Villarreal 1-3 Valencia: Demonstração de força com um herói improvável

la liga espanha

Grande triunfo do Valência no derby com o Villarreal. A equipa de Nuno Espírito Santo, com André Gomes em evidência no meio-campo, venceu por 3-1, mas o jogo esteve longe de ser fácil. O “submarino amarelo” deu bastante luta e só quando Mustafi fez o 2-0 é que a equipa da casa deixou de criar perigo para a baliza de Diego Alves. O central alemão tornar-se-ia a grande figura do encontro, bisando na partida e colocando o Valência no segundo lugar do campeonato.

Sem Dani Parejo, Nuno Espírito Santo montou a equipa num 4-4-2, com André Gomes e Javi Fuego no meio-campo e Rodrigo no apoio a Paco Alcácer. O jogo não podia ter começado melhor para o Valência, que beneficiou de um auto-golo de Manu Trigueros. Em vantagem, o emblema che colocou-se na expectativa, entregando a iniciativa de jogo ao Villarreal. Com Cheryshev em destaque no flanco esquerdo, o conjunto da casa conseguiu incomodar a defensiva adversária, embora sem criar grandes ocasiões de golo. O Valência manteve a postura até ao intervalo, sempre com o jogo controlado (Diego Alves só fez uma defesa, a remate de Cheryshev) mas sem chegar perto da área de Asenjo.

Na segunda parte, o Villarreal entrou forte e esteve perto de marcar, com Diego Alves novamente em grande. Aos 64’, sem o justificar, o Valência fez o 2-0, com Mustafi a corresponder a um cruzamento de Piatti. A equipa da casa acusou imenso o golo e deixou de acreditar num resultado positivo, o que permitiu à turma de Nuno dominar por completo a partida. Em novo lance de bola parada, Mustafi voltou a marcar e sentenciou definitivamente a partida, apesar de Trigueros ainda ter reduzido para o Villarreal.

Mustafi foi a figura do jogo Fonte: Valenciafc.com
Mustafi foi a figura do jogo
Fonte: Valenciafc.com

Apesar de não ter sido deslumbrante, o Valência fez uma exibição muito interessante do ponto de vista colectivo. A equipa mostrou muita inteligência na gestão do encontro e foi tremendamente eficaz na finalização. A dupla Otamendi-Mustafi está cada vez mais rotinada e no meio-campo Javi Fuego e André Gomes (mais recuado do que é habitual) estiveram muito eficazes nas tarefas de pressão e recuperação. É de salientar a evolução do português em termos defensivos; agressivo, a usar o físico para roubar bolas e muito inteligente na ocupação de espaços. Os alas tiveram também um papel fundamental no triunfo, sobretudo Feghouli, que tem um sentido colectivo e uma disciplina táctica notáveis. Estranhamente, não tem sido assim tão utilizado por Nuno. Destaque ainda para Rodrigo, que revelou a qualidade do costume a jogar entre linhas.

O Villarreal podia ter conseguido outro resultado, mas a derrota não apaga o que de bom tem sido feito até aqui. A infelicidade de Manu Trigueros acabou por dificultar a tarefa da equipa de Marcelino Toral, técnico que colocou o “submarino amarelo” a praticar um futebol muito interessante. Musacchio foi uma baixa de peso na defesa, que se ressentiu da ausência do central argentino. Cani lesionou-se no aquecimento e forçou a entrada de Moi Gómez, que também foi uma nulidade. Trigueros ainda mostrou qualidade na primeira parte, mas o grande destaque foi Cheryshev. O extremo emprestado pelo Real Madrid foi um quebra-cabeças para Barragán e foi claramente o elemento mais perigoso do Villarreal. Giovani e Uche estiveram muito activos no ataque, mas faltou outra clarividência na definição dos lances. Vietto, grande promessa argentina, não conseguiu agitar o encontro vindo do banco.

A figura:

Shkodran Mustafi – exibição imperial do central contratado à Sampdoria. A actuar ao lado de Otamendi, que também esteve impecável, o internacional alemão de 22 anos esteve praticamente perfeito, demonstrando uma excelente leitura de jogo e um óptimo timing de corte. Como se não bastasse, ainda fez a diferença em termos ofensivos, marcando dois golos na sequência de lances de bola parada.

O fora-de-jogo:

Moi Gómez – o extremo direito foi o elemento mais apagado do ataque do Villarreal. A lesão de Cani no aquecimento forçou Marcelino Toral a dar a titularidade ao jovem de 20 anos (boa revelação desta temporada), mas a verdade é que Moi não esteve à altura.

Tomás da Cunha
Tomás da Cunha
Para o Tomás, o futebol é sem dúvida a coisa mais importante das menos importantes. Não se fica pelas "Big 5" europeias e tem muito interesse no futebol jovem.                                                                                                                                                 O Tomás não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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