📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Jogadores que Admiro #107 – Miralem Pjanic

- Advertisement -

O camisa cinco da Juventus tem as melhores qualidades que um médio pode ter. Lá, chamam-lhe de “Pianista”. Pode e é influenciado pelo seu apelido, mas a verdade é que a forma subtil como desempenha as suas tarefas em campo podem ser quase tão suaves como a melodia de um piano.

Nascido na Jugoslávia, num local que hoje pertence à Bósnia e Herzegovina, Miralem Pjanic muito cedo se deslocou para o Luxemburgo, de forma a fugir à guerra que se avizinhava no seu país. O seu pai, que jogava na terceira divisão jugoslava, incutiu desde muito cedo esse destino ao filho, mas também é verdade que os dotes do “miúdo” corresponderam a esse desejo.

Foi com naturalidade que chegou ao Metz, com 14 anos de idade e por recomendação de Guy Hellers. Com 17 anos, já se estreava pela equipa principal, defrontando o PSG. A primeira época de profissional sénior foi um sucesso absoluto: o Metz recebe inúmeras propostas pelo talentoso médio. Desde cedo se perspetivou um futuro risonho ao bósnio, a sua classe com a bola nos pés era de arregalar os olhos.

Tido como sucessor de Juninho Pernambucano, dois anos depois herdou a camisola com dorsal oito, que lhe pertencia. Tal como o brasileiro, Pjanic partilha a qualidade de ser exímio na marcação de livres diretos.

De 2010 a 2013, a carreira de Pjanic, subitamente, atravessou o pior momento. Relegado para o banco por Claude Puel, devido ao ingresso de Yoann Gourcuff, apareceu a AS Roma interessada nos seus serviços. Continuou como suplente no clube romano, até que chega Rudi Garcia e implementa o 4-3-3, apostando em Pjanic como médio defensivo, e não como número oito. Foi aqui o marco da viragem da carreira de um jogador que é dono de características tão especiais.

Foi o sucessor de Juninho em 2008 e de Pirlo em 2016
Fonte: Olympique Lyonnais

Em 2014-15, Pjanic deixava em campo pormenores de brilhantismo de forma mais regular: desde a marcação de livres diretos com eficácia (que tanto treinou ainda na adolescência); passando pelas assistências que registava; até ao cumprimento defensivo da posição que lhe era atribuída, a de primeiro médio ou pivot.

Imensamente apreciado em Itália, a Juventus não deixou escapar um talento algo subvalorizado, ou colocado em campo de forma pouco pertinente até receber ordens de Rudi Garcia.

Com Massimiliano Allegri, Pjanic assumiu de igual forma a posição seis. Franzino por natureza, a sua noção e visão de jogo permitem-lhe não ter problemas em colmatar essa sua lacuna de ordem física, pois o seu posicionamento é de excelência. Na Juventus, tem sido desde que chegara um elemento fundamental quer no processo de transição ofensiva, como defensiva.

Com Sarri, a posição é a mesma, mas o desenho tático diferente. Sempre como trinco e é raro ser prescindido no onze inicial. O seu toque de bola é perfumado, refinado. Combinações com os seus companheiros são uma facilidade para o médio, Dybala e Ronaldo, por exemplo, são bons exemplos desse entrosamento “natural”. Afinal, os grandes jogadores comunicam entre si com bola. Com bola falam a mesma língua, independentemente da nacionalidade.

Remate, passe e visão de jogo muito acima da média são de jogador mais ofensivo, mas Pjanic não deixa de recorrer a isso, acrescentando imensas soluções numa primeira fase de construção de jogo. É o pêndulo da equipa onde jogue, e beneficia muito do sistema 4-3-3, já que lhe dá liberdade para ocupar um espaço próprio.

Não tem limitações em chegar à área para finalizar, ou de descer para apoiar. Aliás, apoiar é o seu forte, poucos no mundo compensam, contemporizam e fazem uma equipa jogar com tamanha distinção na atualidade.

É realmente um jogador de classe mundial que admiro, e faço questão de acompanhar.

Foto de Capa: Juventus

Revisto por: Jorge Neves

Diogo Fresco
Diogo Frescohttp://www.bolanarede.pt
Fã de um futebol que, julga, não voltará a ver, interessa-se por praticamente tudo o que envolve este desporto, dando larga preferência ao que ocorre dentro das quatro linhas. Vibra bastante com a Seleção Portuguesa de Futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

José Mourinho responde ao Bola na Rede: «Não gosto de jogar a cinco»

José Mourinho analisou o duelo entre o Atlético e o Benfica da Taça de Portugal. Águias venceram por 2-0 e seguem em frente.

Pedro D’Oliveira responde ao Bola na Rede: «Aos 20 minutos o Samuel Soares mandou fechar. Isso é mérito ao que foi o Atlético»

Pedro D'Oliveira analisou o duelo entre o Atlético e o Benfica da Taça de Portugal. Águias venceram por 2-0 e seguem em frente.

Pedro D’Oliveira: «Na segunda-parte, quando faltaram pernas, não faltou coragem»

Pedro D’Oliveira analisou o desfecho da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal. O Atlético defrontou o Benfica no Estádio do Restelo.

José Mourinho diz que só não tiraria dois jogadores ao intervalo e avisa: «Já disse a alguns que não me venham bater à porta...

José Mourinho analisou o desfecho do Atlético CP x Benfica e deixou duras críticas à atitude da equipa das águias.

PUB

Mais Artigos Populares

José Mourinho deixa recado ao plantel: «A nossa primeira parte é pobre e houve muito jogador que não foi sério»

José Mourinho analisou o desfecho da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal. O Atlético defrontou o Benfica no Estádio do Restelo.

Catarino Pascoal analisa derrota diante do Benfica: «Entrámos muito bem na primeira parte»

Catarino Pascoal analisou o desfecho da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal. O Atlético defrontou o Benfica no Estádio do Restelo.

Nicolás Otamendi falha penálti na compensação do Atlético CP x Benfica

Nicolás Otamendi falhou um penálti na vitória do Benfica frente ao Atlético CP por 2-0, na quarta eliminatória da Taça de Portugal.