📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Regresso a Casa: As minhas coisas favoritas

- Advertisement -

O Regresso a Casa é uma rubrica na qual os antigos redatores voltam a um lugar que bem conhecem e recordam os seus tempos antigos escrevendo sobre assuntos atuais.

Nunca vi o “Música no Coração”. Dizem que é giro, mas nunca fui grande fã de musicais. Mas a verdade é que quando tive a ideia para este texto, no regresso a esta casa, lembrei-me do quanto gosto dela e principalmente o quanto gosto de futebol.

E aí um refrão surgiu na cabeça, cantarolado a meias pela Julie Andrews e pela mãe do Barney de How I Met Your Mother, que me deu a conhecer a música. Se para Julie Andrews as coisas preferidas eram “bigodes de gato” ou “chaleiras de cobre”, para mim não havia dúvida: as minhas coisas favoritas são “bola”. Mas mais do que isso.

Fui rever a magnífica letra de “My Favourite Things” e franzi o sobrolho com as coisas preferidas de Julie Andrews: chaleiras? Pacotes de papel? Quem é que tem coisas destas como predileção? Não só pelo desinteresse dos objetos, como pela especificidade. Até que desacelerei e constatei algo: eu sou igual à Julie Andrews.

Porque as minhas coisas favoritas não são apenas “bola”. Como disse, são muito mais do que isso. As minhas coisas favoritas são, na verdade, a espuma da bola. E em tempos de pandemia, curiosamente, é disso que tenho sentido mais falta. Não da bola a entrar ou da finta magnífica. Também, mas essas ficam imortalizadas na Internet ou nas 6438 repetições de jogos antigos com que nos presentearam (e por isso agradeço).

Não, as minhas coisas favoritas, como as da Julie Andrews, são as mais pequenas, específicas e desinteressantes. Tenho saudades de passar horas a flutuar nos jogos amigáveis do PES 2020 a recriar as partidas reais da próxima semana; tenho saudades de ler os comentários das publicações de final do jogo nas redes sociais de um clube grande quando perde; tenho saudades dos programas de debate ocos, em que não se fala de fu… estou a brincar, disso não tenho saudades, que não voltem.

E principalmente esta semana tive saudades de duas outras coisas bastante específicas e pequenas, mas que para mim eram gigantes: dei por mim a perguntar ao meu irmão quando sairia a caderneta de cromos do Europeu. Não vai sair, André. Este ano não. Fazia a coleção desde 2004 e espero continuar a fazê-la no próximo ano. Mas não este ano, em conjunto com alguns amigos.

E com os amigos também não voltarei tão cedo ao campo do clube da terra, aquele do qual aprendi a gostar durante este ano, para deixar de ser apenas simpatia. E de que aprendi a gostar também por causa deles. Os domingos não são a mesma coisa sem os abraços desenfreados na bancada, com uma bifana na mão feita pelo Zé.

Esta semana voltei lá. Sentei-me no relvado e fiquei a observar o campo, com o sol e o vento a bater na cara. “Isto ainda é muita grande, pá”, disse a um amigo. Porque as coisas mais pequenas são normalmente as maiores em paixão. São estes os meus “bigodes de gato” e “chaleiras de cobre”. Coisas pequenas, mas importantes. E que quando a normalidade voltar, quem de direito não subestime as coisas pelo tamanho. As mais pequenas vão precisar de apoio. O nosso terão: são as nossas coisas preferidas.

Artigo revisto por Inês Vieira Brandão 

André Maia
André Maiahttp://www.bolanarede.pt
Durante os seus primeiros seis anos de vida, o André não ligava a futebol. Até que no dia 24 de junho de 2004, quando viu o Ricardo a defender um penálti sem luvas, se apaixonou pelo jogo. Amante da história de futebol e sempre com factos na ponta da língua, tem Cristiano Ronaldo e Rui Patrício como os seus maiores ídolos.                                                                                                                                                 O André escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

José Mourinho prepara aposta na formação e tem 7 jovens na mira para lançar na equipa principal do Benfica

José Mourinho tem assistido a vários treinos e jogos da formação do Benfica. Há sete nomes que podem merecer uma aposta na equipa principal.

Vangelis Pavlidis é carrasco do Ajax e esperança do Benfica: eis os dados que dão alento às águias antes da Champions League

O Benfica prepara o duelo diante do Ajax na Champions League. Vangelis Pavlidis é um dos nomes a ter em atenção e sabe o que é marcar aos neerlandeses.

Ruben Amorim e saída de 2 jogadores em janeiro: «Compreendo a frustração de alguns jogadores, sei o que significa o Mundial, mas o Manchester...

Ruben Amorim abordou a possível saída de Joshua Zirkzee e de Kobbie Mainoo do clube. Empréstimo em janeiro em cima da mesa.

Neemias Queta preocupa e sai lesionado na vitória dos Boston Celtics contra os Orlando Magic

Neemias Queta saiu da quadra lesionado na derrota dos Boston Celtics diante dos Orlando Magic. Poste português a contas com entorse no tornozelo esquerdo.

PUB

Mais Artigos Populares

Thomas Frank lamenta goleada sofrida diante do Arsenal: «É justo dizer que estamos muito desapontados e insatisfeitos e é justo dizer que terminámos em...

Thomas Frank analisou a derrota pesada sofrida pelos spurs no Dérbi do Norte de Londres. O Arsenal goleou o Tottenham por 4-1.

Thierry Henry deixa conselho ao Arsenal depois da goleada ao Tottenham: «Precisamos de um desempenho que faça com que as pessoas tenham medo de...

Thierry Henry quer ver os gunners assumir o favoritismo na Premier League. O Arsenal goleou o Tottenham por 4-1.

Mikel Arteta radiante com goleada do Arsenal contra o Tottenham: «Gostei de cada minuto»

Mikel Arteta analisou a vitória dos gunners no Dérbi Londrino com contornos de goleada. O Arsenal goleou o Tottenham por 4-1.