A responsabilidade de um campeão Europeu

Era uma vez um país de “coitadinhos”. Era uma vez um país dos “quases”. Mas houve uma vez que, por incrível que pareça, o caso mudou de figura. Em 2016, a Europa e o Mundo começaram a ver o nosso país com outros olhos. Portugal, o país periférico no cantinho mais ocidental da Europa, deixou de ser tão periférico quanto isso. Ao invés, começámos a ser os detentores do título de campeão europeu. No fundo, passámos, finalmente, a fazer parte das contas. Mas esta conquista representou e representa muito mais do que isso. Foi uma mudança de mentalidade, tanto de dentro, como de fora. Portugal, um país pequeno? Só no mapa e na mente de algumas pessoas.

Achei importante começar este artigo desta forma, para introduzir o tema de que realmente vou tratar hoje – o sorteio do grupo da fase de apuramento para o Euro 2020 e o porquê de termos, pela primeira vez na história do nosso país, a obrigação de manter o estatuto de campeão europeu. Com isto, não quero dizer que a revalidação do título vá acontecer, até porque não o acho. Simplesmente é mais do que obrigação exibir uma equipa e praticar futebol à imagem de uma das melhores seleções da Europa. Porque, no fundo, é o que somos, não é verdade?

Ucrânia, Sérvia, Lituânia e Luxemburgo – foram estas as seleções que o sorteio do passado domingo ditou. Sendo que, neste caso, passam duas das cinco equipas, digamos que é um grupo mais do que acessível às aspirações da equipa das quinas. Segundo Fernando Santos, neste grupo até há três candidatos para dois lugares e Portugal quer um deles. Como disse anteriormente, está mais do que ao alcance da nossa equipa.

A estratégia de Fernando Santos tem passado por uma renovação gradual e calculada. Apesar de não haver muito brilhantismo em termos de jogo, o certo é que tem corrido bem, a nível de resultados, até agora. Portugal conseguiu uma meritória presença na Liga das Nações, onde pudemos contar com outros nomes a brilhar na equipa. Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Rúben Dias, Gelson Martins e André Silva são jogadores que têm rejuvenescido a equipa e que nos dão certezas de que Portugal não estará mal entregue, numa era pós-Ronaldo.

Portugal ficou inserido no grupo B, frente a equipas como a Ucrânia, Luxemburgo, Lituânia e Sérvia
Fonte: UEFA

Ainda assim, Ucrânia e Sérvia são duas excelentes equipas. Se repararmos, ambas as equipas subiram de divisão na Liga das Nações. Estas seleções vão, sem dúvida, dar trabalho a Fernando Santos e a todo o seu conjunto, sobretudo em Kiev e Belgrado. A Sérvia da qualificação do Euro 2016, por exemplo, contava com vários jogadores campeões do mundo de sub-20. É preciso dizer mais alguma coisa? Para além disso, também há que salientar o facto de a tarefa na Lituânia não ser nada fácil.

Olhamos para uma Europa diferente, futebolisticamente falando. O ranking tem sofrido bastantes mudanças e a conjetura deste Euro reflete justamente estas alterações. Portugal é o atual Campeão Europeu e até me atrevo a dizer que pode estar a beneficiar disso mesmo. Esperemos que isto se continue a espelhar em resultados.

 

Foto de Capa: UEFA

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