Premier League: quem ganha no fim? Os adeptos

Já muitas vezes se questionou a verdadeira competitividade da Premier League. Depois de duas épocas em que os campeões já pareciam decididos desde o Natal – Chelsea Football Club, em 2017, e Manchester City FC, em 2018 -, este ano está a propocionar-nos um espetáculo digno daquela que é, para muitos, a melhor liga do mundo. Desde o azul bebé de Manchester ao encarnado de Merseyside, passando ainda pelo vermelho ou azul de Londres, muitas poderão ser as cores das fitas que, na jornada final, estarão penduradas no cobiçado troféu.

A derrota da semana passada do Manchester City frente ao Chelsea (2-0) veio, sem dúvida, relançar as contas de um campeonato que, para muitos, parecia feito para que os citizens revalidassem o seu título. Mas a verdade é que, ainda que sem tanto brilhantismo, o Liverpool FC de Jürgen Klopp e o Chelsea de Sarri se têm mantido no alcance dos lugares cimeiros. E foram os reds quem mais beneficiou deste deslize da equipa de Guardiola, aproveitando para bater o AFC Bournemouth por 4-0 e subir ao primeiro lugar, um ponto acima do City.

Xherdan Shaqiri celebra o golo na vitória por 3-1 frente ao Manchester United, este fim de semana
Fonte: Premier League

A juntar a este trio, temos o Tottenham Hotspur FC, de cuja consistência muitos duvidam: continuam a tentar livrar-se da alcunha pejorativa de bottlers (expressão atribuída a equipas que costuma ceder sob pressão, na parte decisiva da época) e encontram-se no terceiro lugar, a seis pontos do primeiro classificado. Depois de um verão sem contratações, que muitas dúvidas suscitou entre os adeptos, Mauricio Pochettino conseguiu pôr a sua equipa a jogar um futebol atrativo e, acima de tudo, consistente. Ainda assim, a profundidade da equipa parece ser a sua maior fraqueza: em caso de lesão de, por exemplo, Dele Alli ou Harry Kane, dificilmente a equipa teria alguém à altura para os seus lugares.

Fonte:Premier League

Também no Norte de Londres, o Arsenal Football Club conseguiu superar um período menos positivo no início da época para, sob a tutela de Unai Emery, se lançar numa série de 14 jogos sem derrotas na Premier League, durante a qual registou sete vitórias consecutivas. Lucas Torreira revelou-se como um dos melhores médios do campeonato, com um nível de trabalho defensivo e produção ofensiva que já levou muitos a chamarem-lhe “Kanté uruguaio”. Ainda que o desaire de sábado frente ao Southampton (3-2) tenha desiludido muitos adeptos, nada está perdido para os gunners, que, em trechos da época, conseguiram praticar um futebol capaz de rivalizar com os citizens de Guardiola.

Até no meio da tabela temos uma luta aguerrida, com apenas cinco pontos a separarem o sexto classificado (Manchester United – 26 pontos) do décimo terceiro (Brighton & Hove Albion FC – 21 pontos). Entre ver se o United de Mourinho consegue recuperar da situação precária em que se encontra, ou verificar se o Wolverhampton Wanderers FC de Nuno Espírito Santo consegue ascender aos lugares de acesso à Liga Europa – na sua primeira época na Premiership desde 2013 -, as partidas entre equipas nestas classificações serão muito mais do que cumprimento de calendário.

No final de contas, temos um vencedor garantido no final da época: os adeptos. Isto porque a proximidade entre as equipas se deve, acima de tudo, a uma grande qualidade de todas as partes envolvidas. Resultados como o do Chelsea – Manchester City na semana passada, ou do Southampton FC – Arsenal só provam o velho adágio de que na Liga Inglesa não há resultados garantidos.

Para muitos, o Manchester City continua a ser o favorito, porque é a equipa mais consistente e com mais opções no banco (Sergio Agüero pode ser rendido por Gabriel Jesus; Gündoğan e Fernandinho vão alternando no meio-campo; John Stones, Aymeric Laporte e Vincent Kompany preenchem a defesa, etc.). O melhor que se pode esperar é que esta competitividade e qualidade se mantenham até maio. Tudo o que queremos é chegar ao fim da época e dizer o mesmo que Sir Alex Ferguson, depois da final da Liga dos Campeões de 1999: “Football, bloody hell”.

Foto de capa: Manchester City FC

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O Gonçalo vem de Sacavém e está a tirar o curso de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. Afirma que tem duas paixões na vida: futebol e escrita. Mas só conseguia fazer uma delas como deve ser, por isso decidiu juntar-se ao Bola na Rede.                                                                                                                                                 O O Gonçalo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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