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Viseu 2001 2-3 SL Benfica: Encarnados suam para passar na Beira Alta

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A CRÓNICA: ENCARNADOS SÓ À TERCEIRA DESCANSARAM

Este era um jogo para a Taça de Portugal de Futsal e as duas equipas entraram conscientes de que só uma poderia seguir, dando tudo para vencer.

O SL Benfica começou muito pressionante e a criar perigo desde cedo. Aos três minutos, Tayebi rematou, defesa de Thiago, na recarga Nilson atirou ao poste e a bola saiu para fora. À medida que os minutos passavam, o Viseu 2001 ia conseguindo sair em transições rápidas, face a alguns maus passes dos encarnados.

Já as águias não conseguiam ser eficazes no ataque. Um exemplo disso foi o remate de Rocha que, completamente isolado, atirou para fora. Contudo, a sorte mudou aos sete minutos. Bela jogada coletiva do Benfica, com a bola a chegar a Bruno Cintra, que na grande área assistiu Rocha e o pivot brasileiro junto ao poste esquerdo atirou para o primeiro da partida.

O golo encarnado espicaçou os viseenses e, no minuto seguinte, Peixoto arrancou e só parou frente ao guarda-redes André Sousa, porém atirou para fora. Este lance era o aviso para o que iria acontecer a seguir. Perda de bola do Benfica a meio campo, com André Sousa adiantado. Ture arrecadou o esférico e não atirou diretamente para a baliza deserta dos encarnados.

O Benfica reagiu e esteve várias vezes perto de voltar à vantagem. Destaque para o lance em que Henmi atirou para defesa de Thiago para canto. Na sequência da cobrança da bola parada, Romulo atirou à trave. Os visitantes conseguiriam finalmente voltar à vantagem no marcador já perto do intervalo. A três minutos do final da primeira parte, à entrada da grande área, Bruno Cintra atirou cruzado desde a direita para o fundo da baliza adversária.

Bruno Cintra deu vantagem na 1.ª parte aos encarnados, na altura o 1-2

O início do segundo tempo ficou marcado por uma diminuição de ritmo de jogo, consentido principalmente pelos encarnados. O Viseu 2001 teve alguns minutos com mais posse e em ataque organizado, mas sem parecer confortável nesta forma de jogar.

Mesmo mais sossegadas, as águias continuavam a construir oportunidades de golo. Chishkala e Jacaré viram os seus remates parados pelo concentrado Thiago. Quando não era o guarda redes do Viseu 2001 a resolver, era a defesa, que o diga Chishkala que, depois de contornar Thiago, viu o seu remate parado antes que passasse a linha de baliza.

Enquanto o Benfica não alargava a vantagem, a equipa da casa não desistia de chegar ao empate novamente e foi o que conseguiu. Perda de bola no ataque encarnado, a bola passou por entre vários jogadores das águias e foi parar a Douglas, que só com André Sousa pela frente, atirou para o 2-2 a nove minutos do fim do segundo tempo.

De novo o empate, de novo o sufoco encarnado. Nesta altura, os jogadores do Viseu celebravam cada corte, como se de um golo se tratasse. Até que a seis do final, Jacaré entrou na grande área, tentou arranjar espaço, mas o guarda-redes do Viseu 2001 adiantou-se para perturbar a sua ação. Ao perceber que não teria oportunidade para finalizar, o brasileiro atrasou a bola para Afonso Jesus, que de meia distância, vendo o guardião viseense no chão em desequilíbrio, rematou cruzado para nova vantagem encarnada.

O Benfica ainda teve várias oportunidades para alargar a vantagem, mas o Viseu 2001 também poderia ter chegado à igualdade por Kiko e Ture, cujos remates não tiveram a melhor direção. De realçar que os encarnados chegaram à quinta falta a dois minutos do final.

Vitória justa para os encarnados, mas os viseenses deixaram uma boa imagem e boas perspetivas para os jogos do Campeonato.

 

A FIGURA

Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

Afonso Jesus – Esteve sempre envolvido na manobra ofensiva da equipa e esteve seguro no capítulo do passe. No momento decisivo para rematar, não tremeu e fez o golo decisivo para a passagem do Benfica aos Quartos de Final da Taça de Portugal.

O FORA DE JOGO

Kiko – Capitão do Viseu 2001 e foi o elemento menos eficaz a nível defensivo, nomeadamente na pressão ao portador da bola e no 1×1. Na segunda parte, melhorou, mas, no final da partida, teve nos pés a oportunidade para levar o jogo para prolongamento e completamente isolado, só com André Sousa na baliza, atirou para fora.

 

ANÁLISE TÁTICA – VISEU 2001

Paulo Fernandes apostou face à diferença de poderios, numa defesa mais compacta, para não dar espaço aos homens encarnados junto à grande área da equipa da casa. No ataque, os jogadores tentaram aproveitar o adiantamento do guarda-redes André Sousa e erros na circulação de bolas pelas águias para criar perigo.

Em desvantagem, no final da partida, o treinador apostou em Kiko para guarda-redes avançado, mas sem efeitos práticos. Não conseguiram forçar os encarnados a fazer a sexta falta, no final da partida.

5 INICIAL E PONTUAÇÕES

Thiago (7)

Kiko (5)

Douglas (7)

Rafa Stocker (6)

Dudu (6)

SUBS UTILIZADOS

Mamadu Ture (7)

Pedro Peixoto (6)

Lukinhas (6)

Daniel Ramos (5)

 

ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

José Maria Pazos, “Pulpis” no Futsal, tentou replicar o que o Benfica faz nos outros jogos: controlo e circulação da bola para asfixiar o adversário e estar mais próximo do golo. André Sousa permitia imprimir uma dinâmica de 5×4. Contudo, esta estratégia não beneficiou o Benfica devido às perdas de bola a nível defensivo.

As águias foram mais faltosas do que os viseenses ao longo de todo o jogo. Na segunda parte, chegaram à quinta falta a 2 minutos do fim, mas conseguiram evitar fazer a sexta, que dava aos adversários uma bola parada para igualar a partida.

5 INICIAL E PONTUAÇÕES

André Sousa (6)

Nilson (6)

Robinho (7)

Chishkala (6)

Tayebi (6)

SUBS UTILIZADOS

Rómulo (6)

Afonso Jesus (7)

Rafael Henmi (6)

Bruno Cintra (7)

Rocha (7)

 

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

Viseu 2001

BnR: O Viseu 2001 acaba eliminado da Taça, mas complicou a vida ao Benfica. Como viu a exibição da sua equipa?

Paulo Fernandes: Nós sabíamos que ia ser um jogo tremendamente difícil para nós, mas como disse na antevisão, também iria ser difícil para o Benfica. De certeza absoluta que o Benfica saiu daqui a transpirar bastante depois desta eliminatória. Claro que, quando uma equipa como o Benfica, com a experiência que tem, se coloca a ganhar, faz com que retenha a bola, obriga a um desgaste maior do Viseu.

O Benfica podia ser superior em tudo, na qualidade dos seus intervenientes, na qualidade coletiva que não foi uma diferença assim tão grande, mas havia uma coisa em que o Viseu não ia perder, era na vontade, ambição e dedicação que ia pôr no jogo. Isso ficou aqui demostrado e agora a pensar no próximo jogo, na quarta feira [frente ao Braga, para o Campeonato]. Como se costuma dizer, não há vitórias morais, mas saio daqui orgulhoso dos meus atletas e da forma como dignificaram o emblema que transportam.

BnR: No início do jogo, a estratégia passava mais por não sofrer golos do que tentar chegar à baliza adversária?

Paulo Fernandes: Nós teríamos que andar sempre atrás do prejuízo, mas o que aconteceu é que as grandes oportunidades até ao primeiro golo do Benfica foram do Viseu. De qualquer forma, o resultado ao intervalo espelha aquilo que se passou em campo e acho que estivemos muito bem. Os jogadores foram íntegros a cumprir o plano de jogo.

SL Benfica

BnR: O Benfica passa aos Quartos de Final da Taça, com uma vitória pela margem mínima. Que balanço faz do jogo?

André Sousa: Um jogo muito difícil. O Viseu é sempre uma equipa muito competitiva, organizada, com jogadores muito habilidosos que sabem o que fazem tática e tecnicamente. Ainda por cima na casa deles, um pavilhão lotado, pelo menos quem estava no campo, ficava com essa ideia. Bom ambiente, festa da Taça que era o que se queria. Da nossa parte, queríamos evitar surpresas, foi o que acabámos por conseguir fazer e estamos contentes com a vitória.

BnR: O André é um guarda-redes que dá a possibilidade ao Benfica de jogar em 5×4. Hoje foi mais complicado exercer essa função perante a pressão do Viseu 2001?

André Sousa: Sim, o Viseu acaba por ser uma equipa que pressiona muito e bem. Acaba por não dar tanto espaço para fazer o 5×4, em alguns momentos em que o queremos aplicar. Mérito do Viseu, mas criámos muitas oportunidades que, em condições normais, não falhávamos. Felizmente deu para ganhar e passar à Final 8 da Taça de Portugal.

Artigo revisto por Joana Mendes

Pedro Filipe Silva
Pedro Filipe Silvahttp://www.bolanarede.pt
Curioso em múltiplas áreas, o desporto não podia escapar do seu campo de interesses. O seu desporto favorito é o futebol, mas desde miúdo, passava as tardes de domingo a ver jogos de basquetebol, andebol, futsal e hóquei nacionais.

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