FC Felgueiras 1932 2-0 Varzim SC: Debilidades defensivas varzinistas colocam durienses na liderança provisória

A CRÓNICA: FELGUEIRAS MANTÉM-SE NA SENDA VITORIOSA E VARZIM DESPERDIÇA OPORTUNIDADE DE SE ISOLAR 

Terceiro contra segundo a começar a jornada 15 da Liga 3. FC Felgueiras 1932 x Varzim SC. Uma luta entre duas equipas que têm como objetivo subir de divisão, com a equipa varzinista a ter vencido em sua casa o primeiro encontro. Apesar disso, os lobos do mar apresentavam um registo bastante neutro nos jogos fora: duas vitorias, dois empates e duas derrotas. Esse fator ajudava a aguçar este encontro, que tinha tudo para ser de muita qualidade.

Muito público presente no estádio a assistir a este grande duelo, que começou intenso, com o Varzim a ter de conter um bom início de jogo da equipa da casa, que tinha bola, mas longe da baliza de Ricardo Nunes.

Mesmo quando pretendiam ser intencionalmente mais ofensivos, parcamente o foram de forma perigosa, os comandados de Agostinho Bento. Era uma posse de bola sem penetrar a linha média do Varzim, que entrou de forma possante, com vontade de marcar cedo, também sem conseguir criar oportunidades, mas com muita disponibilidade e a vencerem os duelos diretos. Ia sendo um jogo dividido, com as duas equipas a jogarem de forma rápida, com a equipa de Felgueiras a procurar sobretudo o seu lado direito como foco dos ataques.

Com bastante intensidade nesta primeira parte, quase não havia tempo para respirar. Os lobos do mar dispuseram de uma grande oportunidade para marcar, com Rui Areias a acertar no poste e poucos minutos depois o Felgueiras não foi só pela ameaça, com João Santos a desviar a bola para dentro da baliza após cruzamento na esquerda de Henrique.

A tendência na segunda parte era de continuação, de forma até surpreendente, da primeira. Um Varzim incaracterístico a não conseguir marcar e o Felgueiras acabou por ampliar a sua vantagem com o autogolo de Bruno Bernardo. 2-0 e a vida ainda mais complicada para os visitantes.

No entanto, os lobos do mar reagiam e colocavam jogadores de cariz mais ofensivo, mas sem criar oportunidades de perigo, com os durienses a taparem os caminhos da baliza. 

Era um jogo com poucas oportunidades criadas e muitos duelos aéreos longe das zonas de decisão. A formação da casa perdeu a hipótese de fazer o terceiro, após o remate forte de Ivo Lemos sair ligeiramente ao lado da baliza de Ricardo Nunes. As equipas proporcionaram uma segunda etapa do jogo com muito empenho, sempre direcionados para o ataque, mas somente quem conseguiu tirar a vantagem das suas oportunidades é que saiu vencedor.

Portanto, na Série A da Liga 3, o Felgueiras vence pelo segundo jogo consecutivo e ascende, ainda que para já de forma provisória, ao primeiro lugar. Por outro lado, o Varzim regressa às derrotas, depois de quatro jogos sem perder para a Liga 3.

A FIGURA

FC Felgueiras 1932
Fonte: FC Felgueiras 1932

Welton – O responsável  indireto – não marcou nem assistiu-,  pelo prolongar da senda positiva do Felgueiras, o médio brasileiro percebeu o papel proposto por Agostinho Bento e ficou encarregue da zona central, onde foi médio de ligação e um dos primeiros elementos de pressão. Teve a devida inteligência na hora de pressionar a construção de jogo do Varzim e destacou-se na parte ofensiva pelo apoio ao avançado. Assim, com este bom posicionamento defensivo e ofensivo, disponibilidade na hora de pressionar, Welton destacou-se um pouco mais que os seus colegas.

O FORA DE JOGO

Penúria defensiva do Varzim SC – Por muito que a turma de Tiago Margarido pretendesse o êxito, com tantas desatenções defensivas torna-se muito mais difícil. Essa insegurança de trás não permitiu que a equipa encontrasse estabilidade ofensivamente, numa defesa impetuosa – por vezes no mau sentido-, e que comprometeu.

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

FC Felgueiras 1932

BnR: Não foram colocadas questões ao técnico Agostinho Bento.

Varzim SC

BnR:  O Carlos Tovar tinha cartão amarelo, faz uma entrada impetuosa e logo a seguir é substituído pelo Tiago. Acha que isso espelha a falta de concentração da equipa?

Tiago Margarido: Penso que não tem a ver com a falta de concentração, mas sim impetuosidade na disputa do lance, porque o jogador não estava equilibrado mentalmente. Tendo cartão não pode abordar o lance daquela forma, constatámos isso de fora, por isso é que ele sai porque era uma questão de minutos até levar o segundo amarelo.

Fernando Coelho
Fernando Coelho
Jogador de futsal amador, treinador de bancada profissional. A aprender diariamente, acredita que o desporto pode ser diferente. Escreve com acordo ortográfico.

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