A vitória esteve nos pés de André Silva
O tempo extra tornou óbvias as expectáveis limitações físicas de ambas as equipas. Durante os trinta minutos, apenas um lance é merecedor de destaque. No último fôlego antes das grandes penalidades, André Silva teve novamente o golo ao seu alcance e, consequentemente, a vitória na mão. Não fosse o central André Pinto e a história poderia ter sido outra. Seguiu-se a marcação das grandes penalidades e, como referido acima, nesta fase brilhou Marafona, guardião do Sporting de Braga. Com duas excelentes intervenções, o guarda-redes arsenalista entregou à cidade dos arcebispos um troféu que fugia há 50 anos.
Apesar do ascendente do FC Porto na segunda parte e no prolongamento, este foi o fim merecido, por todas as razões e mais algumas. Foi um prémio justo para uma equipa e um treinador que realizaram uma temporada de alto nível, merecedora de um título, e foi, acima de tudo, o castigo merecido para uma das piores épocas do FC Porto de que há memória. O terrível planeamento da temporada, nomeadamente no que à construção do plantel diz respeito, não merecia melhor desfecho.
Na retina fica a tristeza da saída de Paulo Fonseca, que liderou o Braga ao sucesso, e a incapacidade notória de José Peseiro de trazer de volta à invicta o sabor das vitórias.
Chegou ao fim a festa da taça. Venceu a melhor equipa.
A Figura:
André Silva – Se existe alguém que merecia melhor sorte, esse alguém será André Silva. Coroou 120 minutos de pura luta com dois golos – um deles para ver e rever – e deu provas de poder ser o ponta-de-lança do futuro. Se ao menos Fernando Santos visse…
O Fora-de-jogo:
José Peseiro – Apesar do mérito que tem em ter conseguido reavivar o FC Porto para a segunda parte, é preocupante a irresponsabilidade e displicência na escolha do onze inicial. Numa final de importância capital para a formação azul e branca pedia-se mais critério e cuidado. Acima de tudo, porque como o próprio disse, este era o troféu que salvaria a época ao FC Porto. Pelo que se viu nesta partida e no pouco tempo que esteve ao leme, não tem condições para continuar na próxima temporada.