O Passado Também Chuta: Rio Ferdinand

    Nasceu em Londres, em 1978, mas foi em Manchester, cidade “rival”, que ganhou a admiração e o respeito dos adeptos do futebol. Rio Gavin Ferdinand, defesa-central, comandou a formação do Manchester United durante largas épocas, tendo passado 12 anos no clube e sempre com um papel fulcral no onze de Sir Alex Ferguson, de quem era uma extensão em campo.

    Como muitos outros grandes nomes do futebol londrino e inglês, Ferdinand fez a principal parte da sua formação no West Ham United, clube no qual se estreou como sénior e onde assumiu a titularidade a partir da época 1997/98, com apenas 18 anos, após um empréstimo de meia época ao Bournemouth (militava no terceiro escalão na altura em que Rio pertenceu ao plantel).

    As exibições de alto nível que protagonizou ao serviço do clube da capital inglesa, levaram o Leeds United a avançar para a sua contratação em janeiro de 2001, tendo desembolsado 26 milhões de euros (na altura, o valor mais elevado envolvido numa transferência em Inglaterra) com o objetivo de reforçar o setor defensivo de uma equipa que viria a alcançar as meias-finais da Liga dos Campeões desse ano.

    O impacto imediato de Rio Ferdinand no Leeds, tornando-se capitão de equipa logo no segundo ano em que esteve no clube, levou o Manchester United a quebrar o então valor recorde para a transferência de um defesa-central, pagando 46 milhões de euros pelo passe do ainda jovem britânico.

    A chegada de Nemanja Vidic aos “Red Devils” ofereceu a Rio Ferdinand um parceiro de luxo
    Fonte: Premier League

    Em Manchester, perante a orientação do extraordinário Sir Alex Ferguson e aproveitando a partilha de balneário com figuras como os irmãos Neville ou o seu eterno companheiro, Nemanja Vidic, Ferdinand assumiu a dimensão pela qual hoje é reconhecido. Em 12 anos, disputou 455 jogos e conquistou um total de 17 títulos: venceu a Premier League por seis vezes, a Taça de Inglaterra por uma, a Taça da Liga Inglesa por três, a Supertaça de Inglaterra em cinco ocasiões, conquistou uma Liga dos Campeões e ainda um Mundial de Clubes.

    Após tanto sucesso em tantos anos seguidos a servir o mesmo emblema, o central inglês decidiu jogar a sua última temporada como profissional (a de 2014/15) ao serviço do Queens Park Rangers, regressando assim a Londres. No entanto, os vários problemas físicos que o afetaram impediram-no de jogar com a regularidade que pretendia, o que pode até ter antecipado os seus planos de reforma.

    O percurso de Rio Ferdinand estendeu-se também ao nível internacional, onde contabilizou um total de 81 internacionalizações, mas apenas disputou uma fase final de uma grande competição, em 2006, no Campeonato do Mundo da Alemanha. Os motivos que o levaram a falhar as duas outras em que podia ter participado (2004 e 2010, visto que a Inglaterra não se qualificou para o Europeu de 2008) foram distintos, mas o mais famoso é o relativo ao Campeonato da Europa, disputado em Portugal, uma vez que não foi convocado por estar suspenso pela federação inglesa, depois de ter falhado um controlo anti-doping.

    Apesar deste percalço, Rio Ferdinand é dono de uma das carreiras mais tituladas e brilhantes do futebol inglês. Em Manchester será para sempre um ídolo, sobretudo devido à sua garra, capacidade de liderança e dedicação constante ao clube, mas até os adversários apreciam e admitem a qualidade fantástica de um central que muita saudade deixa em Old Trafford.

     

    Artigo revisto por Joana Mendes

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