E-Prix de Berlim #1: Di Grassi vence corrida frenética e deixa “água na boca”

A CORRIDA: PRÉ-FINAL EM BERLIM REDUZ LISTA DE CANDIDATOS DE 18 PARA “APENAS” 14

Tempo de decisões na Fórmula E e Di Grassi em destaque. À entrada para o último fim de semana da sétima temporada da modalidade, um total de 18 pilotos tinham ainda possibilidades matemáticas de assegurar o título de campeão, uma situação possivelmente inédita nos últimos anos do desporto motorizado.

“Pole” para Jean-Éric Vergne e segundo lugar para o português António Félix da Costa, numa sessão de qualificação absolutamente perfeita para a DS Techeetah.

Boa partida para os dois carros dourados, com Mitch Evans (Jaguar) a ganhar um lugar a Sébastien Buemi (Nissan) e o candidato ao título Sam Bird (Jaguar) a ganhar duas posições, apesar de um meio peão durante a primeira volta.

À passagem dos sete minutos de corrida, e com as posições relativamente estáveis, André Lotterer (Porsche) é o primeiro a activar o “Attack Mode”, com o seu colega de equipa Pascal Wehrlein a seguir o exemplo duas voltas depois.

Nesta altura, os dois Nissans de Buemi e Oliver Rowland, a rodar em formação, activam também os seus aumentos de potência e Wehrlein tenta uma manobra oportunista sobre Rowland que resulta num pneu furado para o piloto alemão da Porsche.

Ainda na mesma volta, Bird abandona com problemas no seu monolugar à saída da última curva (possivelmente causados pelo toque sofrido na primeira volta) e o incidente resulta num período de Safety Car.

Com a corrida neutralizada, o top 3 era então composto por Vergne, Félix da Costa e Lucas Di Grassi (Audi), e os dois DS Techeetah viam-se na liderança provisória do campeonato, o português à frente do francês por um ponto apenas.

Reinício de corrida com 28 minutos restantes e Rowland, ainda com o seu “Attack Mode” activado, de imediato a tentar ganhar mais uma posição desta feita a Jake Dennis (BMW), mas sem sucesso.

O piloto em evidência, neste momento, era mesmo René Rast (Audi), que com o uso do “Attack Mode” subia de 10º para 3º no espaço de três voltas.

Entretanto, mudança na frente com Félix da Costa a passar para a dianteira por troca com Vergne, que parecia ter problemas neste momento.

A liderança lusa duraria pouco tempo, no entanto, com os dois Audi a ultrapassarem os dois DS Techeetah que entravam num período de “queda livre”.

Da liderança Audi passávamos para a liderança Venturi, quando Edoardo Mortara e Norman Nato aproveitam a descida do Audi de Di Grassi à zona de “Attack Mode” para se colocarem nas primeiras duas posições do E-Prix.

Corrida absolutamente frenética neste momento, não atenuada pela descida às boxes por parte de Nyck de Vries (Mercedes), o líder do campeonato à partida, que caía para penúltimo.

Com menos de um terço da corrida por disputar, os DS Techeetah eram agora 6º e 7º, atrás dos pilotos “em ataque” Dennis e Evans, os dois Venturi de Nato e Mortara, e do líder Di Grassi, que também em modo de ataque havia ultrapassado os dois Venturi de forma autoritária para se colocar na primeira posição.

Até final, luta muito animada pelo último lugar do pódio, com Evans a liderar um grupo composto também por Nato, Dennis e Vergne.

Seguia-se o grupo de Félix da Costa, Maxi Günther (BMW) e Rast, que, resultado da batalha à sua frente, conseguiriam aproximar-se à entrada das últimas duas voltas para formar um grupo de sete pilotos.

Na frente, Mortara tentava tudo para roubar a vitória a Di Grassi na última volta, mas o brasileiro defendia de forma brilhante para assegurar o lugar cimeiro do pódio no “sprint” para a linha da meta.

Após uma corrida entusiasmante que deixa água na boca para a “finalíssima” de domingo, contas feitas: de Vries continua líder com 95 pontos, mas sob intensa pressão de nada menos que seis outros pilotos, todos a menos de 10 pontos do holandês.

Nos construtores, situação semelhante, com 14 pontos apenas a separar os líderes Jaguar e a BMW no 6º lugar. Tudo em aberto, por isso, para o último E-Prix da época, que será disputado amanhã no mesmo local, pelas 14:30 de Portugal continental.

Carlos Eduardo Lopes
Carlos Eduardo Lopeshttp://www.bolanarede.pt
Concluída a licenciatura em Comunicação Social, o Carlos mudou-se para Londres em 2013, onde reside e trabalha desde então. Com um pai ex-piloto de ralis e um irmão no campeonato nacional de karts, o rumo profissional do Carlos foi também ele desaguar nas "águas rápidas" da Formula One Management, onde trabalhou cinco anos. Hoje é designer numa empresa de videojogos, mas ainda não consegue perder uma corrida (seja em quatro ou duas rodas).

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