivos para marcar uma grande penalidade aparentemente por mão na bola de Ramirez. Marqués cobrou a grande penalidade e bisou na partida, atirando para o lado contrário do guarda-redes.

A segunda parte começou com as equipas mais afastadas das balizas, em especial a formação da casa que pareceu algo inibida desde o golo.

Já depois de ter havido uma paragem durante alguns minutos para assistir o arbitro que foi atingido com uma bolada surgiu o primeiro lance de perigo e que resultou logo em golo.

Aos 69’, Toro, com espaço ao meio, rematou cruzado para um golo de belo efeito, restabelecendo novamente a igualdade no marcador.

O Estoril ficou com menos um jogador a passagem da entrada no último quarto de hora. Dele foi expulso depois do arbitro ter sido alertado para uma possível agressão do jogador do Estoril a Ícaro. Pouco tempo depois, aos 77’, os anfitriões conseguiram completar a reviravolta no resultado. Ramirez cruzou da direita e Quizera à ponta de lança atirou para o 3-2.

Até final, destaque apenas para o remate de Tiago Araújo, à entrada da grande área viseense, que passou junto ao poste direito da baliza.

O Académico consegue assim a primeira vitória no grupo e isola-se provisoriamente no primeiro lugar que dá acesso aos quartos de final de competição, faltando apenas um jogo para disputar frente ao Tondela. Já o Estoril mantém-se só com um ponto, mas ainda tem dois jogos em casa por disputar.

 

A FIGURA

Famana Quizera – O avançado do Académico Viseu foi a referência ofensiva e fez o que se pedia ao marcar dois golos, estando bem colocado e sendo letal nos momentos decisivos. Participou ativamente movimento ofensivo, combinando com os seus colegas de setor.

 

O FORA DE JOGO

Yusuf Dele – O jogador do Estoril não esteve bem ao ser expulso por uma atitude escusada, deixando a equipa em inferioridade numérica. A vantagem no marcador passou a desvantagem. Não esteve muito em jogo até ao momento da expulsão.

 

ANÁLISE TÁTICA – ACADÉMICO DE VISEU FC

Com muitas alterações no onze, Jorge Costa apostou no habitual 4x2x3x1 com Quizera como referência ofensiva. Ott à esquerda, Toro ao centro e Ramirez à direita eram os municiadores do internacional jovem.. Os médios Nduwarurgira e Messeguem eram os mais recuados do setor intermediário,  ajudando os André Almeida e Ícaro a fechar o meio.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Mbaye (5)

Rafael Bandeira (6)

André Almeida (6)

Ícaro (6)

Milioransa (6)

Nduwarugira (6)

Messeguem (7)

 Quizera (8)

Toro (7)

Ott (6)

Ramirez (8)

SUBS UTILIZADOS

Capela (-)

Pana (-)

Mesquita (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – ESTORIL PRAIA SAD

A formação de Nelson Veríssimo sustentou-se num 4x3x3. Tiago Araújo fez a posição de lateral esquerdo , juntando-se muitas vezes a Rodrigo Martins no ataque do mesmo lado. No segundo houve alteração de lado dos extremos com Martins a passar para a direita e Delos para a esquerda. Marqués era a referência ofensiva na grande área adversária. João Carvalho era o medio centro mais adiantado com a dupla Rosier e Ndiaye mais recuados.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Pedro Silva (5)

Delos (5)

Lucas Áfrico (5)

Pedro Álvaro (4)

Tiago Araújo  (5)

Ndiaye (5)

Rosier (5)

Rodrigo Martins (6)

João Carvalho (5)

Dele (4)

 Marqués (7)

SUBS UTILIZADOS

Benchinol (5)

Erison (-)

Danilo (-)

Serginho (-)

 

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

ACADÉMICO DE VISEU FC

BnR: A equipa entrou mais recuada no terreno de jogo e mais afastada da grande área adversária no início da segunda parte. Foi devido ainda ao segundo golo do Estoril no final da primeira parte?

Jorge Costa:  Não foi estratégia nossa, bem pelo contrário. Nós queríamos entrar de uma forma diferente na segunda parte, mas no futebol são 11 contra 11. Do outro lado, tínhamos uma equipa que é de primeiro plano está recheada de bons jogadores e que tem a sua ambição. Não nos permitiu entrar de forma melhor do que aquela que era o nosso desejo. Não é só demérito nosso, grande parte das vezes é mérito do adversário. Temos de ser humildes e reconhecer o mérito a quem o tem.

 

ESTORIL PRAIA SAD

BnR: O Estoril é uma equipa muito jovem. Tendo o mister muita experiência a trabalhar com jovens, sente que estes têm maior dificuldade em se motivar perante equipas de escalões ou de níveis inferiores?

Nelson Veríssimo: Não, porque se isso acontecesse, o princípio estaria errado. Tanto os jovens como os jogadores mais experientes têm de ter as ambições e motivações naturais de qualquer jogador que representa um clube nesta circunstância de Primeira Liga com tudo o que isso implica.

Portanto, não considero que possa haver a possibilidade de falta de motivação em jogar contra o Tondela, ou jogar agora com o Académico de Viseu ou no próximo jogo com o Torreense. Se isso acontecesse, mal estaríamos nós. Não é essa a circunstância. Sinto-os motivados a quererem crescer diariamente. Agora é normal que exista frustração e tristeza, quando as coisas nos jogos não saiam como nós queremos.

Agora temos de olhar para a frente e olhar para a frente é analisar o que fizemos hoje e preparar o jogo com o Torreense.

 

BnR: Estes jogos até janeiro serão importantes para definir se há substituto do Gonçalo Esteves no plantel ou se é necessário contratar alguém em janeiro?

Nelson Veríssimo:

Não estamos a falar do Gonçalo. Estamos a falar de um plantel com 22 jogadores com diferentes alternativas e, acima de tudo, não querendo estar a individualizar, aquilo que vamos fazer, enquanto treinadores e enquanto estrutura, não vai ser diferente daquilo que os outros clubes estão a fazer que é: olhar para aquilo que tem sido o percurso da equipa nesta primeira fase da época, perceber quais as necessidades e quais são os ajustes que possamos fazer.

Seja na lateral direita, a central ou a ponta de lança, é natural que os treinadores olhem para a circunstância da equipa e possam fazem um ou outro reajuste.

Pedro Filipe Silva
Pedro Filipe Silvahttp://www.bolanarede.pt
Curioso em múltiplas áreas, o desporto não podia escapar do seu campo de interesses. O seu desporto favorito é o futebol, mas desde miúdo, passava as tardes de domingo a ver jogos de basquetebol, andebol, futsal e hóquei nacionais.

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