2019. Novos carros, novas categorias, pilotos antigos.

Em termos de regras, a mais sonante é a introdução, pela Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, da ronda de qualificação e de um shakedown. Esta mudança encontra-se presente no Art. 16 – PARTIDA – ORDEM DE PARTIDA – SHAKEDOWN – QUALIFYNG – SEPARAÇÃO ENTRE EQUIPAS – Prescrições Especificas de Ralis 2019.

Resumidamente, a FPAK diz que todos os clubes que organizem provas do Campeonato de Portugal de Ralis devem ter um shakedown, onde só podem entrar equipas inscritas no CPR. A ronda de qualificação serve para os pilotos prioritários e os dez primeiros classificados do CPR determinaram a sua ordem de partida. A ordem de partida é determinada da seguinte forma: o mais rápido na qualificação escolhe a sua posição de partida, depois, o segundo, o terceiro e assim sucessivamente até ao décimo. Seguidamente, partirão os concorrentes definidos pelo critério do organizador. 

Outro acrescento ao regulamento são os erros nas Super-Especiais, que deram tanto que falar em 2018. De acordo com o artigo 20.1.8, as voltas a mais a rotundas ou placas não serão penalizadas, e ao designado erro de percurso a penalização consta no seguinte: é atribuído o pior tempo em condições normais, por viaturas do mesmo grupo na PEC, com um acréscimo de um minuto.

Estas são as modificações mais sonantes em termos de regulamento, mas, em caso de dúvida ou mesmo e quiser saber mais, deve aceder ao link apresentado acima, que corresponde ao regulamento de 2018, com as alterações marcadas a vermelho.

Quanto ao grande fosso entre os veículos de duas rodas motrizes e os veículos da categoria R5, a FPAK também tomou medidas (finalmente). Não eram as que eu esperava, mas foram uma solução. Resta saber quem entrará. Assim, surge o Campeonato de Portugal de Ralis R4 – KIT. Assente na aposta da FIA nos Kits R4, este pretende situar-se naquele fosso entre as duas rodas motrizes e os R5. Para quem não sabe, o Kit R4 foi anunciado pela FIA em 2015 e permite a montagem de equipamento específico em vários carros de produção de série. Não só uma maior diversidade nos carros a utilizar, como também um preço mais baixo a pagar. O Kit custa 108.000€ + impostos. A Oreca, que é quem os fornece, antevê um custo de utilização em metade de um R5. Avizinham-se muitos interessados, sendo que um deles é Luís Pimentel, piloto açoriano que pretende trazer dois R4 para os Açores para competir no Campeonato dos Açores de Ralis.

Toyota Elios R4 é o carro de testes da Oreca, que pode fazer parte do novo Campeonato de Portugal de Ralis R4 – KIT
Fonte: Oreca

Em termos de pilotos, o campeão nacional, Armindo Araújo, volta com a Hyundai Portugal Motorsport. Se no ano passado a novidade foi o piloto de Santo Tirso, este ano a novidade é Bruno Magalhães, que, após um vice-campeonato e um terceiro lugar no FIA ERC, volta ao CPR, onde foi campeão em 2007, 2008 e 2009. Bruno vai ter a navegação de Hugo Magalhães, que esteve com ele no FIA ERC. Assim, Hugo deixa de estar no Skoda Fabia R5 da VODAFONE BP Ultimate Team, onde correu com Miguel Barbosa no CPR. Este ainda não anunciou um navegador para 2019.

Bruno Magalhães regressa ao CPR após só ter efetuado ralis em Portugal nos Açores e na Madeira
Fonte: Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting

Agora, em termos de máquinas, o CPR 2019 vai contar com muitos bons carros. Na categoria R5, o último a sair foi o Volkswagen Polo GTI R5, que contará com presença em Portugal através do piloto Pedro Meireles, que assim troca o Skoda Fabia R5. Existem ainda planos para mais um carro da marca alemã, mas ainda não se sabe quem o pilotará.

O novo modelo da categoria R5 é o Volkswagen Polo GTI R5, que se estreou no Rali da Catalunha em 2018
Fonte: Pedro Meireles Rally

Cada vez mais o desporto motorizado em Portugal está a crescer e a modalidade dos ralis passa por uma fase muito atrativa. Que continue assim! 

Texto revisto por: Mariana Coelho

Foto de Capa: Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting

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