Dragão de cara nova: FC Porto aposta forte na renovação do estádio

O adepto do Porto vai ter de se despedir — temporariamente — da casa como a conhece. O Estádio do Dragão vai ser alvo de uma renovação completa, a primeira desde a sua inauguração em 2003. A ideia é simples: dar uma nova cara ao estádio para o colocar entre os mais modernos da Europa e prepará-lo, quem sabe, para ser palco do Campeonato do Mundo de 2030.

No meio desta transformação, há um novo tipo de parceiro a entrar em cena: os sites de apostas desportivas. Estes estão de olho na visibilidade que um estádio renovado e com potencial para acolher grandes eventos pode oferecer. Esta aproximação está a ajudar a levantar os 65 milhões de euros necessários para o projecto sair do papel.

Obras vão decorrer em duas pré-temporadas

A renovação será feita em duas fases, durante as pré-temporadas de 2025/26 e 2026/27, para não interferir com os jogos da Primeira Liga e das competições europeias. Tudo foi planeado para que o Porto continue a jogar no Dragão durante as obras, ainda que com algumas limitações temporárias.

E a lista de mudanças é extensa: nova cobertura com tecnologia de ponta, modernização completa dos camarotes e zonas VIP, bares com atendimento automático e pagamento digital, casas de banho automatizadas e até um sistema de bilhética 100% online.

Iluminação inteligente e relvado híbrido

O estádio também vai receber uma nova iluminação, totalmente em LED, que se adapta consoante a luz natural e o tipo de evento. Mais bonito para quem vê pela televisão e muito mais eficiente.

No relvado, entra em acção um sistema híbrido: parte natural, parte sintética. Isto garante maior durabilidade e menos problemas com o clima. E o melhor: a equipa pode treinar e jogar no mesmo campo com mais segurança

Negócio é com os espanhóis

Para financiar tudo isto, o Porto aliou-se à empresa espanhola Ithaka Infra III, especializada na execução de obras em grandes arenas desportivas. O acordo prevê que a empresa fique com 30% dos lucros da nova empresa criada para explorar comercialmente o estádio — ou seja, concertos, eventos, restaurantes e tudo o que possa gerar receitas fora do futebol.

O clube mantém o controlo desportivo da casa, claro. O futebol continua a ser do Porto, mas a ideia é transformar o estádio numa máquina de gerar receitas mesmo quando a bola não está a rolar.

De olhos postos no Mundial de 2030

Portugal faz parte do grupo de países que vai organizar o Campeonato do Mundo de 2030, juntamente com Espanha e Marrocos. Ainda não está definido quais os estádios que irão acolher jogos, mas o Estádio do Dragão quer entrar forte nesta corrida.

Para isso, precisa de cumprir os requisitos da FIFA: acessibilidade total, segurança de alto nível, conforto para adeptos e imprensa, tecnologia de ponta. Com a renovação, o Dragão deverá cumprir todos os critérios e tornar-se um candidato sério.

Bom para o Porto, bom para o povo

O adepto ganha com mais conforto e serviços dignos. Menos filas, mais opções de comida, cadeiras novas e um ambiente mais moderno. E o clube, claro, aumenta as suas receitas.

Além disso, a cidade do Porto deve sentir os efeitos positivos. Com um estádio renovado, eventos internacionais poderão chegar com mais frequência. Isso dinamiza hotéis, táxis, restaurantes e o comércio em geral. Ganha o clube, ganha a cidade.

Impacto nas finanças e no futuro do clube

A modernização do Estádio do Dragão não é apenas uma questão estética ou estrutural — é uma jogada estratégica com impacto directo nas finanças do clube. Actualmente, os clubes de futebol mais bem-sucedidos do mundo compreendem que as suas arenas são activos valiosos. O Porto segue essa lógica ao transformar o Dragão num centro multiusos capaz de gerar receita durante todo o ano.

Com zonas comerciais reformuladas, restaurantes temáticos, espaços para eventos corporativos e até potencial para um museu interactivo, o estádio posiciona-se como ponto turístico. Isto ajuda a diversificar as fontes de receita e a reduzir a dependência das vendas de jogadores — um modelo que já foi a base do sucesso portista, mas que agora precisa de ser equilibrado com outras formas de rendimento.

Além disso, a renovação abre portas para acordos de naming rights, prática comum em países como a Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Isso pode injectar milhões nos cofres do clube anualmente, sem interferir directamente na gestão do futebol.

Formação de jogadores também entra na equação

Outro ponto importante é que o novo Dragão estará mais conectado com o centro de treinos e formação de jovens atletas. A ideia é criar um ecossistema único, onde os talentos da formação cresçam já familiarizados com a grandeza do clube.

Com instalações de primeiro mundo, o FC Porto passa a ser ainda mais atractivo para jovens promessas, que verão ali um caminho claro até à equipa principal. Este alinhamento entre estrutura, formação e visão de futuro é o que pode garantir ao Dragão não só um novo estádio, mas também uma nova era de glórias.

Adeus ao antigo, mas sem perder a alma

Apesar das mudanças, a direcção promete manter a essência do estádio. A fachada não vai mudar muito, e o nome “Estádio do Dragão” continua firme. A ideia é modernizar sem apagar a identidade que fez do Dragão um dos símbolos do futebol português.

Os mais nostálgicos talvez sintam saudades de alguns recantos do estádio actual, mas o futuro está à porta. E o FC Porto sabe que, para continuar entre os grandes da Europa, é preciso actualizar-se.

Dragão 2.0 está a caminho

O projecto foi baptizado de “Dragão 2.0”. Um nome digno de superprodução, e não é exagero. A renovação coloca o Porto numa nova prateleira, pronta para disputar espaço com gigantes como o Real Madrid, Bayern e PSG — não só dentro de campo, mas também fora dele, na estrutura e no espectáculo.

O adepto vai precisar de paciência, mas a recompensa promete valer cada cêntimo e cada martelada. O novo Dragão vem aí, e promete rugir mais alto do que nunca.

Redação BnR
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