A CRÓNICA: “BOLA DE BERLIM” FOI SUFICENTE PARA O UNION VENCER PELA MARGEM MÍNIMA
Berlim recebeu um dos jogos mais aguardados desta jornada da Liga Europa. Com a equipa do Royale Union Saint-Gilloise em primeiro lugar do grupo, o 1. FC Union Berlin recebeu no seu terreno uma equipa do SC Braga à procura de um bom resultado na Alemanha.
Com um início de jogo algo partido, com muitas faltas de parte a parte, as oportunidades dividiram-se, no entanto, com mais perigo do lado alemão. Com uma dinâmica muito interessante por parte dos defesas laterais, coube a Becker cair muitas vezes sobre as faixas, permitindo a infiltração dos médios do conjunto alemão na defesa bracarense.
O jogo foi jogado muitas vezes a meio campo, com duelos constantes pela posse de bola entre Castro e Thorsby, cabendo a jogadores como Vitinha e Abel Ruiz criar o tal espaço que Becker criou do lado oposto. Os avançados do SC Braga estiveram muito bem na primeira parte da partida, com um espírito lutador enorme, especialmente Vitinha, a seu estilo, esteve em todos os lances de maior perigo da turma de Artur Jorge.
A segunda parte ficou marcada por um início morno de jogo, com perigo de lado a lado, até ao minuto 65, num lance infeliz de Fabiano na área do SC Braga, com o lateral brasileiro a cometer uma grande penalidade, concretizada com muita classe por Robin Knoche.
Depois disto, o SC Braga tentou, mas, infelizmente, não conseguiu trazer pontos de Berlim, com um resultado que deixa os bracarenses no terceiro lugar do Grupo D da Liga Europa, com sete pontos somados nos cinco jogos efectuados até agora, deixando o apuramento em aberto para a última jornada, onde vai enfrentar a equipa do Malmo FF.
A FIGURA

Vitinha – Gostei muito do jogo do jovem atacante português, que até está na lista do selecionador Fernando Santos para o Mundial de 2022. Combativo, batalhador, joga muitas das vezes mais com o coração do que com a cabeça, porque é assim a sua natureza. Tentou remar contra a maré, tentou ajudar a sua equipa a marcar e a desequilibrar, mas encontrou pela frente uma defesa bem organizada, compacta, que não deu metros aos jogadores bracarenses.
O FORA DE JOGO

Ricardo Horta – Logo hoje que o seu SC Braga precisava de si, mais do que nunca, o avançado português pouco esteve em jogo em Berlim. Não conseguiu impor o seu jogo, que tão bem conhecemos, com sucessivas incursões interiores, da esquerda para o meio do terreno, a pegar na bola e a fazer jogar, hoje Ricardo Horta não foi o jogador que costuma ser. Nos minutos finais apareceu, num lance de bola parada, a criar muito perigo, com um pontapé livre muito bem cobrado, mas que parou nas luvas de Ronnow. Creio que quando se anula Ricardo, não se anula a equipa do SC Braga, mas claramente que fica bem mais fragilizada sem a contribuição com camisola 21 bracarense.
ANÁLISE TÁTICA – FC UNION BERLIM
Com um ADN resiliente e combativo, a equipa de Berlim foi fiel a si mesma e apresentou, no terreno de jogo, a sua linha de três centrais habituais, apoiados por dois laterais de elevada qualidade, que apareceram muito bem no ataque da sua equipa, por diversas vezes, a incomodar tanto Sequeira como Fabiano, mas pressionando mais vezes o defesa lateral brasileiro do SC Braga. Com um meio-campo de combate, com três médios possantes e agressivos no bom sentido, falta criatividade a esta equipa no seu estilo de jogo, e também verticalidade, sendo que o único jogador que tenta oferecer este apoio é Becker, já que Siebatcheu é um avançado mais estático e não tão “virtuoso” com o neerlandês.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Ronnow (7)
Doekhi (6)
Diogo Leite (6)
Knoche (7)
Trimmel (7)
Haberer (6)
Thorsby (6)
Khedira (5)
Ryerson (6)
Siebatcheu (4)
Becker (7)
SUPLENTES UTILIZADOS
Schafer (5)
Behrens (2)
Puchacz (_)
Haraguchi (_)
ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA
Artur Jorge entrou em campo com o seu “novo” esquema tático, que tantas alegrias tem dado à cidade de Braga! Com o quarteto defensivo habitual, a equipa portuguesa apresentou-se com um dupla de meio-campo composta por Al Musrati e André Castro, com o português a ser importantíssimo para a sua equipa, pela experiência na gestão dos tempos de jogo e, principalmente, nas competições europeias, onde soma bastantes jogos disputados. Na frente de ataque juntaram-se mais uma vez Vitinha e Abel Ruiz, com Ricardo Horta e Iuri Medeiros a aparecerem-se nos dois flancos laterais do ataque, com sucessivas diagonais para o interior do terreno, permitindo que os dois avançados ocupassem as suas posições, para tentar baralhar as marcações dos alemães.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Matheus (6)
Fabiano (5)
Paulo Oliveira (6)
Tormena (6)
Sequeira (6)
Iuri Medeiros (5)
Castro (6)
Al Musrati (6)
Ricardo Horta (5)
Abel Ruiz (6)
Vitinha (7)
SUPLENTES UTILIZADOS
Rodrigo Gomes (5)
André Horta (6)
Banza (5)
Djalo (_)