A CRÓNICA: DUELO INSULAR ACABA COM VITÓRIA DO CD SANTA CLARA
À entrada para o quinto jogo no histórico entre estas duas equipas na Liga
portuguesa, foi o CD Nacional que apresentou mais vontade em mostrar serviço, dado
que aos dois minutos criou uma grande oportunidade, pelos pés de Riascos. Contudo,
rapidamente o CD Santa Clara equilibrou as oportunidades e o médio iraquiano, Rashid,
foi à frente tentar mostrar aos companheiros como se faz.
Antevia-se um Nacional com uma grande “fome de vencer”, e assim voltar aos
triunfos na Primeira Liga, no entanto, foi o Santa Clara, que aproveitou o momento menos concentrado da defensiva alvinegra para fazer estragos na baliza de Daniel Guimarães.
Por intermédio de Carlos Júnior, aos 23 minutos, os açorianos chegaram à vantagem.
Não obstante, os madeirenses não baixaram os braços e com boas trocas de bola,
chegavam perto da baliza à guarda de Marco Pereira. Todavia e contra a corrente de
jogo, o brasileiro, Pedrão, cometeu uma falta sobre Carlos Jr., o que de pronto levou o
árbitro, Vitor Ferreira a ir ao VAR, e consequentemente, marcar grande penalidade, a
favor da formação da Ponta Delgada. Penalti esse que fora marcado, categoricamente,
por Osama Rashid.
Novamente, o Nacional viu – se obrigado a correr atrás do prejuízo, mas desta
vez, viria a ser feliz. Numa jogada pela zona central, em que o colombiano, Riascos,
desmarcou o extremo Kenji Gorré, e este finalizou sem imposição do guarda-redes
açoriano. Ainda assim, o vídeo-arbitro esteve, novamente, em destaque e deu sinal
verde, para a oficialização do golo dos insulares, por 16 centímetros aquém do fora-de-jogo.
Para a segunda metade do duelo insular, o Nacional parece ter vindo motivado
do balneário e criou sempre mais perigo que o Santa Clara. Mesmo com as várias
alterações na formação madeirense, Luís Freire, nunca mudou a dinâmica do grupo e o
Nacional foi constantemente uma equipa competitiva a nível ofensivo. As
oportunidades foram sucedendo, e o Santa Clara, nada conseguiu fazer para combater o
ataque alvinegro, contudo contra todas as expectativas, o Santa Clara, marcou
novamente, de grande penalidade, pelos pés, do seu melhor marcador, Thiago Santana,
pondo um ponto final nas aspirações do CD Nacional, para esta partida.
A FIGURA
Goloooo
CD Nacional 0-1 CD Santa Clara
Golo de Carlos Júnior, ao minuto 23 💪#BravosAçorianos #Centenário pic.twitter.com/91qCosqqX7
— cd.santaclara (@CD_SantaClara) December 6, 2020
Carlos Júnior – O extremo brasileiro do CD Santa Clara esteve em evidência pelo
facto de ter sofrido a falta que deu aos açorianos a chance de se adiantarem no
marcador, estando em bom plano durante os primeiros 45 minutos. Na segunda parte,
despareceu um pouco do jogo apesar, mas com um golo e uma assistência (por assim
dizer), é considerado a figura do jogo.
FORA DE JOGO
Vincent Koziello assinou contrato com o CD Nacional até final da temporada.
O médio, internacional francês nos Sub-19, Sub-20 e Sub-21, chega na condição de emprestado pelo FC Colónia, passando a partir de hoje a integrar o plantel às ordens de Luís Freire. pic.twitter.com/veDhtUhh2O
— C.D. Nacional (@CDNacional) August 12, 2020
Vicent Koziello – Chegou com o rótulo de estrela, mas tem vindo a desiludir a massa adepta do CD Nacional. Neste jogo esteve, novamente, muitos furos abaixo daquilo que pode ser capaz de fazer, e demonstrativo disso mesmo, é o facto do seu treinador, Luís Freire, o ter deixado no balneário ao intervalo.
ANÁLISE TÁTICA – CD NACIONAL
Os madeirenses entraram em jogo com um 4-2-3-1, com Rúben Micael a jogar
atrás do ponta-de-lança, Riascos. O CD Nacional, privilegiou, quase sempre o jogo pela
zona central do terreno, passando a bola, muitas vezes pelos pés de Alhassen e Rúben
Micael. Riascos esteve sempre muito combativo na frente de ataque e foram várias as
vezes que conseguiu dar uma linha de passe para os companheiros. A nível defensivo, o
Nacional cometeu alguns erros, sobretudo pelas alas, onde nas laterais jogou com dois
laterais-direitos de raiz.
Para a segunda-parte, o treinador Luís Freire, fez entrar o avançado, Róchez e
tirou o desinspirado, Koziello, possibilitando à equipa entrar com outro aval ofensivo.
As substituições sucederam – se e o Nacional, foi ganhado mais qualidade do ponto de
vista, ofensivo. Mas, os erros defensivos, superaram os acertos ofensivos e através de
um penalti (duvidoso), o Nacional, perdeu a esperança em chegar pelo menos à divisão
de pontos.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Daniel Guimarães (6)
Lucas Kal (5)
Pedrão (6)
Alhassen (5)
J. Camacho (C) (6)
Koziello (4)
Gorré (6)
Rúben Micael (5)
João Vigário (5)
Rouai (4)
Riascos (6)
SUBS UTILIZADOS
Bryan Róchez (5)
J. Victor (5)
N. Borges (4)
G. Bobal (4)
V. Danilovic (-)
ANÁLISE – CD SANTA CLARA
No seu habitual 4-3-3 o CD Santa Clara, jogou muito na velocidade e
consistência do seu lateral esquerdo, João Lucas e consequentemente, do homem que
jogou à sua frente, Carlos Jr, do qual nasceram os dois golos dos açorianos na primeira
parte. Contudo, também pelos pés de Costinha e Rashid, passarão muitas vezes o jogo
do Santa Clara.
Na segunda parte do encontro, o que se viu foi um Santa Clara, uni e
exclusivamente a defender o resultado, que os beneficiava, ainda que aos 67´minutos,
Daniel Ramos, tenha feito entrar, Jean Patrick, demonstrado interesse em contrariar as
nossas palavras.
Com uma boa organização defensiva, o Santa Clara jogou no erro do adversário
e foi assim, que aos 86´minutos, chegou ao 3-1, final, por intermédio de Thiago
Santana.
11 INICIAL E POTNUAÇÕES
Marco (7)
Ramos (5)
M. Villanueva (5)
F. Cardoso (5)
Rashid (6)
Carlos JR (8)
Thiago Santana (7)
J. Lucas (6)
Ukra (4)
Romão (5)
Costinha (5)
SUBS UTILIZADOS
J. Patrick (4)
D. Salomão (-)
J. Afonso (-)
Lincoln (-)
G. Vieira (-)
BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
CD Nacional
Não foram colocadas questões ao técnico do CD Nacional, Luís Freire.
CD Santa Clara
Não foram colocadas questões ao técnico do CD Santa Clara, Daniel Ramos.
Rescaldo com opinião de Rodolfo Abreu