Portugal 2-0 Uruguai: A marchar para os oitavos

A CRÓNICA: BRUNO FERNANDES DESATA O NÓ E PORTUGAL SEGUE PARA A FASE A ELIMINAR DO MUNDIAL DO CATAR

À entrada para este duelo, e Portugal com a memória da eliminação do último Mundial, em 2018, ambos os conjuntos procuravam a vitória, tendo vindo de resultados distintos. A seleção das quinas chegou para esta segunda jornada com uma vitória, sofrida, na primeira jornada do Grupo H frente ao Gana (3-2) e o Uruguai de um empate que levantou muitas questões perante a Coreia do Sul (0-0), do ex-selecionador nacional, Paulo Bento.

Num ambiente fantástico no estádio Lusail Iconic Stadium, palco da final, ambos os conjuntos entraram fortes, apesar das propostas diferentes. Portugal com mais bola a tentar controlar todos os momentos do jogo e o Uruguai mais na expectativa.

Portugal conseguiu impor o seu estilo de jogo na primeira parte. Posse, liberdade posicional nos homens do meio-campo, a par de Rúben Neves, face às suas funções na primeira fase de construção e uma reação à perda de bola muito bem executada, o que deu à equipa das quinas o protagonismo nas oportunidades, tendo pela frente um Uruguai que foi mais esclarecido na procura do golo, com contra-ataques e bolas paradas.

Apesar da avalanche ofensiva de Portugal, foi mesmo o Uruguai que teve a primeira grande oportunidade no jogo aos 32 minutos, depois de Bentancur, que correu o meio-campo todo, sem oposição, e só Diogo Costa conseguiu salvar a baliza das quinas. Até à saída para os balneários, as ocasiões claras de golos foram reduzidas para ambos os lados, com Portugal a ter mais posse, mas sem ser tão objetivo como os sul-americanos.

Na segunda parte, a agressividade uruguaia fez-se sentir, algo que foi constante durante toda a partida, com várias “entradas” sobre os jogadores portugueses. A prestação da equipa das quinas seria mesmo recompensada com o golo de Bruno Fernandes aos 54 minutos após um cruzamento que levou a direção da baliza, dando uma vantagem importante à seleção nacional.

O conforto no placar deu alento aos celestes que tentaram tomar conta das rédeas da partida tendo mais posse, colocando a equipa de Portugal encostada “às cordas” e desta forma, obrigando os comandados por Fernando Santos a jogarem no contra-ataque. As dificuldades começavam-se a acentuar, com o Uruguai a conseguir criar ocasiões e Portugal muito apático.

Com o passar dos minutos, e sem conseguir criar mais oportunidades, o Uruguai começou a ficar desesperado e caiu de rendimento, o que deu a Portugal uma maior capacidade de ter bola, culminando no penálti aos 90 minutos, após uma jogada individual de Bruno Fernandes, que, não desperdiçou na marca dos onze metros.

Com este resultado, Portugal garante os seis pontos no grupo H com duas vitórias assegurando a sua participação no “mata-mata” do Mundial 2022.

A FIGURA


Bruno Fernandes – O médio do Manchester United foi um autêntico todo-o-terreno. Bruno Fernandes ajudou a construir na primeira fase e apareceu no último terço, sendo sempre muito inteligente em ambos os momentos do jogo, o que resultou nos dois golos decisivos para a passagem aos oitavos de final. Após uma grande prestação no duelo anterior com duas assistências, volta a ser preponderante no resultado final.

O FORA DE JOGO

Darwin Núñez O avançado do Liverpool não esteve em bom plano. Não conseguiu explorar as costas da defesa de Portugal e perdeu todos os duelos individuais com o central português, Pepe.

 

ANÁLISE TÁTICA- PORTUGAL

O treinador das quinas, Fernando Santos, voltou a apostar num 4x4x2 losango com apenas duas alterações face ao encontro com o Gana, com a entrada de William no lugar do lesionado, Otávio e Nuno Mendes por Raphael Guerreiro.

Ao nível ofensivo, a mobilidade foi o “prato” principal, principalmente entre Bernardo Silva, Bruno Fernandes e William, que tiveram um papel essencial nas variações de flanco, visando desmontar a linha, bem montada, de cinco defesas dos uruguaios. O jogo entre linhas também foi um pilar essencial na presença ofensiva de Portugal, com destaque para a dupla de ataque, João Felix e Cristiano Ronaldo.

Já defensivamente, Portugal perfilava-se num 4x3x3 com João Félix e Bruno Fernandes abertos em ambas as alas, algo que aconteceu raramente, tendo em conta que a seleção das quinas teve a maioria do jogo a posse de bola.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Diogo Costa (7)

Cancelo (6)

Rúben Dias (6)

Pepe (7)

Nuno Mendes (5)

Rúben Neves (6)

Bernardo Silva (7)

Bruno Fernandes (8)

William (6)

João Félix (7)

Cristiano Ronaldo (6)

SUBS UTILIZADOS

Raphael Guerreiro (6)

Rafael Leão (5)

João Palhinha (-)

Gonçalo Ramos (-)

ANÁLISE TÁTICA – URUGUAI

Os comandados de Diego Alonso entraram para esta partida contra a armada portuguesa num 5x3x2, alterando o seu esquema tendo em conta o jogo anterior com a Coreia do Sul que se perfilaram num 4x1x4x1 com a entrada de Coates para o centro defensivo pelo extremo Pellistri e Edison Cavani por Luis Suárez.

Ofensivamente os celestes compunham-se num 3x5x2 com uma aposta clara no jogo longo, como já habitual, tendo sempre como objetivo explorar a profundidade dada pelos centrais de Portugal. Ao nível defensivo a importância das alas, Oliveira e Varela, era evidente como forma de ajudar na marcação dos dois laterais de Portugal, Nuno Mendes e João Cancelo, que têm como características as constantes subidas.

Ao nível defensivo, a aposta na linha de cinco defesas teve um objetivo bastante claro perante o estilo de jogo de Portugal: forçar o jogo exterior, diminuindo as ações em zonas interiores da seleção portuguesa, algo que não teve efeito perante a boa posse de Portugal.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Rochet (4)

G.Varela (4)

Giménez (5)

Diego Godín (4)

Sebastian Coates (4)

M.Oliveira (5)

Bentancur (5)

Valverde (5)

Vecino (4)

Edison Cavani (3)

Darwin Nuñez (3)

SUBS UTILIZADOS

Arrascaeta (4)

Pellistri (4)

Luis Suarez (4)

Vina (-)

Maximiliano Gomez (-)

 

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