Estoril Open #2: Final de estreantes tal como em 2015

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Era com apenas quatro tenistas a restar do lote de  oito pré-designados que chegávamos aos quartos de final: Casper Ruud o primeiro, Alejandro Davidovich Fokina o terceiro na lista de teóricos favoritos, o detentor em título e quinto pré-designado Seba Baez e Miomir Kecmanovic o sexto. Era de esperar que os encontros cumprissem as espectativas dos fãs nacionais pois estavam em presença de atletas do mais alto nível com os demais quartos finalistas a espreitarem a surpresa em plena  costa cascalense!

Fokina não resiste a um Cecchinato mais que inspirado!

Com o primeiro encontro da referida fase a colocar em confronto  Alejandro Davidovich Fokina(24 ATP) diante de Marco Cecchinato, um especialista do piso que voltava a dar nas vistas após um longo período  de apagamento no circuito. Acabaria por ser o transalpino a fazer valer a sua maior experiência, com o hispânico de origem balcânica a marcar presença pela quarta vez nesta fase da competição, em outras tantas visitas ao torneio lusitano. O atleta de Palermo festejaria numa contenda em que Marco sairia premiado pelo seu jogo eminentemente ofensivo, pela sua coragem e pelo modo como  jogou os pontos decisivos aplicando na perfeição o seu serviço, sendo que também as bolas em toque foram cruciais para “tombar” Foki. O italiano prevaleceria ao cabo de duas horas pelos parciais de : 7-5 e 7-6(7-5).

Desta feita a “teia” de Zapata não foi eficaz!

A segunda batalha dos quartos de final da competição seria entre o 40º ATP, o sérvio Miomir Kecmanovic e um praticante apenas três postos depois dele na hierarquia: o espanhol Bernabe Zapata Miralles. Avisado pela surpresa provocada pelo jogador de Valência na fase anterior, seria desde bem cedo que o segundo melhor sérvio no ranking assumiria as rédeas do duelo. Aproveitando uma das poucas chances tidas para quebrar o serviço de ressalto bastante alto do oponente, Miomir acabaria por fechar a primeira partida por 7-5, com essa a poder ter sido a chave para desbloquear as coisas na segunda onde se manteve a servir bastante bem, tendo fechado em branco quatro jogos no seu golpe de saída. Beneficiando também de uma súbita quebra de intensidade do adversário lograria rubricar um inequívoco parcial de 6-2 que lhe dava acesso pela segunda vez na carreira a uma meia final em eventos ATP jogados sob terra. De aplaudir o grande trajeto assinado por Zapata, um verdadeiro “terráqueo”!

Thiem não aguenta poder de fogo  da história da prova!

Com Thiem a encontrar o carrasco de Nuno Borges, Quentin Halys, num encontro onde o antigo vencedor de dois troféus do Grand Slam partia como, teórico favorito, desde bem cedo na contenda que o octogésimo da classificação mostrou ao que vinha. Servindo violentamente, causticaria o jogo pouco intenso de alguém que agora se encontra à margem do Top 100, com Dominic a perder completamente o foco no seu golpe de saída. Foi assim que Halys aproveitou para  se superiorizar por 6-1. Já na segunda partida, e mesmo com o austríaco a subir o nível, foi sempre  com muito esclarecimento, garra, querer e também bastante  nota artística que Halys faria valer o break precoce adquirido a meio do set, e ao impedir Dominic de devolver a gentileza eis que o gaulês passaria à semifinal  onde defrontaria um Ruud que não deu a mínima chance ao detentor do céptro  que bateria por 6-3 e 6-0. Refira-se que tanto o francófono como o nórdico  pareciam estar a atuar na “zona”!

Cecchinato dizimado por um super sérvio!

A primeira meia final seria um desconsolo em termos de incerteza no resultado, mas uma cabal demonstração de autoridade por parte de Kecmanovic que aplicou em pleno o plano de jogo traçado, oferecendo um autêntico corretivo a Cecchinato: 6-3 e 6-1 seriam os parciais assinados por aquele  que , salvo melhor opinião, tem sido o jogador mais em forma da semana no maior evento da modalidade em solo luso!

Halys força finalista em Paris a trabalhos forçados!

Já com Kecmanovic na final, assistir-se-ia ao melhor duelo deste segmento de encontros: o primeiro cabeça-de-série, Casper Rudd, teria do outro lado da rede a tenaz oposição  da surpresa do certame, o bem carismático Quentin Halys antigo finalista do Challenger Porto Open. Com o primeiro set a ser vencido pelo quinto melhor tenista mundial pelo parcial de 6-4, fruto de se ter apoderado logo do primeiro jogo de serviço do francês, o segundo revelaria as razões que levavam Quentin a viver a melhor semana da carreira a este nível . Fazendo uso do seu poderoso serviço,  acrescentando uma maior consistência  e variando muito o  jogo , subindo muito à rede e fazendo amorties para quebrar a mão do tenista norueguês, seria para grande surpresa de todos os que enchiam o estádio Millennium que a refrega seria mesmo decidida numa terceira partida, sendo que o mais velho se imporia pelo placard de 3-6. Com ambos a manterem, com relativa facilidade o serviço, era com normalidade e justiça que o tie-break seria o momento  de todas as decisões num encontro em que os serviços, especialmente na derradeira partida, assumiram papel chave. Aí chegados foi, talvez a única ocasião em toda a semana em que se viu o braço do gaulês ficar, subitamente , mais pesado. Com toda a sua experiência, consistência e tranquilidade  seria o discípulo de Rafa Nadal a avançar para o encontro de atribuição do título.  Bem se pode dizer e em semana santa que Halys parece ter sido acometido por inspiração divina, pois assinou sob aquele que referiu ser o piso no qual se sente menos confortável aquela que foi de longe a melhor semana competitiva no escalão maior do ténis mundial.

Agora será tempo de muito se escrever, apostar e prognosticar acerca da grande final que como já sabe será acompanhada pelo seu BNR que como sempre não o deixará perder nenhum serviço do encontro decisivo da sétima edição do Millennium Estoril Open.

Diogo Rodrigues
Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.

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