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Académica OAF 2-1 Académico de Viseu FC: À lei de Bruno Teles

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A CRÓNICA: A CONSISTÊNCIA E A INSISTÊNCIA BATERAM DE FRENTE

No centro está a virtude, restava saber se em Coimbra ou em Viseu. Dérbi é dérbi e é para vencer sejam quais forem as circunstâncias e elas eram bem distintas. O Académico de Viseu FC precisa com urgência de pontos para fugir aos últimos lugares da Segunda Liga, a Académica OAF precisa dos mesmos pontos com a mesma urgência, mas para não deixar fugir o comboio da subida.

A consistência e a insistência foi o binómio que imperou no jogo. O Académico resguardou-se no seu meio-campo e foi aguentando. Por sua vez, a Académica, com paciência tentava descobrir e, mais do que isso, criar os espaços necessários para penetrar no bloco contrário. Aqui e ali foi conseguindo. As dinâmicas criadas no meio-campo conseguiram atrair os viriatos para a zona central o que criou espaço para jogarem por fora. Foi assim que o domínio se foi acentuando.

Na primeira parte, foram dados alguns sinais de que o golo podia estar perto. Zimbabwe e Bouldini deram o mote em cada uma das balizas. Ambas as situações ocorreram em lances de bola parada. O nulo continuava ao intervalo.

Decorridos poucos minutos na segunda parte e a Académica chegou-se à frente no marcador. Numa jogada de transição, e nem foram assim tantos os lances deste tipo que os estudantes tiveram, Bouldini foi derrubado na área. Bruno Teles assumiu a conversão da grande penalidade e adiantou a Briosa no marcador.

A vantagem esfumou-se dez minutos depois. O Académico de Viseu assumiu o jogo durante esse tempo, ao contrário do que se tinha visto. Felino, Ayongo aproveitou um lance de insistência para marcar o golo do empate. O ganês já tinha marcado por duas vezes à Académica em jogo a contar para a Taça de Portugal.

Voltou tudo à estaca zero. O resultado estava novamente igualado e a Académica voltou a gerir a bola a seu belo prazer e o domínio dos estudantes voltou a fazer-se sentir, através de uma sucessão de boas oportunidades.

Lutava-se muito nesta fase, mas, aos 74 minutos, Joel abusou ao aplicar um golpe de artes marciais em Bruno Teles. Prontamente foi admoestado com o cartão vermelho direto.

Rui Borges, treinador da Académica, ganhou muito com os homens que lançou do banco. Com isso, nem a entrada duríssima que sofreu, impediu Bruno Teles de fazer o segundo golo num belo remate fora de área e selar o 2-1 já bem perto do final.

Em clima de dérbi, o jogo terminou quezilento. A Académica somou os três pontos e não fez pior que os seus adversários diretos que já jogaram nesta jornada. O Académico de Viseu continua sem conseguir dar um salto que o afaste dos lugares do fundo da tabela.

 

A FIGURA

Bruno Teles – regressou hoje à posição de defesa-esquerdo. Embora seja um jogador do setor mais recuado, nem isso o impediu de marcar dois golos neste jogo e decidir a favor da sua equipa.

 

O FORA DE JOGO

Joel Monteiro – foi lançado no jogo para o lugar de Luisinho. Certamente, o treinador do Académico, Pedro Duarte, queria dar maior pendor defensivo ao seu lado esquerdo, mesmo lançando-o para extremo. Acontece que, a sua expulsão meteu a equipa em trabalhos reforçados.

 

ANÁLISE TÁTICA – ACADÉMICA OAF

Para este jogo, Rui Borges voltou a poder contar com Bouldini, o melhor marcador do campeonato. Se para a frente o problema estava resolvido, no setor mais recuado a situação foi bem diferente. Entre os castigos e lesões, a defesa da Académica tem sofrido bastantes alterações nos últimos tempos. Por isso, existia expectativa para perceber como é que o técnico da Académica ia montar a sua linha de quatro mais atrasada. Fê-lo com Mike, à direita, Bruno Teles, à esquerda, e Rafael Vieira e Silvério ao centro. A partir daí, as dinâmicas alternavam conforme aquilo que o jogo pedia.

No momento de organização ofensiva, a equipa estruturou-se num 4-2-3-1. Ricardo Dias e Guima ocuparam a posição de médios mais recuados, enquanto que Chaby funcionou como o criativo da zona central, procurando o espaço entre linhas, onde só um jogador com a sua qualidade para jogar em espaços curtos poderia marcar a diferença. Se, por um lado, Ricardo Dias não abandonou quase nunca a zona em frente à defesa, Guima teve mais liberdade para se movimentar, principalmente para criar situações de terceiro homem junto ao corredor esquerdo, sendo que habitualmente o faz pelo corredor direito. Na frente, Traquina e João Mário, como extremos, e Bouldini, como ponta de lança, encarregaram-se de causar o pânico.

Quando se via ficar sem a bola, a equipa apostava numa pressão alta bem definida pelo homem mais adiantado. Quando essa pressão não sortia efeito, não tinha problemas em organizar-se em 4-4-2 (Chaby juntava-se a Bouldini). No momento em que recuperava a bola, a equipa tinha como primeira referência o avançado marroquino.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Mika (6)

Mike (5)

Rafael Vieira (5)

Silvério (5)

Bruno Teles (7)

Ricardo Dias (5)

Guima (5)

Chaby (5)

Traquina (5)

João Mário (6)

Bouldini (5)

SUBS UTILIZADOS

Leandro Sanca (6)

Mayambela (6)

Fabinho (-)

Dani Costa (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – ACADÉMICO DE VISEU FC

O Académico de Viseu apresentou-se num 4-2-3-1. Destaque particular para as características do meio-campo. O posicionamento dos três homens que o constituíram era semelhante ao da Académica. No entanto, as características dos seus jogadores eram distintas. Zimbabwe, Paná e Fernando Ferreira são jogadores bastante aguerridos e mesmo este último, jogando mais à frente dos outros dois, não perde o sentido de combatividade. No momento defensivo, a equipa recorreu ao 4-4-2 adiantando Fernando Ferreira para junto de Ayongo.

A equipa não conseguiu ter clarividência para aguentar muito tempo a bola na sua posse, pelo que privilegiou a organização defensiva. Quando recuperava a bola, apostou em saídas rápidas e até colocava bastante gente nesse processo.

Nos poucos momentos em que tinha o esférico, o Académico optou por permutar Fernando Ferreira com Paná ou Zimbabwe para tentar acrescentar critério ao seu jogo.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Ricardo Fernandes (6)

Tiago Mesquita (5)

Pica (5)

Félix Mathaus (5)

Jorge Miguel (5)

Zimbabwe (6)

Paná (6)

Fernando Ferreira (5)

Luisinho (5)

João Vasco (5)

Paul Ayongo (6)

SUBS UTILIZADOS

Yuri Araújo (6)

Joel Monteiro (-)

Anthony Carter (-)

André Carvalhas (-)

 

 

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

Académica OAF

BnR:  A estratégia que tinha para o jogo passava por atrair dentro e jogar fora?

Rui Borges: Tínhamos identificado os espaços no 4-4-2 adversário. Precisávamos de encontrar alguns espaços para libertar outros. A malta estava claramente identificada. Tínhamos que ser simples a jogar no espaço interior. Aí precisávamos de um jogador como o Chaby que nos dá isso. Fomos muitos dinâmicos sem mudar a nossa ideia de jogo. Os nossos centrais tinham que jogar simples para não nos expormos, pois uma perda de bola podia ser muito perigosa. Faltou-nos mais finalização. Tínhamos que rematar mais fora da área.

Académico de Viseu FC

BnR: Que ajuste fez ao intervalo para a equipa melhorar?

Pedro Duarte:  Essencialmente, ajustámos ao nível da agressividade. A equipa estava bem organizada defensivamente, mas precisávamos de condicionar mais a Académica. Depois, faltava o passe seguinte a recuperarmos a bola e que ia determinar se a íamos conseguir manter ou não. Na segunda parte, já conseguimos jogar mais no meio-campo da Académica, mas não levámos o ponto que eu acho que merecíamos.

 

Francisco Grácio Martins
Francisco Grácio Martinshttp://www.bolanarede.pt
Em criança, recreava-se com a bola nos pés. Hoje, escreve sobre quem realmente faz magia com ela. Detém um incessante gosto por ouvir os protagonistas e uma grande curiosidade pelas histórias que contam. É licenciado em Jornalismo e Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e frequenta o Mestrado em Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social.

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