Leicester City FC 1-1 AS Roma: Mourinho empata e adia a decisão para o Estádio Olímpico

A CRÓNICA: DOIS RELÂMPAGOS DE PELLEGRINI E LOOKMAN ILUMINAM A PRIMEIRA MÃO DAS MEIAS FINAIS

Esperava-se um jogo altamente competitivo no King Power Stadium, entre o Leicester City FC e a AS Roma de José Mourinho, num jogo a contar para a primeira mão das meias finais da Liga Conferência. E as expectativas não foram defraudadas.

Ambas as equipas apostaram muito neste jogo. No entanto, após os 90 minutos, em muitos momentos muito intensos, o desfecho final foi o empate a uma bola, que assim mantém em aberto as esperanças dos dois adversários em carimbar o passaporte para a final.

O Leicester City FC entrou afirmativo no jogo, atacando logo a profundidade e pressionando alto, como era previsível. O arranque intenso dos ingleses fez com que conquistassem logo três cantos seguidos, num dos quais, Maddison cabeceou perigosamente para a baliza de Rui Patrício.

Os primeiros 10 minutos foram de completo domínio do Leicester City FC, com a AS Roma mais recuada, a fazer, essencialmente, um bom trabalho de contenção e apostando na paciência.

Na passagem do quarto de hora, chegou inesperadamente o golo inaugural da AS Roma: Zalewski abriu rapidamente pela esquerda, onde encontrou Pellegrini na área que, de pé esquerdo, rematou certeiro e assinou o 1-0.

Aos 20 minutos, o Leicester City FC já realizava a sua primeira substituição na defesa, mais por escolha tática do que por exigência: entrada de Justin por Castagne, numa tentativa de dar maior apoio à fase ofensiva dos ingleses.

Até ao final do primeiro tempo, os foxes tentaram repetidamente criar perigo nos últimos 20 metros do campo romano, mas a equipa de Mourinho conseguiu conter os assaltos e cobrir eficazmente os espaços, sobretudo recuando Pellegrini e Cristante até à linha defensiva.

A segunda parte parecia querer ir pela toada da primeira e, de facto, o Leicester City FC tentou rapidamente invadir a grande área italiana à procura do empate.

Rodgers tentou baralhar as cartas inserindo em campo o jovem Iheanacho, no lugar de Vardy, e Barnes a substituir um apagado Albrighton.

O desejado golo dos foxes chegou aos 67 minutos: Burnes picou a bola para a grande área, onde encontrou Lookman que, à boca da baliza, rematou para um desvio de Mancini, que faz autogolo.

O jogo continuava bem vivo e animado até a meia-hora final, com os ingleses mais objetivos, com Maddison e Lookman nas laterais e com uma relevante posse de bola que forçava os giallorossi a exercer uma pressão constante e a conter as incursões britânicas.

Nos últimos 10 minutos, a equipa de Mourinho até tentou assustar a defesa inglesa com duas oportunidades, poucos acertadas, por Sérgio Oliveira e Karsdorp, ambos destinatários de passes certeiros de Abraham.

Os ritmos baixaram visivelmente na parte final da partida, com as duas equipas mais atentas em levar para casa o empate, sem arriscar mais do que era suposto.

Terminou assim com um 1-1, e o apuramento para a final será decidido de hoje a uma semana, no estádio Olímpico de Roma.

 

A FIGURA

Lorenzo Pellegrini – O capitão da Roma esteve sempre presente no momento e no sítio certo do campo. Sem dúvida, um dos melhores da partida, onde se sacrificou muito, tanto no apoio à defesa, em eixo com Cristante, tentando fechar os corredores centrais, como também no ataque. Foi seu o golo que manteve vivas as esperanças da AS Roma de se apurar para a final, num jogo muito exigente, tanto em termos táticos, como de concentração. Menção de honra para Maddison, que foi um dos melhores da equipa inglesa, sempre objetivo e perigoso.

 

O FORA DE JOGO

Tammy Abraham – Tirando as duas boas iniciativas finais que culminaram em assistências para incursões de Sérgio Oliveira e de Karsdorp na área adversária, o atacante romano passou hoje completamente ao lado do jogo. A culpa foi mais da pressão constante do Leicester City FC, sobretudo no meio campo, que não lhe deu grande hipótese de ter espaço e forma para atacar a profundidade. De facto, a AS Roma chegou poucas vezes à baliza de Schmeichel. Contudo, num jogo tão importante, era esperada uma atitude mais contundente, pelo menos na recuperação de bola. A partida exigiu grande sacrifício na fase de cobertura defensiva, mas isto não justifica a partida desastrada que disputou.

ANÁLISE TÁTICA – LEICESTER CITY FC

Brendan Rodgers dispôs a equipa num 4-3-3, dando as chaves do meio campo a um ótimo Maddison, um dos melhores do jogo. Correu, conduziu os contra-ataques e serviu sempre prontamente os atacantes no sítio certo, criando vários perigos a Rui Patrício. Juntamente com Dewsbury-Hall, conseguiu criar uma ótima posse de bola, forçando a AS Roma a ficar muito tempo recuada na própria área.

A defesa inglesa também mostrou solidez ao longo dos 90 minutos, com Pereira e Evans a percorrerem os corredores laterias na tentativa de conquistar cantos, que criam sempre perigo à volta da baliza romana, com Fofana e Justin a criar perigo nas alturas.

Rodgers, ao contrário de Mourinho, acertou nas substituições, colocando em campo Barnes no lugar de um apagado Albrighton, que deu maior impulso ofensivo ao meio campo inglês, e foi mesmo de uma iniciativa dele que foi criado o golo do empate, num autogolo de Mancini.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

 Schmeichel (6)

Pereira (6)

Evans (6)

Fofana (6)

Castagne (-)

Tielemans (6)

Maddison (7)

Dewsbury-Hall (7)

Lookman (7)

Albrighton (5)

Vardy (6)

SUBS UTILIZADOS

Justin (6)

Iheanacho (6)

Barnes (7)

Perez (6)

ANÁLISE TÁTICA – AS ROMA

 José Mourinho orientou a equipa para um 3-4-1-2, com Pellegrini a fazer de pêndulo entre o meio campo e a frente de ataque. O capitão da AS Roma, em combinação com Cristante, fez um grande trabalho de contenção nas transições ofensivas dos ingleses, fechando, sobretudo no primeiro tempo, os corredores centrais da AS Roma. Bom jogo também de Zalewski, que assistiu para o golo de Pellegrini e que também teve que se sacrificar no corredor esquerdo, recuando sempre que foi necessário.

No segundo tempo, só mais uma ação monumental de Smalling impediu que a AS Roma caísse perante as tentativas de um inspirado Maddison, distribuidor de muitas bolas venenosas. Pelo contrário, Ibañez não foi assim tão isento de erro, uma vez que várias vezes perdeu o homem dentro da grande área, sobretudo em situações de cantos.

Cinzentas foram as exibições de Zaniolo e Abraham, que hoje não conseguiram o destaque habitual, sobretudo devido à pressão constante da equipa adversária. Não foram os seus melhores jogos, mas, certamente, de hoje a uma semana terão hipótese de demostrar todo o seu valor.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Rui Patrício (6)

Mancini (6)

 Smalling (7)

Ibanez (5)

 Karsdorp (6)

Mkhitaryan (6)

Cristante (6)

Zalewski (6)

Pellegrini (7)

 Zaniolo (5)

Abraham (5)

SUBS UTILIZADOS

Veretout (6)

Sérgio Oliveira (6)

Felix (-)

Viña (-)

Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

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Paola Amore
Paola Amorehttp://www.bolanarede.pt
A Paola nasceu e cresceu na Itália, mas há seis anos foi “adotada” por Lisboa, onde atualmente reside. Formou-se em Comunicação e Jornalismo na Sapienza - Universitá degli Studi di Roma, e atualmente está a tirar uma Pós-Graduação na Universidade Católica Portuguesa em Comunicação e Marketing de Conteúdos. Viu a sua primeira partida de futebol com seis anos e nunca mais parou, decidindo que um dia ia tornar jornalista de desporto, sonho que concretizou aos 21 anos, quando adquiri a sua carteira profissional. Adora ouvir os jogos de futebol no rádio, sobretudo Liga Serie A e Liga Portugal, e adora visceralmente o Alessandro Del Piero. É mais fácil encontrá-la em qualquer estádio ou pavilhão - porque também gosta de vólei e futsal – que não na sua casa!

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