Um jogo de tudo ou nada. De tudo ou alguma coisa. De muito ou pouco. Um jogo de esperança ou desilusão. Um jogo para Liga Europa, Liga dos Campeões ou somente de lições. Da goleada, à derrota, ao empate e à vitória. Tudo podendo significar muito, pouco ou simplesmente nada.
Hoje, dia 27 de novembro, o Sport Lisboa e Benfica vai disputar na Alemanha o jogo mais complicado da sua actual campanha europeia. A dificuldade extrema deve-se à qualidade do adversário, à adversidade do local e ao stress da posição actual.
Depende de si não ser goleado. Depende de si conquistar os três pontos. Qualquer outro resultado só terá significado perante aquilo que terceiros fizerem.
RasenBallsport Leipzig: segundo classificado do campeonato alemão em igualdade pontual com o FC Bayern Munique e a um ponto do líder Borussia VfL 1900 Monchengladbach; líder do Grupo G da Liga dos Campeões com vitórias na Luz e nos dois jogos com o FC Zenit São Petersburgo e uma derrota na recepção ao Ol. Lyon. Vem de um registo impressionante de cinco vitórias consecutivas com um saldo de quatro golos sofridos e 24 golos marcados.
A equipa liderada por Julian Nagelsmann tem vindo a apresentar um crescendo de forma à medida que a época vai avançando e hoje encontra-se num momento futebolístico muito superior àquele apresentado em setembro na Luz.
Futebol característico de ataques rápidos, ferozes e fatais. É uma equipa que joga para ofensivamente ferir constantemente o adversário. É forte nos duelos, rápida na pressão sobre a bola e muito perigosa no momento de transição ofensiva – feito normalmente em velocidade, com vários jogadores e todos de alto calibre.
Marcel Sabitzer, Emil Forsberg e o goleador Timo Werner serão os principais responsáveis por deixar em alerta a defesa encarnada. O avançado alemão conta até ao momento com 16 golos e sete assistências em 18 jogos. Além destes, também Christopher Nkunku e Yussuf Poulsen poderão atacar a baliza benfiquista.
O poderio ofensivo do clube alemão é inegável mas a equipa de Lage poderá ter uma oportunidade na maior fragilidade defensiva da equipa de Nagelsmann. Nos últimos dois jogos a equipa sofreu três golos e chega a esta partida com várias baixas de peso. Por lesão estarão indisponíveis o central Ibrahima Konaté, o central e capitão Willi Orban e o lateral direito Nordi Mukiele. Também o central Dayot Upamecano se encontra limitado e em dúvida.
Num momento de forma totalmente oposto encontra-se a equipa do SL Benfica. A nível europeu os resultados e desempenhos têm sido sofríveis. A nível nacional, tanto no campeonato como nas taças, as constantes vitórias têm-se feito acompanhar por constantes exibições de enorme pobreza.
A equipa de Bruno Lage vem de um jogo deprimente, onde dificilmente se conseguiu impor a um adversário de dois escalões abaixo e que atuou 20 minutos com 10 jogadores.
A grande baixa da equipa é Rafa – a alma ofensiva desta equipa. Era a velocidade e criatividade do ’27’ encarnado que ia fornecendo ao ataque alguma capacidade de desequilibrar as defesas adversárias.