Gabriel Silva, treinador de futebol de 32 anos. Trabalhou na formação do Sporting de Braga, foi adjunto de Jorge Simão no Boavista e no Al-Fayha e foi adjunto de Nuno Manta Santos no Desportivo das Aves, Torreense e Trofense. É cronista convidado do Bola na Rede.
Analisando a conjuntura atual do clube, a menor qualidade do plantel comparativamente com épocas anteriores e o maior foco no campeonato (algo que se observou na deslocação a Bodo/Glimt), o desempenho do FC Porto na Europa League pode considerar-se positivo apesar dos pergaminhos do clube nas competições europeias. O FC Porto perdeu 5 pontos nos últimos minutos dos jogos. Estes pormenores fazem a diferença nas contas atuais e têm possivelmente causas multifatoriais. A verdade é que a menor experiência do plantel em competições internacionais, assim como alguma instabilidade na linha defensiva (jogadores com poucas rotinas juntos) contribuíram para esse desfecho.
No jogo com o Midtjylland, o FC Porto conseguiu voltar a impor o seu jogo procurando jogar no meio-campo adversário e recuperar rapidamente a posse de bola. Também as mudanças no 11 surtiram efeito com Danny Namaso a ter impacto nos resultados. Quanto aos próximos jogos, O Maccabi Haifa está teoricamente num nível abaixo do FC Porto, enquanto que o Olympiacos irá ter de se deslocar Dragão. Perspetiva-se, portanto, que os azuis-e-brancos possam passar à fase seguinte.

Apesar do Braga estar a ter um desempenho de acordo com as expectativas, avizinha-se um período difícil com a deslocação a casa do Saint-Gilloise e a receção à Lazio. Os Guerreiros do Minho perderam duas boas oportunidades de somar pontos no desaire caseiro frente ao Bodo/Glimt e ao conceder o empate nos minutos finais frente ao Elfsborg. A passagem para a próxima fase irá depender muito da consistência defensiva da equipa.
O Braga tem perdido pontos com erros “infantis” que podem vir a custar caro nesta competição. Para além disso, as derrotas pesadas nos jogos fora com os adversários mais poderosos (Roma e Olympiakos) demonstram que falta ainda percorrer um longo caminho no processo evolutivo de jogo dos arsenalistas.
Podes ler AQUI a análise de Gabriel Silva à prestação portuguesa na Champions League.