📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Que jogos devo rever nesta quarentena? Manchester United FC 2-1 FC Bayern Munchen, Final da Liga dos Campeões 1999

- Advertisement -

Até ao lavar dos cestos é vindima, o primeiro milho é para os pardais, quem ri por último ri melhor, a esperança é a última a morrer, os últimos são os primeiros. Deixo-lhe um desafio: decore estes provérbios e no final do artigo escolha qual se adequa mais a este jogo.

A final da Liga dos Campeões de 1999 ficará para sempre na história como a final ganha em tempo de descontos, a reviravolta das reviravoltas. Manchester United e Bayern Munchen enfrentaram-se num Camp Nou a transbordar com 90.000 adeptos a dizer presente. Com Pierluigi Colina no apito, o Bayern tem uma entrada fulminante no jogo e adianta-se logo aos cinco minutos por intermédio de Basler, na cobrança de um livre direto à entrada da área.

O Manchester United chega a esta final bastante desfalcado no meio-campo, devido às ausências dos castigados Roy Keane e Paul Scholes. Não é por isso de estranhar que a equipa perca a batalha na linha intermédia e veja jogadores como Matthäus, Effenberg e Jeremies ocupar essa zona e ditar a lei.

Se as ausências forçadas no Bayern não se notavam tanto (Lizarazu e Élber, ambos lesionados), as do Manchester eram por demais evidentes. A equipa estava demasiado dependente das iniciativas de David Beckham, neste dia a jogar mais no centro do terreno, mas o 7 inglês tinha dificuldade em soltar-se da marcação do adversário. Por outro lado, a defesa de cinco homens do Bayern (Matthäus como líbero juntava-se aos quatro defesas no momento defensivo) ia apagando Andy Cole e Dwight Yorke do jogo. Apesar da maior posse de bola, o United não consegue chegar ao empate e vê o Bayern lançar vários contra-ataques perigosos.

No segundo tempo, com os minutos a passarem, Alex Ferguson percebe que precisa de mexer com o jogo. A verdade é que o técnico escocês consegue, do banco, mudar a história desta final, com duas substituições que viram o tabuleiro a seu favor e a cidade de Manchester de pernas para o ar. Sheringham entra aos 67’ e empata o jogo aos 90+1’, num canto em que até Schemeichel sobe à área adversária.

Sheringham empatou aos 90+1’ e fez a assistência para o golo da vitória aos 90+3’
Fonte: Manchester United FC

A euforia é total do lado inglês, ainda maior é a desilusão do lado dos alemães. Enquanto o Bayern se está a refazer do golo sofrido, o United já está de novo ao ataque e conquista mais um canto a seu favor. Beckham volta a bater para a área, Sheringham assiste e Solskjaer faz o golo da vitória aos 90+3’, ele que tinha entrado a dez minutos do fim. O “baby faced assassin” fez jus ao nome e assassinou as expetativas dos adeptos alemães, trazendo a glória e o rejúbilo aos milhares de adeptos do United em Camp Nou.

O Manchester United esteve a perder desde os cinco minutos de jogo mas, com dois golos no período de descontos, deu a volta ao jogo e levou a “orelhuda” para Manchester. Há até relatos de adeptos ingleses que, na euforia dos festejos do primeiro golo, não se aperceberam do golo de Solskjaer logo a seguir e, por isso, quando Colina apitou para o final, pensaram que vinha aí prolongamento.

Outro facto insólito é o de Lennart Johansson, Presidente da UEFA nessa altura, sair da bancada e descer ao relvado para entregar a taça ao vencedor ainda antes de Sheringham fazer o empate. Quando efetivamente chega ao relvado, o jogo está terminado e Johansson está incrédulo: “Não acredito nisto. Os vencedores estão a chorar e os derrotados estão a dançar.”

O que se passou nesta noite do dia 26 de maio de 1999 mostra-nos que o jogo só está terminado quando o árbitro apita para o fim. E agora o meu desafio: qual dos provérbios melhor ilustra o que se passou nesta final?

ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES

Manchester United FC: Peter Schmeichel, Gary Neville, Jaap Stam, Denis Irwin, Ronny Johnsen, Nicky Butt, Blomqvist (Sheringham, 67’), Ryan Giggs, David Beckham, Andy Cole (Solskjaer, 81’) e Dwight Yorke.

FC Bayern Munchen: Oliver Kahn, Markus Babbel, Kuffour, Linke, Tarnat, Jens Jeremies, Lotar Matthäus (Fink, 80’), Stefan Effenberg, Mario Basler (Salihamidžić, 89’), Jancker e Zickler (Mehmet Scholl, 71’).

Frederico Seruya
Frederico Seruya
"It's not who I am underneath, but what I do, that defines me" - Bruce Wayne/Batman.                                                                                                                                                O O Frederico escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Lyon de Paulo Fonseca interessado em defesa do Chelsea

O Lyon está interessado em contratar Axel Disasi já em janeiro. Enzo Maresca não conta com o atleta francês, que treina à parte do plantel principal.

Novo treinador da Fiorentina acusa jogador de se recusar a bater um penálti e caos está instalado com mensagens apagadas nas redes sociais

Paolo Vanoli, técnico recém-chegado à Fiorentina, acusou Albert Gudmundsson de se recusar a bater um penálti. O atleta chegou a desmentir.

Alfred Schreuder é o novo treinador do Al Diriyah

Alfred Schreuder é o novo treinador do Al Diriyah. O técnico já passou por clubes como Club Brugge, onde foi campeão, Ajax, Al Ain e Al Nasr.

Francesco Farioli analisa vitória do FC Porto e elogia adversário: «Parabéns a Bacci e ao Tondela pelo comportamento»

Francesco Farioli analisou o desfecho do encontro entre o Tondela e o FC Porto. Dragões ganharam por 2-0 na Primeira Liga.

PUB

Mais Artigos Populares

Cristiano Bacci após derrota frente ao FC Porto: «Foram 2 golos de borla na minha opinião»

Cristiano Bacci analisou o desfecho do encontro entre o Tondela e o FC Porto. Dragões ganharam por 2-0 na Primeira Liga.

Samu Agehowa: «Sabemos que estamos numa posição privilegiada, mas o campeonato não se ganha em dezembro»

Samu Aghehowa analisou o desfecho do encontro entre o Tondela e o FC Porto. Dragões ganharam por 2-0 na Primeira Liga.

Victor Froholdt: «Não jogámos com a intensidade que queríamos, mas mostrámos outra vez do que somos feitos, somos uma equipa forte»

Victor Froholdt analisou o desfecho do encontro entre o Tondela e o FC Porto. Dragões ganharam por 2-0 na Primeira Liga.