FC Shakhtar Donetsk 1-2 AS Roma: Pragmatismo define vitória romana

    A CRÓNICA: DOMÍNIO CLARO DA POSSE DE BOLA NÃO EVITA DERROTA DO FC SHAKHTAR DONETSK

    A partida da segunda mão dos oitavos de final da Liga Europa, disputada no Estádio Olímpico de Kiev, acabou com um resultado favorável à AS Roma, que venceu por duas bolas a uma o FC Shakhtar Donetsk. Somando com o resultado do primeiro jogo da eliminatória, a formação italiana venceu confortavelmente, com o marcador a ficar estabelecido em 5-1 no agregado.

    A primeira parte não teve golos, algo que se justifica com base nas estatísticas. Nos primeiros 45 minutos houve apenas um remate à baliza, realizado pelo Shakhtar. A formação da casa foi assumindo o controlo da partida ao longo do primeiro tempo, controlando completamente a posse de bola. A equipa romana arriscou pouco ofensivamente, esperando o erro do adversário para contra-atacar, defendendo o resultado conquistado na primeira mão.

    O segundo tempo foi mais animado, devido aos três golos apontados. A AS Roma entrou praticamente em vantagem. Após um contra-ataque rápido conduzido por Karsdorp, Borja Mayoral encontrou a bola solta após um corte defeituoso, e colocou a bola no fundo das redes com relativa facilidade ao minuto 48.

    Ao minuto 59, Júnior Moraes empatou a partida, depois de aparecer sozinho ao segundo poste para finalizar um passe de cabeça de Alan Patrick. A equipa italiana voltou a estar em vantagem na partida, com Borja Mayoral bisar ao minuto 72.

    Após o segundo golo da formação romana, a partida perdeu algum interesse, pois a eliminatória já estava resolvida. O ritmo do encontro diminuiu consideravelmente e o resultado manteve-se em 1-2 até ao final do tempo regulamentar. Com a vitória em ambos os jogos dos oitavos de final, a AS Roma passa para a fase seguinte da Liga Europa com tranquilidade.

     

    A FIGURA

    Borja Mayoral – O avançado espanhol apontou os dois golos da AS Roma na partida, contribuindo para a vitória da sua equipa na segunda mão da eliminatória. Apesar da sua solidariedade defensiva, destacou-se neste jogo pela veia goleadora natural da sua posição.

    Apesar do resultado favorável à equipa romana no primeiro jogo, os dois golos de Borja Mayoral confirmaram o domínio da formação italiana em toda a eliminatória.

     

    O FORA DE JOGO

    Falta de criatividade do FC Shakhtar – Devido à derrota do emblema ucraniano na primeira mão da eliminatória por três bolas a zero, era esperado que a equipa comandada por Luís Castro entrasse à procura do golo incessantemente. Apesar do domínio da posse de bola em toda a partida, principalmente durante a primeira parte (76%), o FC Shakhtar apenas conseguiu criar um verdadeiro lance de perigo, que acabou por dar em golo.

    Juntando ao controlo da posse de bola, a falta de ocasiões que levassem perigo à baliza do adversário foi evidente. Apenas oito remates durante toda a partida, e só quatro foram enquadrados com a baliza.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC SHAKHTAR DONETSK

    A formação comandada por Luís Castro apresentou-se num desenho tático de 4-2-3-1. À frente da linha de quatro defesas, com os laterais a proporcionarem profundidade ofensiva, estavam Maycon e Marcos Antônio, que baixavam à vez para apoiar os defesas centrais na construção de jogo. Solomon e Tetê realizaram o papel de médios ala, apoiando Júnior Morais na frente de ataque.

    Alan Patrick atuou como jogador “mais solto”, tendo mais liberdade posicional que os seus companheiros de equipa. Preferencialmente aparecia com mais regularidade nas costas do ponta de lança, mas também teve a capacidade para descer no terreno e apoiar o meio-campo no processo de construção, quando necessário.

    A formação ucraniana jogou preferencialmente através de passe curto, procurando instalar-se no meio-campo adversário. Apesar do controlo da posse de bola, foram poucas as oportunidade criadas.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Anatoliy Trubin (5)

    Dodô (6)

    Vitão (6)

    Serhiy Kryvtsov (5)

    Mykola Matviyenko (5)

    Marcos Antônio (6)

    Maycon (6)

    Tetê (5)

    Alan Patrick (7)

    Manor Solomon (6)

    Júnior Moraes (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Marlos (5)

    Yevhen Konoplyanka (6)

    Dentinho (5)

    Georgiy Sudakov (5)

    Sergiy Bolbat (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – AS ROMA

    Paulo Fonseca fez a sua equipa alinhar num esquema tático de 3-4-3. Ibañez e Kumbulla alinharam ao lado de Cristante no centro da defesa. O médio italiano foi importante nesta posição, pelas suas características naturais de centro campista, como o posicionamento e passe. Os alas Karsdorp e Spinazzola eram responsáveis por realizar todo o corredor, quer a atacar, quer a defender. Ofensivamente as suas incursões permitiam a Pérez e Pedro fletir para zonas mais interiores do terreno de jogo.

    A formação romana procurava sair em contra-ataques rápidos, aproveitando a velocidade dos seus avançados. A pressão era realizada quando o FC Shakhtar se instalava no meio-campo da equipa visitante.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Pau López (7)

    Ibañez (5)

    Bryan Cristante (6)

    Marash Kumbulla (6)

    Rick Karsdorp (7)

    Amadou Diawara (6)

    Gonzalo Villar (6)

    Leonardo Spinazzola (7)

    Carles Pérez (7)

    Borja Mayoral (7)

    Pedro Rodríguez (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Gianluca Mancini (6)

    Bruno Peres (5)

    Riccardo Calafiori (5)

    Lorenzo Pellegrini (6)

    Stephan El Shaarawy (5)

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    Diogo Mimoso Ferreira
    Diogo Mimoso Ferreirahttp://www.bolanarede.pt
    Adepto desde muito jovem de bom futebol disputado dentro das 4 linhas, desde o Tiki-taka ao catenaccio. Saiu do litoral e estuda na Beira interior, tentando cumprir o seu sonho desde criança: Comentar e analisar futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.