VfL Wolfsburg 1-3 Olympique Lyonnais: Longa vida às pentacampeãs europeias!

A CRÓNICA: UN, DEUX, TROIS, QUATRE… CINQ! SÃO IMPARÁVEIS…

Quarta final entre VfL Wolfsburg e Olympique Lyonnais (OL), no Anoeta, e já se esperava um encontro muito equilibrado. Foi mesmo por aí que começou esta final: muito jogo a meio campo e com poucas oportunidades. Aos 17 minutos, houve a primeira oportunidade para o Olympique Lyonnais e foi aqui que também se começou a denotar a superioridade das francesas sob as alemãs. O trabalho das laterais da equipa francesa, que já tinha sido frisado na antevisão, estava a criar mossa na defesa do Wolfsburg, que parecia manteiga nas mãos de Lucy Bronze e de Karchaoui.

Posto isto, não é novidade que a jogada começou por Lucy Bronze, lateral do Olympique Lyonnais, e depois de tocar nos pés da número dois a jogada fluiu de forma natural. Marozsán encontrou Cascarino, que cruzou para a área onde encontrou Le Sommer. A avançada francesa rematou de primeira, mas Abt estava atenta… à primeira. Porém, o que Abt não esperava é que a sua defesa estivesse a dormir… Le Sommer foi esperta e a segunda bola foi sua, marcando o primeiro da final: 1-0 para o Olympique Lyonnais.

Caminhávamos «nós» para intervalo e tivemos assim um «flashback». Kumagai já tinha feito o mesmo remate no início do jogo e do nada lembrou-se que «valem bujas» (como se diz entre amigos). A média japonesa rematou a bola fora da área e com o efeito que levava só podia mesmo parar lá dentro. Parecia daqueles golos do Oliver e Benji (sem brincadeiras!). Foi com o 0-2 que se chegou ao intervalo entre alemãs e francesas com o resultado a prevalecer para o lado das gaulesas.

A segunda parte começou diferente da primeira, pois foi o Wolfsburg a começar a mandar no jogo. As alemãs sabiam que tinham de assumir o jogo se queriam retirar ainda algo desta final. Aos 57 minutos, Harder apareceu muito mais recuada no terreno e conseguiu fazer a diferença. Rolfo cruzou e a defesa do Olympique Lyonnais atrapalhou-se toda. Pajor cruzou para Alexandra Popp conseguir fazer reduzir para 1-2.

Era o ânimo que faltava às alemãs, mas não chegou. O Olympique Lyonnais continuava a ser mais forte a nível defensivo e o Wolfsburg pouco perigo conseguia criar. Se pouco criava, muitos espaços abriam… Le Sommer estava confiante para conseguir fazer um jogo sólido e chamou a responsabilidade para si. A francesa rematou com força e a islandesa Gunnarsdóttir de calcanhar deu o toque fatal para esta final. Era o 1-3 e já se ia escrevendo o nome do Olympique Lyonnais no troféu pela quinta vez consecutiva!

Foi uma verdadeira batalha tática e também uma boa aula para se ver a importância que as laterais (Karchaoui e Lucy Bronze) têm nesta equipa francesa. Venceu a equipa que foi mais competente nas duas partes: na primeira parte a eficácia e o trabalho das laterais do Lyon e na segunda parte a consistência defensiva. O Wolfsburg faltou mais experiência a uma equipa que já não levanta o troféu há oito anos.

Dar os parabéns também à internacional portuguesa Jéssica Silva por se tornar também ela campeã europeia!

A FIGURA

Eugénie Le Sommer – Surpreendeu tudo e todos nesta final. Já sabíamos da sua experiência e foi muito por aqui que talvez tenha sido importante. Os seus 31 anos não foram de todo impeditivos de estar sempre presente em quase todas as divididas de bolas. Quando era necessário alguém com faro de golo, lá estava Le Sommer! Começou por marcar o primeiro golo da partida e ainda (acidentalmente) conseguiu mesmo assistir Gunnarsdóttir para o terceiro do Olympique Lyonnais! Mas que noite para recordar – mais uma!

O FORA DE JOGO

Defesa do VfL Wolfsburg – Como já disse no início do artigo, parecia «manteiga» a defesa do Wolfsburg. As trocas para jogadoras mais experientes foi bem pensado na teoria, mas na prática não correu da maneira como Stephan Lerch queria. Houve pouca ligação entre a defesa e as jogadoras do meio campo mais recuado (Ingrid Engen e Alexandra Popp) e o trabalho das laterais era frequentemente abafado pela pressão das extremos do Olympique Lyonnais ou pelas laterais. Foi aqui que esteve o ouro do jogo e as francesas souberam aproveitar bem.

 

ANÁLISE TÁTICA – VfL WOLFSBURG

As alemãs apostaram num 4-4-2, como já tinha acontecido no jogo contra o FC Barcelona, e o quarteto defensivo foi modificado com as entradas de Lena Goessling e Anna Blässe. Stephan Lerch preferiu apostar numa defesa mais experiente e habituada a este tipo de jogos decisivos a estar com jovens jogadoras em campo. Do meio campo para a frente, tudo igual ao jogo da meia-final, onde Harder iria dar apoio à avançada Ewa Pajor. Esperava conseguir jogar subido com as médias mais avançadas Huth e Rolfo, tendo sempre consistência defensiva com as mais recuadas: Ingrid Engen e Alexandra Popp.

Tanto na primeira como na segunda parte, Pernille Harder esteve completamente anulada pela defensiva francesa e teve sempre de aparecer muito recuada no campo. O meio campo não estava de todo a conseguir ligar com o ataque, que começou por ser Ewa Pajor e mais tarde Pia-Shopia Wolter. A defesa, que foi totalmente alterada, não foi uma boa cartada por parte de Stephan Lerch e foi fatal, pois parecia que não se conheciam e não havia química. Para além disso, o trabalho das laterais tanto a nível defensivo como ofensivo foi perto do zero.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Friederike Abt (5)

Anna Blässe (5)

Lena Goessling (4)

Sara Doorsoun (4)

Janssen (4)

Ingrid Syrstad Engen (5)

Alexandra Popp (6)

Svenja Huth (5)

Fridolina Rolfo (5)

Pernille Harder (6)

Ewa Pajor (4)

SUBS UTILIZADAS

Julia Hendrich (5)

Lena Oberdorf (5)

Pia-Sophia Wolter (5)

 Pauline Bremer (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – OLYMPIQUE LYONNAIS

Tal como o Wolfsburg, o Olympique Lyonnais seguiu a premissa «equipa que vence não se muda» à risca e também deixou o seu esquema tático sem alterações. Não fosse a expulsão de Nikita Parris, que complicou ainda mais as opções atacantes de Jean-Luc Vasseur, o 4-2-3-1 manteria-se completamente intacto. Assim, a surpresa – e talvez assim não tão surpreendente – foi a entrada da experiente Le Sommer para a posição mais avançada do terreno por parte das Les Gones.

Mais uma aula tática das agora pentacampeãs da Europa. As laterais Lucy Bronze e Sakina Karchaoui foram fenomenais em todos os aspetos e, principalmente, na primeira parte o direito era todo da jovem de 24 anos. Destacar também o grande trabalho defensivo de Saki Kumagai (onde se verificava com grande destaque a aproximação com a linha defensiva de quatro para ajudar caso alguma bola entrasse entre linhas) e o de Delphine Cascarino, que na primeira parte esteve irrepreensível no jogo exterior e nos cruzamentos para a grande área – e um deles acabou por resultar em golo.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Sarah Bouhaddi (6)

Lucy Bronze (7)

Kadeisha Buchanan (6)

Wendie Renard (6)

Sakina Karchaoui (7)

Sara Gunnarsdóttir (7)

Saki Kumagai (6)

Delphine Cascarino (7)

Amel Majri (6)

Dzsenifer Marozsán (5)

Eugénie Le Sommer (8)

SUBS UTILIZADAS

Shancine van de Sanden (5)

Jodie Taylor (5)

Melvine Malard (-)

Alex Greenwood (-)

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João Pedro Barbosa
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É aluno de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, tem 20 anos e é de Queluz. É um apaixonado pelo desporto. Praticou futebol, futsal e atletismo, mas sem grande sucesso. Prefere apreciar o desporto do lado de fora. O seu sonho é conciliar as duas coisas de que gosta, a escrita e o desporto.

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