Boavista FC e SL Benfica defrontam-se esta segunda-feira (21h), em jogo a contar para a sexta jornada da Primeira Liga. A reedição de um clássico do futebol português, num frente-a-frente que conta já com 57 embates, em saldo positivo a pender para os lisboetas: ganharam 25 deslocações ao Bessa, enquanto os da casa não vão além das 12 vitórias.
Um historial que Vasco Seabra tentará contrariar com o seu Boavista (que ainda não é Boavistão, mas tem tudo para o ser) e encarrilhar definitivamente para um campeonato tranquilo. A equipa não corresponde às enormes expectativas e ao plantel mediático que soube construir, estando à quinta jornada na cauda da tabela classificativa – 17.º posto –, onde o melhor alcançado foram três empates.
Um dos maiores problemas está no processo defensivo, com o emblema axadrezado a partilhar a pior defesa do campeonato com o Famalicão, ambos com 12 golos sofridos, o que não augura nada de positivo quando o próximo adversário é precisamente o melhor ataque, com 15 golos marcados.
E Jesus certamente que terá esse dado em conta. Não só a provável maior facilidade em furar o bloco adversário e resolver o jogo cedo – no campeonato, marcou sempre antes do 20 minutos de jogo e foi sempre para o intervalo a vencer – como a predisposição atacante de uma equipa comandada por um homem de ideias inovadoras e de tracção à frente, como Vasco Seabra, se perfila como oponente ideal para os encarnados, que, com um calendário apertadíssimo, querem o quanto antes gerir esforços e focar na preparação para o jogo europeu frente ao Rangers FC.
Algo que se torna ainda mais apetecível no imaginário dos adeptos mais optimistas é observar que o Boavista perdeu os dois jogos que disputou no Bessa, além de não marcar qualquer golo e sofrer… seis, o que parece ainda pior quando se sabe que Javi García, o pêndulo de meio-campo, está de fora por castigo.
Quando atendemos ao jogo de bancos, a estatística continua a favorecer os mesmos, com Jorge Jesus a contar sete vitórias em oito jogos com o Boavista desde que estes subiram novamente ao primeiro escalão – o jogo que falta deu empate, ao serviço do Sporting (0-0, 2015/2016).
Ao comando do Benfica, Jesus venceu a última vez no Bessa com recurso a bomba de Eliseu (0-1, 2014-15). Outro dado merecedor de destaque é a possível terceira vitória consecutiva do Benfica em deslocações ao Porto (0-2 em 2018-19 e 1-4 em 2019-20), assinalada pela última vez na longíqua temporada de 1959-60.
Em jeito de top, reunimos cinco dos mais emblemáticos encontros entre águias e axadrezados, reavivando memórias e relembrando grandes golos – que todos esperam voltar a ver em 2020.