A CRÓNICA: A VITÓRIA DO PRAGMATISMO
O Chelsea FC derrotou esta noite o Manchester City FC por 2-1, resultado que permite ao Liverpool FC assegurar a conquista da Premier League. Pulisic inaugurou o marcador na primeira parte, ao aproveitar as facilidades concedidas pela defensiva dos visitantes. Na segunda parte, De Bruyne empatou num grande golo de livre, mas Willian, de grande penalidade, deu a vitória aos Blues.
O Manchester City entrou bem no jogo e a dominar a posse de bola, chegando diversas vezes com perigo à área adversária. Contudo, estas investidas acabaram por se mostrar infrutíferas devido à ausência de uma referência na área. Os Citizens estiveram perto de marcar num cabeceamento de Fernandinho (18’), e, do outro lado, Christensen também esteve perto do golo (33’). Três minutos mais tarde, o Chelsea inaugurou o marcador por Pulisic, que aproveitou um desentendimento entre Mendy e Gundogan.
Na segunda parte, a equipa de Pep Guardiola entrou determinada em dar a volta aos acontecimentos e acabou por chegar ao empate por De Bruyne, na cobrança irrepreensível de um livre direto (55’). Os Citizens jogavam com a defesa alta e o Chelsea soube aproveitar o espaço nas costas para tentar chegar ao golo. O golo chegou mesmo aos 78’, pelos pés de Willian, na cobrança de uma grande penalidade a castigar mão de Fernandinho na área.
Com esta vitória, o Chelsea está a apenas um ponto do Leicester City FC (terceiro lugar), ao passo que o Manchester City se mantém no segundo lugar e vê o Liverpool assegurar o título quando ainda faltam sete jornadas para o final do campeonato.
A FIGURA
He is just TOO QUICK! ⚡️
City defenders are left chasing @cpulisic_10‘s shadow as he breaks quickly and has the composure to coolly slot past Ederson!
🔵 1-0 🟡 [35’] #CHEMCI https://t.co/EUVdlWVGbV pic.twitter.com/AmHySX4su5
— Chelsea FC (at 🏡) (@ChelseaFC) June 25, 2020
Pulisic – Chamado à titularidade, o norte-americano não desiludiu e foi um autêntico quebra-cabeças para a defesa adversária. Mostrou um enorme oportunismo no lance do primeiro golo, aproveitando a oferta de Mendy e Gundogan, e foi o elemento em maior destaque no ataque dos Blues.
O FORA DE JOGO
Steppin’ out… 😎
🔵 #ManCity pic.twitter.com/UyU4ju69Bx
— Manchester City (@ManCity) June 25, 2020
Defesa do Manchester City – É o calcanhar de aquiles da equipa de Pep Guardiola e uma das principais razões da época irregular dos Citizens. A defensiva do City facilitou no lance do primeiro golo e deixou sempre demasiado espaço nas costas, permitindo ao Chelsea explorá-lo através de rápidos contra-ataques.
ANÁLISE TÁTICA – CHELSEA FC
Os Blues surgiram em 4-3-3, com Frank Lampard a apresentar duas novidades em relação ao último onze: Ross Barkley no lugar de Loftus-Cheek e Pulisic em detrimento de Kovacic. Os Blues acabaram por jogar mais em transição ofensiva, fruto da maior posse de bola do adversário. O tridente do meio-campo do Chelsea dispunha-se num triângulo invertido, com Kanté a funcionar como pivot defensivo e Mason Mount e Ross Barkley a jogarem mais abertos.
No momento defensivo, o Chelsea defendeu com as linhas muito juntas e com o bloco baixo, procurando contrariar o jogo interior do Manchester City e a fechar o espaço aos movimentos entre linhas, sobretudo dos três homens da frente.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Kepa (7)
Azpilicueta (7)
Rudiger (6)
Christensen (8)
Marcos Alonso (7)
Kante (8)
Mason Mount (7)
Ross Barkley (6)
Willian (9)
Pulisic (9)
Giroud (5)
SUBS UTILIZADOS
Tammy Abraham (6)
Kovacic (5)
Pedro (-)
Gilmour (-)
ANÁLISE TÁTICA – MANCHESTER CITY FC
Pep Guardiola escalou os Citizens num 4-3-3, cuja principal novidade foi a presença de Bernardo Silva como falso 9, face às ausências de Sergio Aguero (lesão) e Gabriel Jesus (suplente utilizado). O City controlou a posse da bola como é seu apanágio, praticando o habitual futebol de posse e tecnicista. Mendy mostrou-se bastante ativo no corredor esquerdo e subiu com frequência, aproveitando a mobilidade do trio da frente. Bernardo Silva, Sterling e Mahrez foram explorando o jogo interior, tentando confundir as marcações do Chelsea ao trocar frequentemente de posição e através das diagonais para o centro do terreno. Ainda assim, a equipa ressentiu-se pela falta de um avançado puro, mostrando dificuldades em furar o muro defensivo dos Blues.
O Manchester City jogou com a defesa alta e acabou por deixar muito espaço nas costas, que o Chelsea foi aproveitando com rápidos contra-ataques.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Ederson (6)
Kyle Walker (7)
Laporte (6)
Fernandinho (5)
Mendy (5)
Gundogan (6)
Rodri (5)
De Bruyne (7)
Mahrez (6)
Bernardo Silva (6)
Sterling (6)
SUBS UTILIZADOS
Gabriel Jesus (4)
David Silva (5)
Zinchenko (4)
Otamendi (3)
Artigo revisto por Inês Vieira Brandão