Depois das fortes emoções na Taça da Liga, o SL Benfica regressou a casa para disputar a 19ª Jornada da Liga com o Boavista FC, que vem de um processo de mudança de treinador. Foram orientados por Jorge Couto, uma vez que Lito Vidigal ainda não chegou ao comando técnico.
A partida foi arbitrada por Rui Costa e colocou frente a frente o 2.º e 16.º classificado, respetivamente. Bruno Lage apresentou um onze sem grandes novidades, enquanto que o Boavista mexeu duas unidades, com o regresso de Tahar e a estreia do reforço Perdigão, ex-GD Chaves.
Os encarnados começaram com a propensão ofensiva, mas foi o Boavista quem criou o primeiro susto. Aos sete minutos, um erro de Gabriel permitiu a Tahar rematar ao poste.
O primeiro golo surgiu dois minutos depois, na sequência de uma falta sobre João Félix. Pizzi bateu o livre de forma larga para a área e foi mesmo o jovem de 19 anos a finalizar.
Daí para a frente, e com a vantagem do seu lado, só deu Benfica, com um futebol muito elaborado e maioritariamente ofensivo. O Boavista respondia como conseguia e mostrava-se bem recolhido, enquanto cortava a esperança encarnada em aumentar o resultado.
Aos 26 minutos, Rúben Dias cabeceou à barra, e aos 27 a vantagem aumentou para 2-0, após muitas tentativas. Desta vez, foi mesmo Pizzi o autor, num lance de grande qualidade. Rafa abriu de trivela para Seferovic no último terço, o suíço rematou para defesa de Helton e, na recarga, o 21 foi letal.
O Benfica não deixava o adversário respirar e procurava constantemente o ataque. A vantagem estava assegurada, mas os axadrezados mantinham a esperança e conseguiram mesmo chegar ao 2-1. Aos 42 minutos, após um canto na direita, Talocha desmarcou-se dos adversários e rematou com eficácia para dentro da baliza de Vlachodimos.
A segunda parte começou sem alterações. O Boavista voltou melhor e criou uma boa chance aos 51 minutos, com um remate forte de Perdigão para defesa de Vlachodimos.
Com o resultado em aberto, as águias desfizeram todas as dúvidas aos 54 minutos com o 3-1, através de um contra-ataque magnífico de João Félix, que assistiu na direita para o pé esquerdo de Seferovic, que não desperdiçou e apontou o nono golo na Liga.
Como se dúvidas restassem, o canivete suíço voltaria a marcar, desta feita aos 72 minutos, num lance da sociedade ofensiva para esta noite: João Félix dominou, Pizzi ganhou a bola e rematou para defesa de Helton, ao passo que Seferovic aproveitou a recarga para enfiar a bola dentro das redes.
A quatro minutos do fim, o toque que restava para concluir uma tremenda partida do Benfica. André Almeida lançou a bola para Gedson, que assistiu Grimaldo para um golo de classe e qualidade máxima, como aquilo a que tem habituado os adeptos. O resultado tornou-se mais expressivo que nunca!
Após o 5-1, Samaris deu ao Boavista uma grande penalidade, mas Vlachodimos defendeu notavelmente o tiro de Mateus.
Jogo de futebol alucinante, com seis golos em que só o jogo em si foi importante. A arbitragem foi um aspeto completamente secundário, mas não passou em claro. O Benfica mostrou-se mais ofensivo e o resultado fala por si. O Boavista esteve bem recolhido e conseguiu marcar um golo que manteve a esperança acesa. No entanto, perante o ímpeto criativo e ofensivo da equipa de Bruno Lage, os axadrezados não tiveram hipótese, mas mostraram ser uma equipa bem compacta e inteligente nos poucos momentos de transição ofensiva.
Na próxima jornada, o Boavista defronta o Feirense no Bessa e, no jogo grande, o primeiro de dois derbys entre Benfica e Sporting CP num espaço de três dias. O primeiro no dia 3, para a Liga, e o segundo no dia 6, para a Taça de Portugal.
ONZES E SUBSTITUIÇÕES
SL Benfica: Vlachodimos; André Almeida, Rúben Dias, Jardel e Grimaldo; Samaris, Gabriel, Pizzi (Gedson, 82’) e Rafa (Zivkovic, 61’); Seferovic (Ferreyra, 76’) e João Félix.
Boavista FC: Helton Leite; Edu Machado, Neris, Gonçalo Cardoso e Talocha; Tahar (Carraça), Idris e Perdigão; Matheus Índio (André Claro, 76’), Rafael Lopes (Falcone, 75’) e Mateus.