A polémica foi muita, choveram comentários de ódio nas redes sociais, abriram-se processos jurídicos, fez correr muita tinta, mas João Mário assinou mesmo com o Sport Lisboa e Benfica. As esperanças no jogador que foi campeão europeu são mais que muitas e clique aqui para saber como melhorar a experiência ao acompanhar a equipa encarnada.
Emprestado ao Sporting CP na temporada transata, o ex-Inter de Milão não entrava nas contas de Simone Inzaghi, chegando à Luz a custo zero após ter rescindido o contrato que o ligava ao clube italiano, com o intuito de poder assinar livremente pelos encarnados, conseguindo, assim, contornar a cláusula anti-rivais existente aquando do contrato de venda do médio ao Inter por parte dos leões.
João Mário chega para colmatar uma das lacunas da equipa de Jorge Jesus, que já havia sido treinador do internacional português nos tempos de Alvalade. O médio de 28 anos já não é uma promessa, nem tem um potencial descomunal, mas está familiarizado com o futebol português, pelo que dispensa tempo de adaptação.
Foi com Jorge Jesus que João Mário ganhou e volta, agora, a ser comandado pelo técnico da Amadora. O português pode atuar como ala e tem as caraterísticas para isso mesmo naquilo que é um esquema tático mais conservador de Jorge Jesus, ou seja, num 4x4x2, João Mário pode ser o ala ideal para JJ. Com uma capacidade de resistência acima do comum, é capaz de ajudar não só nas manobras ofensivas da equipa, como também de se destacar no plano defensivo.

Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede
Ainda que possa alinhar descaído numa extremidade do terreno de jogo, o camisola 20 encarnado pode ainda pisar terrenos mais centrais, jogando à frente de Weigl, na posição “8”. Taarabt, Gabriel, Chiquinho e Pizzi são os nomes existentes no plantel para essa posição, mas acredito que, até ao final do período da janela de transferências, haverão saídas do clube.
João Mário não é um desequilibrador nato, porém traz ao jogo o equilíbrio que um bom médio tem de ser capaz de oferecer. É eficiente a pautar o jogo ao seu ritmo e encaminha bem a bola, dando bom seguimento às jogadas.
O problema que aponto na contratação de João Mário é o facto de se assemelhar em demasia a Pizzi, à exceção das estatísticas, onde o número 21 das águias leva clara superioridade. Tanto Pizzi como João Mário privilegiam o jogo de posse e construção mais lenta, sempre com bola controlada, ao invés de darem preferência ao jogo mais vertical, como faz Taarabt, por exemplo.
O que se pedia ao Sport Lisboa e Benfica era que contratasse um médio forte na transição defesa-ataque, rápido, com qualidade de passe e que fosse capaz de fazer um último passe letal. Pedia-se um Taarabt com mais qualidade (e pulmão) e chegou um Pizzi com mais qualidade, contudo, com menos golo.
Pessoalmente, sou fã do jogo de João Mário, mas não tenho ainda bem a certeza se era disto que o Sport Lisboa e Benfica necessitava, e se compensará a nível de rendimento desportivo.
Artigo revisto por Joana Mendes