Antevisão Wimbledon: Estará mesmo tudo alinhado para o 24.º?

Como sempre o mês de Julho traz consigo um dos momentos mais aguardados do ano para os fãs de ténis como eu, pois a edição 136 do maior torneio do mundo (Wimbledon) jogado sob relva está mesmo aí à porta! É já a partir de dia três de Julho, próxima segunda feira, que os courts do Hall England Club recebem os grandes magos do melhor desporto do mundo!

Djokovic a um patamar acima de todos

Recordista, de entre os tenistas em atividade, no que ao número de êxitos diz respeito nesta prova, procurando a oitava vitória na catedral londrina é sem quaisquer dúvidas que assumo que Novack Djokovic se perfila como grande favorito a alcançar o 24º título do Grand Slam. A concretizar-se deixaria o maiorquino Rafael Nadal a dois troféus de distância na “corrida” pelo epíteto de tenista com mais Grand Slams da história da modalidade, visto que o lendário espanhol será novamente ausência tal como em Roland Garros, devido a questões  físicas – uma constante nos últimos anos da sua carreira.

Se é verdade que espero que o torneio seja : imprevisível, entusiasmante e capaz de nos prender a atenção do primeiro ao derradeiro serviço, também não é menos verdade que à partida não se imagina outro cenário que não seja ver Djoko a ampliar a sua conta pessoal, tanto em termos estatísticos quanto monetários, estendendo um record de invencibilidade neste certame que data já de há meia década, sendo que se nos cingirmos a embates jogados em pleno court  central, então esse dado assustador e monstruoso para os seus rivais é ainda mais avassalador, pois no palco principal a última derrota do nascido em Belgrado data já do ano de 2013.Mesmo assim e tentando pensar noutro desfecho, uma surpresa daquelas,  apenas vejo o murciano Carlos Alcaraz que recentemente  voltou a ascender à liderança do ranking na sequência do seu triunfo no ATP 500 de Londres e o moscovita Andrey Rublev recém finalista no ATP 500 de Halle  em solo germânico, tendo realizado uma míni temporada de relva como não lhe vira ante, como sendo os principais obstáculos no caminho do atual segundo melhor tenista mundial.

Até o sorteio ajudou à “festa”!

Como se já não bastasse todo o poderio , superioridade e experiência de Djokovic sob os demais neste piso, até o sorteio acabou por ser afeto à causa do pupilo de Goran Ivanisevic, vencedor aqui na viragem do século: sendo bem possível, dado que este é o Grand Slam no qual historicamente mais jogadores de elite não sobrevivem à fase seletiva, que o balcânico não  enfrente nenhum Top20 até ao encontro das decisões, mesmo que isso seja altamente improvável  não seria algo a descartar!

Pelo contrário Carlos Alcaraz viu alguns atletas de monta calharem no seu quarto do quadro: Grigor Dimitrov búlgaro especialista na superfície, o alemão e antigo Top três mundial Alexander Zverev, o espanhol Alejandro Davidovich Fokina ou o australiano Alex De Minaur, tenista derrotado por Carlitos no encontro decisivo em Queen’s, são os maiores obstáculos a ultrapassar pelo genial novo valor do ténis mundial. Isto num sorteio, teoricamente, bastante madrasto igualmente para o russo Danil Medvedev‎ e para o grego Stefanos Tsitsipas , ambos longe da sua forma áurea, principalmente o helénico com tarefas árduas para superar logo nas primeiras rondas. Se o soviético poderá “apanhar” com um  verdadeiro “herbívoro” na segunda ronda, o gaulês Adrian Mannarino, fase da competição em que seria derrotado em Roland Garros pelo brasileiro Thiago Wild, caso o transponha terá a tenaz oposição ou do local Cameron Norrie ou do norte-americano Sebastian Korda nos oitavos. Já o filho de Apostolos, que vive um verdadeiro deserto de resultados e boas exibições terá uma estreia nada desejada diante do antigo vencedor do US Open e finalista de Roland Garros, o austríaco Dominic Thiem, que embora longe do que lhe conhecemos e apesar de atuar na sua pior superfície será sempre uma verdadeira dor de cabeça para alguém que tem tido dificuldades em vencer encontros. Passando por Dominic, Stefanos , potencialmente defrontará o caseiro Andy Murray na ronda seguinte, ele que recorde-se foi o primeiro britânico na era Open a vencer o título no Hall England Club.

Nuno Borges com teste bem aliciante logo de entrada!

Naquela que será a primeira edição em mais de uma década sem  a presença do vimaranense João Sousa, que fruto de ter resvalado no ranking e também a contas com problemas físicos se viu impossibilitado de defender as suas chances, quatro anos após ter feito oitavos de final na relva londrina então apenas travado por Rafael Nadal, eis que as ambições lusas, em singulares, estarão depositadas em Nuno Borges. Isto depois de Frederico Ferreira Silva ter cedido para o transalpino Matteo Arnaldi , na ronda de acesso ao quadro. Quanto ao maiato e após ter feito a estreia na temporada transata, como Lucky louser acabando por “tombar “ logo de entrada. Nesta edição o 68º da hierarquia terá pela frente o argentino 19º da tabela individual masculina, Francisco Cerundolo, naquele que será um primeiro duelo de carreira entre ambos, sendo que o tenista das pampas forçou Rafael Nadal a quatro longas partidas na edição anterior, estando bem perto de jogar uma quinta!

Quanto ao quadro feminino e apesar de Iga Swiatek , polaca que lidera vai para dois anos o ranking ter contraído uma intoxicação alimentar em vésperas da competição, em minha opinião, continua a ser a grande favorita a vencer a coroa, embora nomes como os da cazaque Elena Rybakina atual campeã, da checa Petra Kvitová ou da bielorussa Arina Sabalenka possam ser ameaças ferozes!

Já na competição de pares de referir que Francisco Cabral atuará ao lado do brasileiro  Rafael Matos, sendo que Nuno Borges, caso se verifique  alguma desistência, possa  emparceirar com o cafetero Nicolás Barrientos.

Os dados estão lançados e os prognósticos feitos, agora é esperar  ansiosamente que as bolas comecem a rolar, e claro o seu BNR não perderá nada do terceiro Major da temporada.

Marcamos encontro?

Diogo Rodrigues
Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.

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